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Quantificação da perda neural retiniana na esclerose múltipla e na neuromielite óptica com a tomografia de coerência óptica de domínio Fourier (2013)

  • Autores:
  • Autor USP: FERNANDES, DANILO BOTELHO - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MOF
  • Assuntos: ESCLEROSE MÚLTIPLA; NEUROMIELITE ÓPTICA; NEURITE ÓPTICA; TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA; DIAGNÓSTICO POR COMPUTADOR
  • Palavras-chave do autor: Esclerose múltipla; Multiple sclerosis; Neurite óptica; Neuromielite óptica; Neuromyelitis optica; Optic neuritis; Optical coherence tomography; Tomografia de coerência óptica
  • Idioma: Português
  • Resumo: OBJETIVO: Utilizar a tomografia de coerência óptica (TCO) de domínio Fourier para avaliar as camadas internas da retina de olhos de pacientes com esclerose múltipla (EM) ou neuromielite óptica (NMO), com ou sem história de neurite óptica (NO), e compará-los entre si e com os olhos de controles normais. Investigar a correlação entre os achados da TCO e os achados do campo visual nesse grupo de pacientes. MÉTODOS: Cento e oitenta e dois indivíduos foram estudados incluindo 74 com diagnóstico de EM, 33 com NMO, 30 com mielite transversa aguda longitudinal extensa (MTALE) e 45 controles normais. Todos os indivíduos foram submetidos a exame oftalmológico completo incluindo a perimetria computadorizada e a TCO de domínio Fourier. Os olhos estudados foram divididos em 5 grupos: olhos de pacientes com EM e episódio prévio de neurite óptica (EM-NO) olhos de pacientes com EM sem episódio prévio de neurite óptica (EM-sNO), olhos de pacientes com NMO e história de neurite olhos de pacientes com MTALE e olhos de controles normais. Foram analisadas as seguintes medidas obtidas pela TCO: a espessura da camada de fibras nervosas retiniana (CFNR) peri-papilar, a espessura macular total (EMT) avaliada em 8 setores de acordo com o mapa do "Early Treatment Diabetes Retinopathy Treatment Trial" e medidas segmentadas da CFNR na mácula, da camada de células ganglionares (CCG), camada nuclear interna (CNI). Os resultados da perimetria foram avaliados levando em consideração o " mean deviation (desvio médio)"(MD) e os valores de diferentes regiões do campo visual divididos de acordo com a sua correspondência no disco óptico seguindo o mapa de Garway-Heath. A comparação dos achados entre os diferentes grupos foi feita usando modelos "generalized estimated equations" (GEE) de tal forma a fazer a compensação pela interdependência dos dois olhos de um mesmo indivíduo. Foram também calculadas e comparadas as áreas sob as áreas sob as curvas ROC ("Receiver operating characteristics") nos diferentes grupos. Foram calculadas as correlações de Spearman ou Pearson dependendo da distribuição dos valores. RESULTADOS: Não houve diferença significativa em relação à idade média e à distribuição dos pacientes quanto ao sexo nos 5 grupos estudados. Quando comparados ao grupo controle, os 4 grupos de olhos dos doentes apresentaram a espessura da CFNR peri-papilar e a CFNR macular significativamente menor que as medidas dos controles normais. Em relação à CCG e à EMT, os grupos NMO, EM-NO e EM-sNO apresentaram espessura estatisticamente menor que os controles enquanto que no grupo MTALE esta diferença não foi evidenciada. Quando a CNI foi estudada não houve diferença entre os controles e os 2 grupos com EM, enquanto que os grupos NMO e MTALE apresentaram espessura estatisticamente maior que os controles. Os dois grupos com história prévia de NO (NMO e EM-NO) apresentaram a espessura da CFNR peri-papilar e macular, da CCG e da EMT menores do que seus grupos correspondentes semhistória prévia de NO (respectivamente MTALE e EM-sNO). Quando os grupos NMO e EM-NO foram comparados entre si não houve diferença de espessura em nenhuma camada exceto na CNI onde o grupo NMO foi estatisticamente mais espesso. Houve correlação entre os achados do TCO e aqueles da campimetria para ambas as doenças e esta correlação foi maior na NMO do que na EM, em especial quando a EMT foi o parâmetro do TCO utilizado na comparação. CONCLUSÕES: A TCO é capaz de demonstrar a perda neural nos doentes com EM ou NMO e evidencia perda neural subclínica tanto em olhos com MTALE como em pacientes com EM, sem história de NO prévia e demonstra aumento da CNI nos olhos de pacientes com NMO ou MTALE. Além do já conhecido mecanismo de lesão do nervo óptico por desmielinização o fato da CNI estar alterada no espectro NMO mostra que outros processos podem estar envolvidos na patogênese destas doenças e que esta camada pode ajudar na diferenciação entre as duas doenças, EM e NMO
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 01.07.2013
  • Acesso à fonte
    Como citar
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    • ABNT

      FERNANDES, Danilo Botelho. Quantificação da perda neural retiniana na esclerose múltipla e na neuromielite óptica com a tomografia de coerência óptica de domínio Fourier. 2013. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-27092013-151630/. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Fernandes, D. B. (2013). Quantificação da perda neural retiniana na esclerose múltipla e na neuromielite óptica com a tomografia de coerência óptica de domínio Fourier (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-27092013-151630/
    • NLM

      Fernandes DB. Quantificação da perda neural retiniana na esclerose múltipla e na neuromielite óptica com a tomografia de coerência óptica de domínio Fourier [Internet]. 2013 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-27092013-151630/
    • Vancouver

      Fernandes DB. Quantificação da perda neural retiniana na esclerose múltipla e na neuromielite óptica com a tomografia de coerência óptica de domínio Fourier [Internet]. 2013 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-27092013-151630/

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