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Datação de peixe fóssil da Chapada de Araripe-CE por termoluminescência e ressonância paramagnética eletrônica (EPR) (2001)

  • Authors:
  • Autor USP: ANDRADE, MARCELO BARBOSA DE - IF
  • Unidade: IF
  • Sigla do Departamento: FNC
  • Subjects: DATAÇÃO; RESSONÂNCIA PARAMAGNÉTICA ELETRÔNICA; LUMINESCÊNCIA (PROPRIEDADES TÉRMICAS); FÍSICA NUCLEAR
  • Keywords: DATING; ELECTRONIC PARAMAGNETIC RESONANCE; LUMINESCENCE (THERMAL PROPERTIES); NUCLEAR PHYSICS
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Uma amostra de peixe fóssil encontrado em Santana do Cariri, na Chapada de Araripe, Estado do Ceará foi estudada quanto as suas propriedades de termoluminescência (TL) e de ressonância paramagnética eletrônica (EPR), visando sua aplicação na datação do peixe fóssil. A análise por fluorescência de raios X, além de mostrar mais de 96 % de CaCO3, revelou a presença de 2,00 (mol %) de SiO2, 1,25 (mol %) de Al2O3, 0,472 (mol %) de MnO, e várias outras moléculas como MgO, P2O5, Fe2O3, etc. A difração de raios X mostrou uma estrutura cristalina ordenada, com uma linha estreita e intensa em 2θ ≅ 19,5°, além de várias linhas muito fracas, porém, ainda estreitas. Para as medidas TL e EPR, a amostra foi separada em camada central, que é o peixe propriamente dito; o envoltório, também, de calcita, com porcentagem (mol) ligeiramente crescente de SiO2 e Al2O3, em camada 1 e 2, indo de dentro para fora, uma distinguível da outra pela pequena diferença de coloração. Para o cálculo da dose anual da radiação natural, responsável pela TL e EPR acumulados desde a formação do peixe fóssil, foi feita a análise de ativação por nêutrons térmicos do peixe fóssil e do solo onde ele foi encontrado. Obteve-se cerca de 0,18 ± 0,03% de K2O, 1,59 ± 0,03 ppm de urânio e 0,68 ± 0,01 ppm de tório para a camada 1 do peixe. Em contrapartida, o resultado obtido através da análise de 200 mg de amostra do solo de Santana do Cariri, apresentou teor de urânio, tório e potássio cerca de 10 vezes maior. Assim, a taxa de dose anual calculada foi da ordem de 5,4 mGy/a, considerando a atenuação ao atravessar o envoltório do peixe a dose anual pode ser considerada cerca de 50% menor. A curva de emissão TL para a amostra irradiada com raios gama apresentou picos TL em 145 °C, 275 °C e 360 °C. O método aditivo foi usado para datação.Para doses de radiação adicionais até cerca de 1,2 kGy, parecia que o pico TL em 360 °C não era adequado para datação. Assim, foi usado o pico TL em 275 °C. A dose acumulada (Dac) obtida foi de aproximadamente 160 Gy dando uma idade de aproximadamente 100.000 anos. Por outro lado, usando-se o pico TL em 360 °C das amostras irradiadas entre 5 e 100 kGy, obtém-se Dac ≅ 9,4 kGy, com idade de cerca de 6 Ma. As irradiações com doses elevadas provocaram um crescimento monotônico da intensidade TL com a dose. A tentativa de correção da idade usando a equação sugerida por Ikeya (1993), que leva em conta o fato de que, devido a vida média da ordem de 106 anos do pico TL em 275 °C (a idade esperada do peixe fóssil é de algumas dezenas de milhões de anos) forneceu um resultado limitado. Essa equação de correção não foi aplicada ao pico TL em 360 °C. Devido à concentração relativamente grande de manganês no peixe fóssil, o processo normal de obtenção do espectro EPR forneceu um resultado, dominado pelos sinais de Mn2+. Usando uma potência de saturação e detectando o sinal em 90° fora de fase, foram observados os sinais do radical 'C'O IND. 2'POT.-' do carbonato. Este processo, conhecido na literatura como ST-EPR (saturation transfer EPR), não tem sido usado nos trabalhos de datação. A variação da intensidade do sinal de CO-2, em função da dose, forneceu um valor de dose acumulada de Dac ≅ 10 kGy e idade de aproximadamente 7 Ma. O sinal CO-2, também decai na temperatura ambiente no decorrer de longo tempo geológico e, a equação de Ikeya poderá ser aplicada. No presente trabalho não foi feita.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 11.12.2001

  • How to cite
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    • ABNT

      ANDRADE, Marcelo Barbosa de. Datação de peixe fóssil da Chapada de Araripe-CE por termoluminescência e ressonância paramagnética eletrônica (EPR). 2001. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Andrade, M. B. de. (2001). Datação de peixe fóssil da Chapada de Araripe-CE por termoluminescência e ressonância paramagnética eletrônica (EPR) (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Andrade MB de. Datação de peixe fóssil da Chapada de Araripe-CE por termoluminescência e ressonância paramagnética eletrônica (EPR). 2001 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Andrade MB de. Datação de peixe fóssil da Chapada de Araripe-CE por termoluminescência e ressonância paramagnética eletrônica (EPR). 2001 ;[citado 2024 abr. 19 ]


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