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The science-practice interface in Ecology and Conservation: a conceptual framework and shared ways of thinking among scientists and decision-makers (2017)

  • Autores:
  • Autor USP: GARCIA, DIANA BERTUOL - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIE
  • Assuntos: ECOLOGIA; TOMADA DE DECISÃO; BIODIVERSIDADE; COMUNICAÇÃO
  • Palavras-chave do autor: Lacuna ciência-prática; Science-practice gap; Comunicação de ciência; Science communication; Decision-making; Tomada de decisão; Elaboração de políticas; Policy-making; 5. Ecologia; Ecology; Ciência da conservação; Conservation science
  • Idioma: Inglês
  • Resumo: A interface ciência-prática em Ecologia e Conservação: um esquema conceitual e modos de pensaDiversos debates atuais em Ecologia e Ciência da Conservação estão centrados em como navegar na interface entre ciência e prática com o objetivo de usar a ciência para apoiar soluções efetivas e viáveis para os problemas ambientais. Esta dissertação tem como objetivo geral contribuir com caminhos para navegar na interface ciência-prática ao identificar, através de uma abordagem interdisciplinar, (1) como o debate acadêmico sobre este assunto tem sido feito e (2) como a relação entre ciência e prática é percebida por cientistas e tomadores de decisão. No capítulo 1, apresento uma revisão da literatura, conduzida a partir de 1563 frases sobre as causas da lacuna ciência-prática extraídas de 122 artigos publicados em periódicos de Ecologia e Conservação da Biodiversidade. Uso técnicas de análise de texto para organizar essas causas em um esquema conceitual que descreve três perspectivas sobre os processos, conhecimentos e atores importantes na interface ciência-prática. A seguir, averiguo a predominância dessas perspectivas ao longo do tempo e em diferentes periódicos, para depois avaliar as perspectivas à luz de disciplinas que estudam o papel da ciência na tomada de decisão, como a Ciência Política. A predominância ao longo do tempo da perspectiva centrada em um fluxo unidirecional de conhecimento da ciência para a prática sugere que o debate em Ecologia e Conservação não seguiu atendência observada em outras disciplinas na direção de perspectivas enfatizando um fluxo bidirecional e integrativo de conhecimentos entre a ciência e a prática. Em Ecologia e Conservação, a perspectiva integrativa parece estar restrita a tradições de pesquisa historicamente isoladas da Biologia da Conservação, que, por sua vez, é dominada por abordagens de "conservação baseada em evidência". Todas as perspectivas constatadas representam visões superficiais da tomada de decisão ao desconsiderarem limites à racionalidade humana, a complexidade da tomada de decisão, fronteiras difusas entre ciência e prática, a ambiguidade trazida pela ciência e diferentes tipos de uso de conhecimento. Por outro lado, a perspectiva integrativa que enfatiza o trabalho colaborativo entre cientistas e tomadores de decisão permite potencialmente processos de tomada de decisão mais democráticos e discussões explícitas de valores. No capítulo 2, eu me volto para cientistas e tomadores de decisão do Brasil, um país tropical em desenvolvimento com uma ciência crescente e uma rica biodiversidade, mas cujas políticas ambientais vem sofrendo diversas ameaças. A partir das três perspectivas do esquema conceitual do capítulo 1, elaborei uma lista de 48 frases descrevendo como a interface entre ciência e prática deveria ser. Usando a metodologia Q advinda da Psicologia, pedi para 22 ecólogos e analistas ambientais do IBAMA ranquearem suas concordâncias com essas frases. Uma análise de componentesprincipais revelou três grupos de participantes com ranqueamentos similares, apresentando, portanto, modos de pensar compartilhados sobre a interface ciência-prática. Todas as formas de pensar conferiram grande importância para atores e conhecimentos da ciência e da prática, mas houve divergência nos papéis atribuídos à ciência, aos cientistas e aos tomadores de decisão, indicando a necessidade de debater abertamente os papéis que se espera que cada ator assuma nas parcerias entre ciência e prática. Além disso, a falta de estímulo organizacional parece ser um entrave maior para essas parcerias do que diferenças culturais entre cientistas e tomadores de decisão. Na última sessão da dissertação, eu integro as conclusões dos dois capítulos, ressaltando as implicações mais importantes para uma melhor compreensão da interface ciência-prática e para o fomento de parcerias produtivas entre ciência e prática em Ecologia e Conservaçãor compartilhados entre cientistas e tomadores de decisão
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 04.08.2017
  • Acesso à fonte
    Como citar
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    • ABNT

      GARCIA, Diana Bertuol. The science-practice interface in Ecology and Conservation: a conceptual framework and shared ways of thinking among scientists and decision-makers. 2017. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-17102017-165730/. Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Garcia, D. B. (2017). The science-practice interface in Ecology and Conservation: a conceptual framework and shared ways of thinking among scientists and decision-makers (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-17102017-165730/
    • NLM

      Garcia DB. The science-practice interface in Ecology and Conservation: a conceptual framework and shared ways of thinking among scientists and decision-makers [Internet]. 2017 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-17102017-165730/
    • Vancouver

      Garcia DB. The science-practice interface in Ecology and Conservation: a conceptual framework and shared ways of thinking among scientists and decision-makers [Internet]. 2017 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-17102017-165730/


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