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Avaliação da ingestão de proteína e cálcio e sua relação com o metabolismo ósseo no período do envelhecimento reprodutivo da mulher (2012)

  • Autores:
  • Autor USP: CARVALHO, ADRIANA LELIS - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Assuntos: SAÚDE REPRODUTIVA; MULHERES; PROTEÍNAS; CÁLCIO; BIOMARCADORES; DENSIDADE ÓSSEA
  • Idioma: Português
  • Resumo: O período final de envelhecimento reprodutivo feminino é caracterizado por mudanças no sistema endócrino que estão relacionadas com o aumento da velocidade de perda de massa óssea. A alimentação apresenta papel importante na preservação da saúde óssea, já que o cálcio e a proteína são componentes fundamentais do tecido ósseo. O consumo de cálcio está relacionado com a manutenção da densidade mineral óssea (DMO) ao longo da vida e a ingestão proteica está envolvida na formação de nova matriz óssea. Este trabalho avaliou o consumo de proteína e de cálcio e sua relação com os marcadores do remodelamento ósseo e a DMO, nas diferentes fases do período final de envelhecimento reprodutivo feminino. Para avaliação do consumo alimentar foi utilizado o método de registro alimentar (RA), obtendo-se valores de consumo calórico, de macronutrientes e de alguns micronutrientes como o cálcio, fósforo e magnésio com auxílio do Software Diet Win® 2008. Realizou-se avaliação antropométrica (peso, estatura, perímetro abdominal). A composição corporal e a DMO (tombar e de quadril total) foram avaliadas pela técnica de dual x-ray absorptiometry (DXA). As dosagens séricos realizadas foram: hormônio folículo-estimulante (FSH), estradiol, paratormônio (PTH), 25-hidroxivitamina D (25(0H)D), cálcio total, magnésio e fósforo. Realizou-se também a calciúria de 24 horas. Os marcadores do remodelarnento ósseo dosados foram a osteocalcina (OC) e a deoxipiridinolina (DPD). Realizou-se análise exploratória dos dados. Modelos de regressão linear foram ajustados para se avaliar a associação entre as variáveis de interesse. Para comparação das variáveis entre os grupos, fizeram-se modelos de ANOVA. O estudo foi realizado com 42 mulheres entre 42 e 64 anos, que foram divididas em quatro diferentes grupos de acordo com informações de seu ciclo menstrual ou amenorreia e o perfil hormonal. O consumomostrou-se acima das recomendações para proteína (mediana = 0,86 g/kg de peso atual/dia; valor mínimo = 0,52 g/kg de peso atual/ dia; valor máximo = 2,05 g/kg de peso atuaVdia) e fósforo (mediana = 827,93 mg/dia; valor mínimo = 343,6 mg/dia; valor máximo = 1282,07 mg/dia) e ingestão abaixo das recomendações para cálcio (mediana = 632,44 mg/dia; valor mínimo = 82,17 mg/dia; valor máximo = 1185,28 mg/dia) e magnésio (mediana = 170,62 mg/dia; valor mínimo = 94,93 mg/dia; valor máximo = 293,64 mg/dia), considerando-se as recomendações de Ingestão Dietética de Referência (IDR). De acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC), 52% das mulheres apresentaram sobrepeso (mediana = 28,13 kg/m^2; valor mínimo = 18,46 kg/‘m POT. 2’; valor máximo = 35,38 kg/‘m POT. 2’). As participantes apresentaram perímetro abdominal (mediana = 93,95 cm; valor mínimo = 68,5 em; valor máximo = 117,8 cm) e porcentagem de gordura corporal (mediana = 42,1 %; valor mínimo = 31,5 %; valor máximo = 51,1 %) acima do recomendado para prevenção de doenças relacionadas à obesidade. Em relação à DMO, 47,6% das mulheres avaliadas apresentaram diagnóstico de osteopenia. A reabsorção óssea apresentou-se aumentada em todos os grupos. Porém, o remodelamento ósseo mostrou-se mais acentuado nas mulheres que se encontravam na fase inicial da pós-menopausa Os modelos de regressão linear mostraram que fatores inerentes aos grupos avaliados, teriam uma influência maior sobre os valores dos marcadores de remodelamento ósseo do que os nutrientes isoladamente. No entanto, quando se ajustou pelos grupos, a ingestão protéica e de cálcio apresentaram efeito sobre as concentrações de OC (cada 1 grama de proteína levou à redução de 0,05 ng/mL e cada 1 miligrama de cálcio levou à redução de 0,0027 ng/m L). A ingestão proteica também influenciou os valores de DMO tombar (cada 1 grama de proteína levou aoaumento de 0,0029 g/‘cm POT. 2’), após ajuste pelo consumo de cálcio. Não se encontrou correlação entre os indicadores de saúde óssea e os valores de IMC e porcentagem de gordura corporal. Apesar das associações encontradas entre os nutrientes, o marcador de formação óssea e DMO lombar, os achados sugerem que as variações hormonais nestas fases do período final de envelhecimento reprodutivo feminino apresentaram maior impacto sobre os indicadores da saúde óssea nestas mulheres
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 19.10.2012

  • Como citar
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    • ABNT

      CARVALHO, Adriana Lelis. Avaliação da ingestão de proteína e cálcio e sua relação com o metabolismo ósseo no período do envelhecimento reprodutivo da mulher. 2012. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2012. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Carvalho, A. L. (2012). Avaliação da ingestão de proteína e cálcio e sua relação com o metabolismo ósseo no período do envelhecimento reprodutivo da mulher (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Carvalho AL. Avaliação da ingestão de proteína e cálcio e sua relação com o metabolismo ósseo no período do envelhecimento reprodutivo da mulher. 2012 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Carvalho AL. Avaliação da ingestão de proteína e cálcio e sua relação com o metabolismo ósseo no período do envelhecimento reprodutivo da mulher. 2012 ;[citado 2024 abr. 24 ]


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