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Estruturas léxico-semânticas e cosmovisão na narrativa quechua (1999)

  • Authors:
  • Autor USP: BERNUY, JULIO LUIS FLOR - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FLL
  • Assunto: LÍNGUAS INDÍGENAS
  • Language: Português
  • Abstract: A língua quechua, análoga a qualquer outra, é, como pars animae populi, o ente reflexo do pensamento, ideologia, isto é, da visão de mundo do homem andino, porque ela sustenta a cultura, produz e controla a cosmovisão do grupo humano usuário e condiciona a sua concepção de mundo. Entretanto, como qualquer outra língua, ao construir seu universo léxico, opera uma redução seletiva da 'referência', já que, apesar de toda a abrangência e complexidade do universo dos signos, é quase impossível manifestar a profundidade do pensar e sentir humanos. Esse universo não é a realidade fenomênica, pois será sempre 'um conhecimento' da realidade fenomênica. O léxico é um instrumento de características excepcionais de construção e reconstrução da visão de mundo, dada sua natureza dialética de permanência e mudança. O léxico de uma língua e os vocabulários de universos de discurso se definem como o espaço privilegiado das relações entre língua, cultura e sociedade. Assim sendo, neste trabalho se realiza um estudo léxico-semântico e semiótico de textos em versão original quechua. E, sobre a base de um grupo léxico do corpus, se diagrama e se descreve a rede de elementos agrupados em sistemas e microssistemas. A narrativa é um signo verbal produzida sob certas instâncias contextuais. Constitui, pois, o espaço em que a ideologia se manifesta concretamente. Os signos correspondem a um recorte cultural, a uma determinada visão de mundo de uma cultura. Uma análise de tal natureza requervincular o discurso narrativo a suas condições de produção, e um conhecimento prévio do mundo. Assim sendo, verifica-se aqui a relação do homem americano em geral e o dos Andes em especial com a terra, elemento fundamental ou talvez axial da sua vida, terra pars naturae hominis. Igualmente, situa-se o povo quechua falante em uma realidade contextualizada, isto é, em seu ambiente histórico vital. Para tanto, a partir do corpus foram, como exemplos, ) selecionadas e analisadas as relações entre alguns campos conceptuais que refletem a relação direta do homem andino com a natureza e os campos lexicais a eles correspondentes. A análise e descrição foi sistêmica, já que definem-se modelos de significado por relação de oposição, não só pelos domínios e resistências e interinfluências na convivência de dois mundos em 500 anos de contato, mas também pelo suposto de que todo ser e todo fato possuem significado na sua relação de oposição, manifestada em relações de inclusão, complementação ou dependências internas. Procedeu-se, enfim, ao estudo do sistema de valores da cultura quechua
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 10.12.1999

  • How to cite
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    • ABNT

      FLOR BERNUY, Julio Luis. Estruturas léxico-semânticas e cosmovisão na narrativa quechua. 1999. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. . Acesso em: 26 abr. 2024.
    • APA

      Flor Bernuy, J. L. (1999). Estruturas léxico-semânticas e cosmovisão na narrativa quechua (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Flor Bernuy JL. Estruturas léxico-semânticas e cosmovisão na narrativa quechua. 1999 ;[citado 2024 abr. 26 ]
    • Vancouver

      Flor Bernuy JL. Estruturas léxico-semânticas e cosmovisão na narrativa quechua. 1999 ;[citado 2024 abr. 26 ]

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