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Células mesenquimais estromais multipotentes da medula óssea no tratamento da anemia aplástica refratária ou em recaída (2014)

  • Authors:
  • Autor USP: CLÉ, DIEGO VILLA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Subjects: ANEMIA; IMUNOSSUPRESSÃO; CÉLULAS-TRONCO
  • Language: Português
  • Abstract: Anemia aplástica adquirida (AA) é uma falência medular caracterizada por pancitopenia e medula óssea vazia, na maior parte dos casos cansada por um processo imunomediado de destruição da célula-tronco hematopoética. A refratariedade ou recaída após a terapia imunossupressora de primeira linha podem ser devidas à imunossupressão insuficiente ou ao profundo esgotamento das reservas de células progenitores hematopoéticas na medula óssea, e para estes pacientes, sem um doador compatível para o transplante de medula óssea, as opções terapêuticas são escassas. Devido aos efeitos imunomoduladores das células estromais mesenquimais (MSC), realizamos um estudo clínico de fase I acrescentando infusões endovenosas de MSCs alogênicas ao tratamento imunossupressor padrão de ATG leporina e ciclosporina como tratamento de segunda linha. Nove pacientes com AA refratários ou em recaída foram recrutados e tratados com duas a cinco infusões intravenosas semanais de MSCs alogênicas, HLA não-compatível, derivadas de medula óssea (média de 2,7 x ‘10 POT. 6’ células /kg/infusão ± DP: 0,88). O objetivo primário foi a segurança e secundários foram resposta aos seis meses, enxertia das MSCs medida por FISH X/Y (MSCs foram obtidas de doadores do sexo oposto ao paciente) e por PCR para genes VNTR; e perfil de linfócitos na medula óssea, medido por citometria de fluxo. Nenhum efeito adverso agudo ou crónico grave relacionado à infusão foi observado após mediana de 14 meses de seguimento (variação de dois a 36,8 meses). Sete pacientes ainda estão vivos e dois apresentaram resposta parcial; nenhuma resposta completa foi alcançada. Dois óbitos ocorreram, um por insuficiência cardíaca aguda relacionada a hemocromatose grave prévia, uma semana após a terceira infusão de MSCs, e um paciente sucumbiu a infecção pulmonar bacteriana, 14 meses após o tratamento. Amostras de medula ósseados pacientes foram coletadas antes do tratamento e após 30, 90 e 180 dias e as MSCs foram separadas. Nós não observamos qualquer evidência de enxertia das MSCs infundidas na medula óssea dos pacientes, seja por FISH ou VNTR. Os números de linfócitos T CD4, CD8, e linfócitos T regulatórios (Treg) na medula óssea permaneceram inalterados antes e após as infusões. Conclui-se que o uso intravenoso de MSCs em pacientes com AA foi seguro, mas a sua adição ao esquema padrão de imunossupressão parece não se traduzir em benefícios clínicos. Nós demonstramos que MSCs infundidas via intravenosa não enxertam na medula óssea de pacientes com AA, o que deve ser levado em consideração em futuros ensaios clínicos que abordem o uso de MSCs. (Número de registro no clinicaltrials.gov: NCT01297972)
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 21.07.2014

  • How to cite
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    • ABNT

      CLÉ, Diego Villa. Células mesenquimais estromais multipotentes da medula óssea no tratamento da anemia aplástica refratária ou em recaída. 2014. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2014. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Clé, D. V. (2014). Células mesenquimais estromais multipotentes da medula óssea no tratamento da anemia aplástica refratária ou em recaída (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Clé DV. Células mesenquimais estromais multipotentes da medula óssea no tratamento da anemia aplástica refratária ou em recaída. 2014 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Clé DV. Células mesenquimais estromais multipotentes da medula óssea no tratamento da anemia aplástica refratária ou em recaída. 2014 ;[citado 2024 abr. 19 ]


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