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Estudo comparativo da morfologia dentinária cervical em dentes normais e dentes com lesão cervical não cariosa: estudo em M.E.V (2003)

  • Authors:
  • Autor USP: AZRAK, MARISTELA ANDRADE - FOB
  • Unidade: FOB
  • Sigla do Departamento: BAD
  • Subjects: DENTINA (MORFOLOGIA); MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA
  • Language: Português
  • Abstract: A perda dos tecidos mineralizados da região cervical leva à exposição e ao desgaste da dentina e dos túbulos dentinários aos fluidos orais ou a outras fontes de irritação. Os túbulos dentinários são os principais constituintes da dentina e abrigam no seu interior a extensão citoplasmática de células especializadas, os odontoblastos, que são os responsáveis por sua formação e manutenção. Essa perda de tecido pode ser causada por uma variada etiologia como a abrasão, a erosão, a atrição e a abfração, ou pela associação destes, levando às chamadas lesões cervicais não cariosas as quais por sua vez, podem levar à hiperestesia e ao comprometimento estético. De acordo com vários autores (BRÄNNSTRÖNN23, YOSHYIAMA133, 134, 135, DUKE35 e ISOKAWA51), ocorre uma diferença significativa na morfologia dos túbulos dentinários de áreas com lesões cervicais não cariosas, quando comparadas com áreas de dentina normal. O objetivo do presente trabalho foi estudar a morfologia da dentina cervical de dentes com lesão cervical não cariosa e compará-la com a morfologia de dentina normal no mesmo dente, no seu lado oposto, numa lesão criada artificialmente. A diferença na morfologia foi demonstrada por microscopia eletrônica de varredura. Foram utilizados 15 pré-molares extraídos por razões periodontais, oriundos de pacientes de uma faixa etária elevada, acometidos de lesões cervicais não cariosas, com um já possível grau de esclerosamento dentinário. A face lingual dessesmesmos dentes recebeu um desgaste, simulando uma lesão cervical não cariosa com forma e extensão semelhantes às lesões naturais. Os dentes foram, então, seccionados no sentido ocluso-cervical, para separação de seus segmentos vestibulares e linguais, em suas respectivas lesões. A partir desse ponto, a amostragem passou a ser constituída de dois grupos, com 15 espécimes cada um, perfazendo um total de 30 espécimes, com número igual de lesões naturais e artificiais. ) As superfícies das lesões foram, em seguida, condicionadas com ácido fosfórico a 5%, por 5 segundos, para remoção da "smear layer". Para permitir, no mesmo espécime, a observação da superfície da lesão e de seus componente tubulares, cada secção foi novamente dividida, por fratura, longitudinalmente ao seu longo eixo. Os espécimes foram, então, desidratados em solução alcoólica de concentração ascendente e metalizados para subseqüente análise por microscopia eletrônica de varredura. Na observação pela microscopia eletrônica de varredura constatou-se que, de modo geral, os túbulos nas lesões cervicais naturais se apresentaram obstruídos por estruturas mineralizadas de formato semelhantes aos túbulos dentinários, projetando-se para além dos limites da superfície da dentina. Verificou-se que a presença dessas estruturas de aspecto tubular variava conforme a região da lesão, com tendência a ocorrerem em sua região mais central, o ápice da lesão. Parte dos espécimes mostravam que tais estruturas seestendiam por todo o comprimento dos túbulos. Ao contrário, nas regiões das lesões criadas artificialmente, na dentina normal, os túbulos encontravam-se invariavelmente amplos e abertos, destituídos daquelas estruturas vistas nas lesões naturais. Essa diferença torna claro que as estruturas intratubulares vistas nas lesões naturais são resultado de estímulos diretos sobre a dentina exposta nas lesões cervicais não cariosas, independentemente de suas etiologias. Ao mesmo tempo, conclui-se que os fenômenos que regem os processos típicos de esclerosamento dentinário são diferentes daqueles que orientam as deposições minerais nas regiões de lesões cervicais não cariosas. Especula-se, também, que as estruturas intratubulares encontradas no lúmen das lesões cervicais não cariosas podem desempenhar um papel importante no controle da sensibilidade dos dentes que a apresentam
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 24.02.2003

  • How to cite
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    • ABNT

      AZRAK, Maristela Andrade. Estudo comparativo da morfologia dentinária cervical em dentes normais e dentes com lesão cervical não cariosa: estudo em M.E.V. 2003. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Bauru, 2003. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Azrak, M. A. (2003). Estudo comparativo da morfologia dentinária cervical em dentes normais e dentes com lesão cervical não cariosa: estudo em M.E.V (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Bauru.
    • NLM

      Azrak MA. Estudo comparativo da morfologia dentinária cervical em dentes normais e dentes com lesão cervical não cariosa: estudo em M.E.V. 2003 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Azrak MA. Estudo comparativo da morfologia dentinária cervical em dentes normais e dentes com lesão cervical não cariosa: estudo em M.E.V. 2003 ;[citado 2024 abr. 19 ]

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