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Intemperismo de granitos e diabásios no município de Campinas e arredores, Estado de São Paulo (1967)

  • Authors:
  • Autor USP: MELFI, ADOLPHO JOSE - IGC
  • Unidade: IGC
  • Subjects: INTEMPERISMO; GRANITO
  • Language: Português
  • Abstract: Com freqüência, os geólogos têm suas vistas voltadas para o estudo do intemperismo e da formação dos solos, principalmente nas regiões de climas tropicais e sub-tropicais, em virtude do fato de uma espessa cobertura de material intemperizado capear, praticamente, todas as formações geológicas e tornar difícil e, por vezes, impossível, a observação direta do substratum geológico. De longa data os pesquisadores que se dedicaram ao estudo da geologia do Brasil sentiram a necessidade de conhecimentos pedológicos para servir de subsídios a levantamentos geológicos. Capanema (1866), Washburne (1930) e Moraes Reego (1935) situam-se entre os primeiros que preocuparam efetivamente com o estudo dos materiais provenientes do intemperismo das rochas. Entretanto, entre nós, muito pouco coisa tem sido feita neste campo, que tem também grande importância econômica: basta atentarmos para o grande número de jazidas minerais que estão geneticamente associadas a fenômenos intempéricos. O estudo do material intemperizado e seu processo de formação têm, ainda, importância nos problemas ligados à geologia aplicada, haja visto que a estabilidade estrutural de barragens e pontes depende essencialmente da extensão e da intensidade dos efeitos do intemperismo sobre o substratum rochoso. O intemperismo, como foi definido por Merril (1897), é o resultado dos diversos elementos da atmosfera e, em particular, da água, do oxigênio, do carbônico e da temperatura sobre as rochas, aosquais é necessário ajuntar em certos casos produtos da vida animal e vegetal. Ainda segundo Merril, o intemperismo é um processo tipicamente destrutivo, que permite o desenvolvimento de novos minerais a partir daqueles alterados. Pesquisadores que no início do século XX estudaram os problemos ligados ao intemperismo faziam nítida separação entre os processos ligados direta ou indiretamente à vida, referidos como processo de formação do solo, e aqueles ) inorgânicos, sem nenhuma relação com qualquer forma de vida, que eram restritamente denominados intempéricos. Atualmente, todos os autores modernos consideram os dois processo estreitamente relacionados. Ambos ocorrem em virtude da interação dos mesmos fenômenos, podendo o solo ser considerado simplesmente como o produto final da decomposição das rochas. O intemperismo das rochas e conseqüentemente formação do solo depende de vários fatores, designados por Dokuchaiv (citado por De'Sigmond, 1938) de pedogenéticos ou formadores do solo. O solo é portanto considerado uma função de tais fatores, tendo Dokuchaiv simbolizado o fenômeno na seguinte equação: S = f (c, r, m, o, t, ...), onde S é o produto da decomposição ou o solo, c é o clima, r é o relevo, m é o material original, o são os organismos (vegetais e animais) e t é o tempo. Sendo os fatores acima mencionados os responsáveis diretos pelo intemperismo das rochas e pela formação dos solos, torna-se indispensável, no trabaho que ora realizamos, fazer umasíntese dos aspectos mais importantes dos referidos fatores para melhor compreensão da matéria analisada. O presente trabalho realizado nos anos de 1965 a 1967 tem a finalidade de contribuir para o conhecimento da gênese de determinados tipos de solos tropicais e para elucidar certos aspectos relacionados com o intemperismo, principalmente químico, de rochas magmáticas. a análise da composição meteórica limitou-se ao estudo de granitos e diabásios que, além de serem rochas bastante comuns na litosfera, possuem comportamento geoquímico análogo e de interpretação relativamente simples. A região de Campinas foi escolhida para a realização de tal estudo, pois os fatores de intemperismo e formadores do solo poderão aí ser bem documentados, principalmente os climáticos, os geológicos e os geomorfológicos, além do fato de ser possível nesta região a obtenção de bons perfis de alteração
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  • Data da defesa: 00.00.1967
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    • ABNT

      MELFI, Adolpho José. Intemperismo de granitos e diabásios no município de Campinas e arredores, Estado de São Paulo. 1967. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1967. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44996/tde-14062016-172000/. Acesso em: 26 maio 2024.
    • APA

      Melfi, A. J. (1967). Intemperismo de granitos e diabásios no município de Campinas e arredores, Estado de São Paulo (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44996/tde-14062016-172000/
    • NLM

      Melfi AJ. Intemperismo de granitos e diabásios no município de Campinas e arredores, Estado de São Paulo [Internet]. 1967 ;[citado 2024 maio 26 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44996/tde-14062016-172000/
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      Melfi AJ. Intemperismo de granitos e diabásios no município de Campinas e arredores, Estado de São Paulo [Internet]. 1967 ;[citado 2024 maio 26 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44996/tde-14062016-172000/


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