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Caracterização petrológica e geoquímica dos diques do arco de Ponta Grossa (1989)

  • Authors:
  • Autor USP: PINESE, JOSE PAULO PECCININI - IAG
  • Unidade: IAG
  • Sigla do Departamento: AGG
  • Subjects: PETROLOGIA; GEOQUÍMICA; GEOFÍSICA
  • Language: Português
  • Abstract: Os diques máficos do arco de Ponta Grossa apresentam idade K-ar de aproximadamente 134 ± 7 m.a. e são integrante da atividade magmática mesozóica que afetou o sul do Brasil. Estes diques, alojam-se tanto em rochas pré-cambrianas do embasamento cristalino como em rochas sedimentares Paleozóicas-Mesozóicas da Bacia do Paraná e, encontram-se preferencialmente direcionados N 40° - 60° W. As regiões que se apresentam maior número de ocorrências em diques são: (1) Guapiara (SP) e Fart7ura (SP): setor norte do Arco de Ponta Grossa (2) Morretes (PR), Cerro Azul (PR) e Castro (PR): setor central do arco de Ponta Grossa. As espessuras dos diques totalizam cerca de 3 km, o que corresponde aproximadamente 3% de expansão crustal. As composoções químicas de rocha total e dos constituintes minerais, bem como dados petrográficos, demonstram que os diques do Arco de Ponta Grossa são predominantemente básicos (andesi-basalto, basalto-toleítico, lati-basalto, basalto transicional) e de natureza toleítica. Suas amostras apresentam granulação média com textura subofítica ou granulação fina com textura intergranular. Entre amostras de granulação fina e aquelas de granulação média não se verificam diferenças químicas significativas e, deste modo, as composições das últimas também podem ser consideradas como representativas do magma. Alguns diques intermediários (lati-andesito, andesito, latito) e raros diques ácidos (dacito, riodacito, riolito) também são assinalados. Estes últimos são similares as vulcânicas ácidas da região norte da Bacia do Paraná (tipo Chapecó). De maneira geral os diques básicos podem ser subdivididos quimicamente em 3 tipos distintos: 1- Diques co baixas concentrações em Ti02 (< 2%) e elementos imcompatíveis (DBT); 2- diques com concentrações intermediárias em Ti02 (2-3%) e elementos incompatíveis (DIT) e, 3- diques com altas concentrações em Ti02(> 3%) e elementos incompatíveis (Continuação)(Continua) (DIT) e, 3-Diques com altas concentrações em TI02 (< 3%) e elementos incompatíveis (DAT). Predominam os diques (cerca de 80%) que possuem Ti02 (DIT e DAT), com o tipo Dit representando cerca de 66%. Os diques ácidos são caracterizados pelas altas concentrações em elementos incompatíveis e são assinalados nas regiões de Fartura, Castro e Cerro Azul. Não se observam variações químicas significativas nos seguintes casos: 1- Entre os diques pertencentes às regiões de Guapiara e Fartura (setor norte), 2- entre os diques das regiões de Morretes, Cerro Azul e Castro (setor central), 3- Entre os diques alojados em sedimentos e aqueles alojados no embasamentos cristalino, 4-Entre as vulcânicas das regiões ao redor de Fartura e os diques associados ao setor norte. Salienta-se que os diques do setor norte demonstram concentrações mais baixas em elementos imcompatíveis do que aqueles situados no setor central. Determinações dos isótopos de SR e Nd dos diques do arco de Ponta Grossa, apresentam valores iniciais de 87Sr/86Sr (Ro) predominantemente entre 0,7050 e 0,7060, e razões atuais de 143Nd/144Nd entre 0,51240 e 0,51246. Em geral, tais valores são semelhantes aos das vulcânicas da região norte da Bacia do Paraná. Destacam-se os valores de Ro dos diques ácidos tipo Chapecó do setor central (0,7056-0,7058) que são similares aos obtidos em vulcânicas ácidas tipo Chapecó situados nas proximidades deste setor, mas diferentes das vulcânicas tipo Chapecó da região de Fartura que apresentam Ro > 0,7074. Os diques do arco de Ponta Grossa plotam-se no quadrante enriquecido do 'msntle array' e não demonstram variações químicas que sugerem apreciável contaminação crustal. Deste modo, as diferenças geoquímica entre os diques alto, intermediário e baixo em Ti02 são primárias e podem ser relacionadas a diferentes graus de fusão de um periodotito granatífero. Comparações geoquímicas e dos isótopos (Continuação)(Continua) de Sr e Nd, entre os diques do arco de Ponta Grossa e as vulcânicas da Bacia do Paraná, revelam que estes diques podem ser relacionados exclusivamente com as vulcânicas da região norte desta Bacia.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 01.12.1989

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    • ABNT

      PINESE, José Paulo Peccinini. Caracterização petrológica e geoquímica dos diques do arco de Ponta Grossa. 1989. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1989. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Pinese, J. P. P. (1989). Caracterização petrológica e geoquímica dos diques do arco de Ponta Grossa (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Pinese JPP. Caracterização petrológica e geoquímica dos diques do arco de Ponta Grossa. 1989 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Pinese JPP. Caracterização petrológica e geoquímica dos diques do arco de Ponta Grossa. 1989 ;[citado 2024 abr. 24 ]


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