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Magnetismo de corpos graníticos e a evolução tectônica brasiliana da porção ocidental da faixa Seridó (NE do Brasil) (1999)

  • Authors:
  • Autor USP: TRINDADE, RICARDO IVAN FERREIRA DA - IAG
  • Unidade: IAG
  • Sigla do Departamento: AGG
  • Assunto: PALEOMAGNETISMO
  • Language: Português
  • Abstract: Na porção oeste da Faixa Seridó(NE do Brasil), ocorrem diversos granitóides brasilianos que compõem o Complexo Intrusivo Caraúbas-Umarizal. Foram estudados quatro corpos intrusivos deste Complexo - Caraúbas (250 km'POT.2'), Prado (60 km'POT.2), Tourão (350 km'POT.2'), e Umarizal(350 km'POT.2')- abrangendo desde típicos representantes do magnetismo calcio-alcalino potássio e shoshonitico da região, a tipos alcalinos de ocorrência rara. Estes corpos apresentam-se varialvelmente afetados por um complexo sistema de transcorrências com direções E-W e NE-SW, conectadas a uma zona de cisalhamento extensional de direção NW-SE. Datações U-Pb(em zircões e titanitas) para os granitóides Caraúbas e Tourão indicam idade de cristalização no intervalo de 'DA ORDEM DE'580-570 Ma. As idades K-Ar sugerem resfriamento até 350'MAIS OU MENOS.50ºC' a cerca de 520 Ma, resultando em uma taxa de resfriamento de 'DA ORDEM DE'8ºC/Ma. O principal mineral magnético responsável pelo registro da remanescência e da anisotropia magnética nestas rochas é a titanomagnetita multidomínio pobre em Ti. Duas populações de magnetita foram identificadas: magnetitas euédricas, de cristalização precoce, e magnetitas finas, alongadas, associadas à alteração hidrotermal de biotitas. A caracterização da mineralogia magnética foi feita a partir de curvas termomagnéticas, curvas de histerese, curvas de aquisição de magnetização remanescente isotérmica, testes de Lowrie e microscopia eletrônica devarredura. O estudo paleomagnético dos granitóides Caraúbas, Prado, Tourão e Umarizal revelou componentes de magnetização que permitiram calcular quatro pólos paleomagnéticos. O pólo WS1 (339,'5.GRAUS'E; 9,0'GRAUS'S; N=33, 'ALFA.IND.95'=10'GRAUS',k=7) referente a uma componente de magnetização compartilhada por todos os corpos intrusivos. O pólo U1 (330,'5.GRAUS'E; 1,'5.GRAUS'S; N=18,'ALFA.95'='16.GRAUS', k=6) é referente a uma componente identificada no granitóide ) Umarizal, ligeiramente diferente daquela identificada nos demais corpos intrusivos. O pólo WS2 (3,'2.GRAUS'E;42,'7.GRAUS'N; N=22,'ALFA.95'='7.GRAUS, k=24) referente a uma segunda componente dos granitóides Caraúbas e Tourão. Finalmente, o pólo M ('165.GRAUS'E; '73.GRAUS'N, N=8,'ALFA.95'='14.GRAUS', k=15) referente aos milonitos de Caraúbas. Uma idade de'DA ORDEM DE'510 Ma é atribuída ao pólo WS1, a partir dos dados geocronológicos e das temperaturas de bloqueio da mineralogia magnética. Esta idade é consistente com a posição deste pólo em comparação com outros pólos da plataforma Sul-americana e do Gondwana. Os pólos WS1 e U1 são interpretados como contemporâneos aos ajustes finais da orogênese Brasiliana/Pan-Africana na porção noroeste do supercontinente. Anisotropias de susceptibilidade magnética (ASM) e de remanescência (ARM) foram medidas em 83 sítios do granitóide Tourão, permitiram compreender a formação da trama neste granito e inferir relações temporais entre os diferenteseventos cinemáticos ocorridos na região, embora sem apresentar evidências de deformação em estado sólido. A trama definida pela ASM e pela ARM referente às magnetitas primárias, é paralela à trama magmática precoce, de direção NNE, enquanto uma trama relacionada aos estágios posteriores de deformação, ao longo de zonas de cisalhamento magmáticas EW, é detectada pela ARM referente às secundárias. Nos granitóides Caraúbas e Prado, amplamente afetados por deformação em estado sólido, foi efetuado um estudo integrado utilizando ASM em 92 sítios, petrotrama de eixo-c e dados de campo para suas encaixantes. Estes dados permitiram formular um modelo de alojamento e deformação destes corpos intrusivos, baseado em um processo recorrente, com ductilização da crosta induzida pela injeção de magmas quentes ao longo da zona de cisalhamento e segregação de magmas induzida por deformação cisalhante não-coaxial no sitio de ) segregação. O transporte dos magmas desde a fonte até o sitio de alojamento por meio de diques permitiria a rápida coalescência dos plútons como um enxame de intrusões tabulares. No sítio de alojamento, zonas de cisalhamento com orientação E-W atuariam como zonas de transferência, acomodando a expansão dos plútons. O conjunto de dados obtido segere a atuação de uma deformação transtracional/extensional na porção oeste da Faixa Seridó, em sincronia com a deformação transpressiva característica da porção central daquela Faixa
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 02.09.1999

  • How to cite
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    • ABNT

      TRINDADE, Ricardo Ivan Ferreira da. Magnetismo de corpos graníticos e a evolução tectônica brasiliana da porção ocidental da faixa Seridó (NE do Brasil). 1999. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. . Acesso em: 25 abr. 2024.
    • APA

      Trindade, R. I. F. da. (1999). Magnetismo de corpos graníticos e a evolução tectônica brasiliana da porção ocidental da faixa Seridó (NE do Brasil) (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Trindade RIF da. Magnetismo de corpos graníticos e a evolução tectônica brasiliana da porção ocidental da faixa Seridó (NE do Brasil). 1999 ;[citado 2024 abr. 25 ]
    • Vancouver

      Trindade RIF da. Magnetismo de corpos graníticos e a evolução tectônica brasiliana da porção ocidental da faixa Seridó (NE do Brasil). 1999 ;[citado 2024 abr. 25 ]


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