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Sou discípulo que aprende, meu mestre me deu lição: tradição e educação entre os angoleiros bahianos (anos 80 e 90) (1999)

  • Authors:
  • Autor USP: ARAÚJO, ROSÂNGELA COSTA - FE
  • Unidade: FE
  • Sigla do Departamento: EDA
  • Subjects: FORMAÇÃO DE PROFESSORES; EDUCAÇÃO
  • Language: Português
  • Abstract: Este trabalho busca refletir a dimensão pedagógica da Capoeira Angola, apresentada no papel inovador/transformador das tradições na formação das identidades possíveis, aqui priorizando a identidade étnica, através dos elementos que dãosustentação à formação e continuidade do Grupo (coerências e "ruídos"), e a permanência mitológica no conhecimento produzido coletivamente. Buscando contemplar a vivência destes na metáfora da árvore de muitas árvores, estaremos percorrendo umcaminho onde foi necessário "gingar" teoricamente com os conceitos de educação, cultura, socialidade, identidade, preconceito, racismo, cotidiano, imaginário, ordem-desordem-organização...complexidade. Estas conexões (links) são frutos deobservações e vivência em meio aos "angoleiros", das mais diversas procedências étnicas ou origens sócio-culturais, filhos "legítimos" de uma África idealizada num projeto de transformação da sociedade brasileira, adotando o universo dasrelações raciais na esteira das desigualdades sociais. Buscamos através de entrevistas (abertas e de questionários), do material coletado em alguns grupos de Capoeira Angola, as bases de produção dos discursos diferenciados no interior do mundoda capoeiragem mas, sobretudo, na interpretação das formas narrativas do imaginário e suas formações identitárias. Os dados coletados indicam a crença num modelo educativo, aglutinador, holonômico, diferentemente da visão destes sobre os modelosoficiais de educação, modificando-lheso olhar sobre a própria diversidade e nesta, dos sujeitos enquanto produtores de conhecimento. Mais que um emblema ingênuo da mitológica democracia racial, a vivência no grupo pode ser considerada uma construção conjunta e mitopoética do anti-racismo, nas suas expressões de corporeidade. Finalmente, distanciar-se desteselementos na compreensão sobre as formas de expressar-se artisticamente entre os descendentes de africanos no Brasil, e as seduções por estas produzidas, não apenas se perde muito no projeto "folclorista" do pensamento científico brasileiro,também dificulta a visibilidade à presença das africanidades, base da autonomia cultural brasileira no cenário mundial, e mais ainda, alija crianças e jovens negros e não-negros das formas de erudição presentes na vivência em meio às tradiçõesseculares, por novas construções "científicas" nas quais o sujeito é parte integrante das próprias "descobertas", chamando-lhes à visão crítica sobre as estruturas sociais
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 21.05.1999

  • How to cite
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    • ABNT

      ARAÚJO, Rosângela Costa. Sou discípulo que aprende, meu mestre me deu lição: tradição e educação entre os angoleiros bahianos (anos 80 e 90). 1999. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. . Acesso em: 03 jun. 2024.
    • APA

      Araújo, R. C. (1999). Sou discípulo que aprende, meu mestre me deu lição: tradição e educação entre os angoleiros bahianos (anos 80 e 90) (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Araújo RC. Sou discípulo que aprende, meu mestre me deu lição: tradição e educação entre os angoleiros bahianos (anos 80 e 90). 1999 ;[citado 2024 jun. 03 ]
    • Vancouver

      Araújo RC. Sou discípulo que aprende, meu mestre me deu lição: tradição e educação entre os angoleiros bahianos (anos 80 e 90). 1999 ;[citado 2024 jun. 03 ]

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