Consumo dietético, variantes genéticas e relação com níveis sanguíneos de folato, ácido fólico não metabolizado e homocisteína após a fortificação mandatória de ácido fólico: estudo de base populacional - ISA - Capital (2015)
- Autores:
- Autor USP: STELUTI, JOSIANE - FSP
- Unidade: FSP
- Sigla do Departamento: HNT
- DOI: 10.11606/T.6.2015.tde-26052015-091804
- Assuntos: ÁCIDO FÓLICO (ANÁLOGOS E DERIVADOS;METABOLISMO); AMINOÁCIDOS (METABOLISMO); CONSUMO DE ALIMENTOS (AVALIAÇÃO); ALIMENTOS FORTIFICADOS (METABOLISMO); BIOMARCADORES; VARIAÇÃO GENÉTICA; POLIMORFISMO; ESTUDOS TRANSVERSAIS
- Palavras-chave do autor: Fortificação Mandatória; Homocisteína; Marcadores Bioquímicos
- Agências de fomento:
- Idioma: Português
- Resumo: Introdução: Em diversos países, inclusive no Brasil, a fortificação de alimentos com ácido fólico (AF) foi adotada como política pública de prevenção e combate à deficiência nutricional da vitamina, motivados principalmente pela redução da incidência dos defeitos do tubo neural. No período pós-fortificação observa-se tanto a evolução positiva do consumo e nível sérico da vitamina quanto a diminuição da concentração plasmática de homocisteína, e ainda, o aumento do ácido fólico não metabolizado na maioria desses países. Não se conhece ainda os efeitos biológicos do AFNM, no entanto, considera-se que o AFNM pode ser um fator relevante nas questões de segurança associadas com alto consumo de AF. Objetivo: Avaliar o consumo dietético e nível de folato, homocisteína e ácido fólico não metabolizado após a fortificação mandatória de alimentos com ácido fólico, e a interação com os polimorfismos envolvidos no metabolismo do folato e homocisteína. Metodologia: Os dados foram oriundos do estudo transversal de base populacional ISA Capital 2008 conduzido em uma amostra representativa de residentes do município de São Paulo, de ambos os sexos, e com idade acima de 14 anos. Coletou-se recordatórios alimentares de 24 horas e amostra de sangue em jejum de 12 horas para análises bioquímicas e moleculares. As análises estatísticas foram realizadas no programa STATA®, versão 13.0, com nível de significância de 5 por cento . Resultados: O estudo foi conduzido em 750 indivíduos, sendo 53,1 por cento mulheres e média de idade 40,7 (IC95 por cento 38,8-42,5) anos. A média de consumo e nível de folato foi de 375,8 (IC95 por cento 363,0-388,6) mcg/dia e 13 (IC95 por cento 12,0-13,9) ng/ml, respectivamente. Apenas 1,76 por cento da população apresentou deficiência de folato (<3ng/ml).Foi 5 detectado AFNM em 79,8 por cento da população com média plasmática de 2,4 (IC95 por cento 2,1-2,7) ng/ml. No modelo linear generalizado para previsão de AFNM, nível de folato (p<0,001), idade (p<0,001), tabagismo (p=0,002), raça (p<0,001) e concentrações de B6 (p<0,001), além disso, a interação de homozigotos e heterozigotos para a deleção de pares de base da DHFR e nível de folato (p=0,003) foram efeitos significantes. Tem-se um aumento relativo esperado de 3 por cento no AFNM se aumentarmos em 1 ng/ml o nível de folato médio, considerando fixas as demais variáveis do modelo. Conclusão: Nota-se baixa prevalência da deficiência da vitamina e alta prevalência dos níveis detectáveis de AFNM na população decorrente do aumento do nível de folato. Todavia, apesar do aparente sucesso da fortificação de alimentos com ácido fólico, a comunidade científica não é unânime na aprovação de políticas de fortificação mandatória e do uso indiscriminado de suplementos. Recomenda-se um monitoramento constante para evitar que a população seja exposta a altas doses da vitamina, e consequentemente, efeitos adversos à saúde.
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- Data da defesa: 26.02.2015
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ABNT
STELUTI, Josiane. Consumo dietético, variantes genéticas e relação com níveis sanguíneos de folato, ácido fólico não metabolizado e homocisteína após a fortificação mandatória de ácido fólico: estudo de base populacional - ISA - Capital. 2015. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.6.2015.tde-26052015-091804. Acesso em: 19 abr. 2024. -
APA
Steluti, J. (2015). Consumo dietético, variantes genéticas e relação com níveis sanguíneos de folato, ácido fólico não metabolizado e homocisteína após a fortificação mandatória de ácido fólico: estudo de base populacional - ISA - Capital (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.6.2015.tde-26052015-091804 -
NLM
Steluti J. Consumo dietético, variantes genéticas e relação com níveis sanguíneos de folato, ácido fólico não metabolizado e homocisteína após a fortificação mandatória de ácido fólico: estudo de base populacional - ISA - Capital [Internet]. 2015 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2015.tde-26052015-091804 -
Vancouver
Steluti J. Consumo dietético, variantes genéticas e relação com níveis sanguíneos de folato, ácido fólico não metabolizado e homocisteína após a fortificação mandatória de ácido fólico: estudo de base populacional - ISA - Capital [Internet]. 2015 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2015.tde-26052015-091804 - Folato, vitamina B6 e B12: ingestão dietética, níveis sanguíneos e relação com a concentração sérica de homocisteína em adolescentes de Indaiatuba-SP
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Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2015.tde-26052015-091804 (Fonte: oaDOI API)
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