Estudo fotofísico do efeito da temperatura na dinâmica micelar (2001)
- Authors:
- Autor USP: LACERDA, SILVIA HELENA DE PAOLI - FFCLRP
- Unidade: FFCLRP
- Sigla do Departamento: 593
- Assunto: QUÍMICA
- Language: Português
- Abstract: Neste trabalho, a técnica de supressão de fluorescência resolvida no tempo foi empregada no estudo da influência da temperatura sobre a dinâmica de interação de íons com micelas iônicas, na faixa compreendida entre 20 e 60 °C. Seguindo esta metodologia, foram obtidos os números de agregação micelar, (N), as constantes de velocidade de supressão intramicelar do pireno, ('k IND.q'), bem como a constante de velocidade de saída, (k), de contra-íons e co-íons supressores de micelas de dodecil sulfato de sódio (SDS), dodecil sulfato de zinco (Zn(DS)2), e cloreto de cetiltrimetilamônio (CTACI). Foi analisada também a seletividade para a troca competitiva entre um contra-íon supressor e o contra-íon do detergente:'Cu POT.2+' e 'Na POT+' ('K IND.Cu/Na'), 'Cu POT.2+' e ' Zn POT.2+' ('K IND.Cu/Zn) e ''S IND.2''O IND.3' POT.- 2' e 'CI POT.-' ('K IND.TS/Cl'). Utilizando técnicas convencionais como condutividade a tensão superficial, foram obtidos outros parâmetros micelares, tais como a concentração micelar crítica (cmc) e o grau de ionização da micela ('alfa'), em função da temperatura. Os resultados indicam que o potencial elétrico da superfície micelar não é influenciado por variações de temperatura, uma vez que não houve mudanças expressivas nos parâmetros concentração micelar crítica e número de agregação. Por outro lado, a temperatura afeta a dinâmica da interação de íons com micelas. Os parâmetros grau de dissociação de contra-íons e constante de velocidade desaída dos contra-íons da micela aumentam com a temperatura. Ficou demonstrado, contudo, que o aumento de k não está relacionado com a contribuição eletrostática para o trabalho total a ser realizado para o escape do contra-íon da micela, visto os valores de 'beta' serem praticamente indiferentes à temperatura. Para os contra-íons, o valor experimental de 'beta' situa-se entre 0.55 e 0.75 e isso implica que a contribuição elétrica para a ) barreira de energia que deve ser vencida para o escape destes íons da micela, é equivalente a 55-75% do trabalho eletrostático total necessário para a completa transferência dos íons da superfície da micela para a fase aquosa. Para os co-íons, contudo, o valor de 'beta' é baixo. Conseguintemente, a constante de velocidade de saída relaciona-se quase unicamente com a estrutura química do co-íon, sendo diminuta a influência da componente eletrostática. Foi demonstrado também que a supressão intramicelar do pireno por contraíon ou co-íon é favorecida pelo aumento da temperatura como resultado, provavelmente, do aumento da mobilidade dos íons supressores. Com relação às constantes de troca iônica, verificou-se que a temperatura tem apenas um efeito modesto na seletividade de ligação de contra-íons em micelas iônicas, de modo que um único valor de'K IND.x/y' pode ser utilizado para descrever a ligação de contra-ions à superfície micelar na faixa de temperatura de 20 a 60 °C
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2001
- Data da defesa: 26.10.2001
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ABNT
LACERDA, Sílvia Helena de Paoli. Estudo fotofísico do efeito da temperatura na dinâmica micelar. 2001. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2001. . Acesso em: 19 abr. 2024. -
APA
Lacerda, S. H. de P. (2001). Estudo fotofísico do efeito da temperatura na dinâmica micelar (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Lacerda SH de P. Estudo fotofísico do efeito da temperatura na dinâmica micelar. 2001 ;[citado 2024 abr. 19 ] -
Vancouver
Lacerda SH de P. Estudo fotofísico do efeito da temperatura na dinâmica micelar. 2001 ;[citado 2024 abr. 19 ]
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