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Estudos sobre a participação dos processos dependentes da sintase de óxido nítrico na hiperreflexia miccional (2002)

  • Authors:
  • Autor USP: SMEJA, PATRICIA FRINE LAGOS - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RFA
  • Assunto: FARMACOLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: O objetivo deste estudo foi determinar a participação da neurotransmissão nitrérgica na instalação e manutenção da hiperreflexia miccional associada à cistite induzida pela ciclofosfamida (CF) em ratas. A administração de uma dose única de CF (100 mg/kg, i.p.) induziu alterações histológicas na bexiga e uma hiperreflexia vesical com diminuição significativa do volume limiar de micção de forma tempo dependente. O volume limiar de micção diminuiu já 2 horas após a administração de CF e se manteve diminuído até 48 horas após. A administração sistêmica de L-NAME aumentou o volume limiar tanto dos animais que haviam recebido CF 4 horas antes (hiperreflexia precoce) como 18 horas antes (hiperreflexia tardia), mas não reverteu totalmente o quadro de hiperreflexia observado. Nos animais controles, o L-NAME não alterou o volume limiar de micção. Nos animais com hiperreflexia precoce, os processos dependentes da sintase de óxido nítrico (NOS) a nível vesicouretral não parecem participar na determinação do volume limiar porque: 1) a administração intravesical de L-SMTC, não modificou o volume limiar; 2) a incubação de tiras de bexigas com L-NOARG in vitro não alterou as respostas contráteis obtidas por estimulação neurogênica ou pela aplicação de carbacol. A participação desses processos parece ocorrer a nível espinal nos animais com hiperreflexia precoce, devido a que: 1) a administração intratecal (i.t.) de L-NAME a de L-SMTC, mas não de D-NAME, atenuou essa hiperreflexia; 2) aadministração i.t. conjunta de Larginina a de L-NAME, impediu que o inibidor atenuasse a hiperreflexia. Os inibidores da NOS administrados i.t. poderiam estar influenciando neurônios nitrérgicos presentes nos cornos dorsais, na lâmina X ou na coluna intermediolateral dos segmentos lombosacrais da medula espinal, já que a administração i.t. de difeniliodonio, um inibidor de flavoproteínas, inibiu a atividade diaforase dependente de NADPH ) (NADPH-d) presente nesses neurônios. Os mecanismos pelo quais os processos dependentes de NOS passam a participar a nível espinal não parecem ser devidos a um aumento no número de neurônios nitrérgicos (com atividade NADPH-d ou imunoreatividade positiva para NOS) nem a uma ativação desses neurônios presentes na medula espinal de animais com hiperreflexia precoce. Mas, a determinação do aumento da atividade enzimática dependente de cálcio da NOS explicaria essa participação a nível espinal.Nos animais com hiperreflexia tardia, os processos dependentes de NOS a nível vesico-uretral não parecem participar na determinação do volume limiar porque: 1) a administração intravesical de L-SMTC, diminuiu o volume limiar; 2) a incubação de tiras de bexigas com L-NOARG in vitro aumentou a magnitude das respostas contráteis obtidas por estimulação neurogênica ou pela aplicação de carbacol, que estavam diminuídas pela cistite. Nestes animais, a participação desses processos dependentes de NOS parece ocorrer a nível supraespinal devido aque: 1) a administração i.t. de L-NAME não alterou o volume limiar, 2) houve um aumento da atividade enzimática dependente de cálcio da NOS a nível do tronco encefálico, 3) houve uma ativação de neurônios não nitrérgicos (detectados por imunoreatividade positiva para c-Fos) na medula espinal, Iocalizados em setores que enviam projeções supraespinais. Em síntese, os resultados sugerem que em condições normais processos dependentes de NOS não estariam participando da determinação do volume limiar mas que passam a ter uma participação em condições de hiperreflexia associada a cistite. Na fase precoce da hiperreflexia, a participação desses processos seda a nível espinal, entanto na fase de manutenção da hiperreflexia a participação seria a nível supraespinal. Portanto, a hiperreflexia miccional envolve uma remodelação de circuitos nervosos tanto espinais como supraespinais
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 17.04.2002

  • How to cite
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    • ABNT

      SMEJA, Patrícia Friné Lagos. Estudos sobre a participação dos processos dependentes da sintase de óxido nítrico na hiperreflexia miccional. 2002. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2002. . Acesso em: 16 abr. 2024.
    • APA

      Smeja, P. F. L. (2002). Estudos sobre a participação dos processos dependentes da sintase de óxido nítrico na hiperreflexia miccional (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Smeja PFL. Estudos sobre a participação dos processos dependentes da sintase de óxido nítrico na hiperreflexia miccional. 2002 ;[citado 2024 abr. 16 ]
    • Vancouver

      Smeja PFL. Estudos sobre a participação dos processos dependentes da sintase de óxido nítrico na hiperreflexia miccional. 2002 ;[citado 2024 abr. 16 ]

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