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Adesão ao tratamento e qualidade de vida de indivíduos com epilepsia em tratamento ambulatorial (2011)

  • Authors:
  • Autor USP: FERRARI, CARLA MARIA MALUF - EE
  • Unidade: EE
  • Sigla do Departamento: ENC
  • Subjects: EPILEPSIA; COOPERAÇÃO DO PACIENTE; MEDICAÇÃO ORAL; COMPLEXIDADE; TERAPÊUTICA; QUALIDADE DE VIDA; ASSISTÊNCIA AMBULATORIAL
  • Language: Português
  • Abstract: Os objetivos deste estudo foram explicitar a complexidade do tratamento medicamentoso, a adesão ao tratamento e a qualidade de vida de indivíduos com epilepsia, além de evidenciar as associações da adesão e qualidade de vida com as características do paciente, doença, terapêutica e suporte social. Foi realizado estudo prospectivo, transversal, com indivíduos com epilepsia em assistência ambulatórial. A casuística foi de 385 pacientes, idade de 18 anos ou mais, alfabetizados, independentes nas atividades da vida diária, sem deficiência mental ou alteração psíquica ativa diagnosticada. A adesão ao tratamento foi avaliada com o teste de Morisky e a qualidade de vida pelo Quality of Life in Epilepsy Inventory-31 (QOLIE-31). Em uma primeira etapa foram realizados testes de associação entre as variáveis dependentes e cada variável independente isoladamente. Após, a análise conjunta das variáveis foi feita por meio de regressão logística quando a variável resposta foi adesão e por meio de regressão linear múltipla para qualidade de vida. A idade média dos participantes foi de 39,7 anos (dp=12,6), a maioria do sexo feminino (53,5%), com diagnóstico de epilepsia focal sintomática (79,5%), em uso de politerapia (71,1%), apresentando crises nos últimos seis meses que precederam a investigação (79%) e tempo médio de tratamento de 21,5 anos (dp= 13,2). A complexidade terapêutica do tratamento medicamentoso para epilepsia mensurada pelo Índice de Complexidade do Tratamento Medicamentosoem Epilepsia (ICTME) variou de 2,0 a 44 pontos e a média foi de 14,7 (dp=8,0). A adesão ao tratamento foi alta para 33,8% dos participantes deste estudo, média para 60,5% e baixa para 5,7%. O escore total do QOLIE-31 foi de 64,2 (dp=18,19) e entre os domínios do QOLIE-31 os valores médios mais baixos foram 53,2 (dp= 31,38) no domínio preocupação com as crises, seguido de 61,3 (dp=32,61) no domínio efeito da medicação. O mais alto valor médio foi 69,8 (dp=25,74) no domínio aspecto social. O resultado da regressão logística multivariada para não adesão ao tratamento medicamentoso evidenciou que indivíduos do sexo feminino e que apresentavam controle das crises tiveram menor probabilidade de não adesão terapêutica perante aos do sexo masculino e sem controle das crises. A não adesão foi menos freqüente nos mais velhos e o aumento de um ano na idade diminui a probabilidade de não adesão em 3%. A probabilidade de não adesão ocorrer foi 6% maior a cada aumento de um ponto no ICTME. Para qualidade de vida, a análise conjunta das diversas características evidenciou que indivíduos da raça branca e amarela, inseridos no mercado de trabalho e que tinham percepção que suas crises estavam controladas tiveram pontuações mais elevadas em relação aos que não apresentavam essas características. Por outro lado, aqueles que recebiam apoio de familiares ou amigos apresentaram menores escores nesse questionário em relação aos demais. Os resultados deste estudo destacaram principalmente ascaracterísticas sócio-demográficas e referentes ao controle da crise com fatores associados à adesão e qualidade de vida do paciente epiléptico. Vale também destacar que o aumento da complexidade terapêutica confirmou seu impacto negativo na adesão ao tratamento
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 28.02.2011
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      FERRARI, Carla Maria Maluf. Adesão ao tratamento e qualidade de vida de indivíduos com epilepsia em tratamento ambulatorial. 2011. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-01062011-104341/. Acesso em: 16 abr. 2024.
    • APA

      Ferrari, C. M. M. (2011). Adesão ao tratamento e qualidade de vida de indivíduos com epilepsia em tratamento ambulatorial (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-01062011-104341/
    • NLM

      Ferrari CMM. Adesão ao tratamento e qualidade de vida de indivíduos com epilepsia em tratamento ambulatorial [Internet]. 2011 ;[citado 2024 abr. 16 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-01062011-104341/
    • Vancouver

      Ferrari CMM. Adesão ao tratamento e qualidade de vida de indivíduos com epilepsia em tratamento ambulatorial [Internet]. 2011 ;[citado 2024 abr. 16 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-01062011-104341/


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