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Demografia e ecologia de dispersão de frutos de Bertholletia excelsa Humb. & Bonpl. (Lecythidaceae) em castanhais silvestres da Amazônia Oriental (2000)

  • Authors:
  • Autor USP: BAIDER, CLAUDIA - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIE
  • Assunto: ECOLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: Desde o início do século XX, as sementes de Bertholletia excelsa, Lecythidaceae, conhecidas como castanha-do-Pará ou castanha-do-Brasil (Brazil nut), compõem um dos principais produtos de extrativismo na Amazônia, de onde a espécie é endêmica. Mesmo assim, apesar de existirem muitas publicações sobre a espécie, pouco é conhecido sobre sua biologia e ecologia em ambientes naturais. Este estudo foi realizado na Estação de Pesquisa do Pinkaiti ('DA ORDEM DE''7 GRAUS'46´S;'51GRAUS'57´O), na área indígena Kayapó, região da borda sudeste da floresta amazônica, transição com o cerrado. Verificou-se que a vegetação se caracteriza por uma baixa diversidade (98-102 espécies/ha), com dominância de espécies deBurseraceae, em especial de Tetragastris altissima. As florestas são sempre-verdes e sazonais, com fenofases delimitadas e seqüenciais. Os castanhais, que são os agregados naturais da espécie, apresentam densidade média de 3.2 ind./ha, com distribuição em 'J' invertido e distribuição espacial ao acaso como um todo, mas regular entre classes de DAP. As plântulas e os jovens com DAP<10cm crescem mais rapidamente em altura que em DAP. A taxa de incremento em DAP em jovens e adultos aumenta com o aumentodo DAP. Passar do estágio de semente para plântula deve ser a principal constrição de todo o ciclo de vida, mas o estágio de plântula também é uma das fases de estrangulamento, com mortalidade de 30% ao ano, causadaprincipalmente pela predação da semente. Ao passarpara o estágio jovem, o indivíduo tem grandes chances de tornar-se um adulto reprodutivo, após atingir DAP>60cm. A frutificação é anual, tendendo a aumentar a produção dos frutos, também, quanto maior a árvore. O peso do fruto é similar entre anos mas a produção pode apresentar grandes variações intra-anuais. Os frutos são consumidos também por pequenos roedores (Proechimys spp.), araras (Ara spp.) e macacos-pregos (Cebus spp.), mas as cotias (Dasyprocta ) spp.) são as principais predadoras e dispersoras de sementes, pois consomem a maior parte da safra, removendo os frutos a distâncias mais longas da planta-mãe, enterrando as sementes. Em castanhais com histórico de extrativismo, a estrutura etária é desviada para adultos, sugerindo que a coleta das sementes pode ter efeito deletério na população. Alternativas de manejo de Bertholletia devem ser simples, levando-se em consideração as características ecológicas, assim como das populações humanas que sobrevivem da espécie
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 20.10.2000

  • How to cite
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    • ABNT

      BAIDER, Claudia. Demografia e ecologia de dispersão de frutos de Bertholletia excelsa Humb. & Bonpl. (Lecythidaceae) em castanhais silvestres da Amazônia Oriental. 2000. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. . Acesso em: 26 abr. 2024.
    • APA

      Baider, C. (2000). Demografia e ecologia de dispersão de frutos de Bertholletia excelsa Humb. & Bonpl. (Lecythidaceae) em castanhais silvestres da Amazônia Oriental (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Baider C. Demografia e ecologia de dispersão de frutos de Bertholletia excelsa Humb. & Bonpl. (Lecythidaceae) em castanhais silvestres da Amazônia Oriental. 2000 ;[citado 2024 abr. 26 ]
    • Vancouver

      Baider C. Demografia e ecologia de dispersão de frutos de Bertholletia excelsa Humb. & Bonpl. (Lecythidaceae) em castanhais silvestres da Amazônia Oriental. 2000 ;[citado 2024 abr. 26 ]


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