Anatomia do bivalve antártico Thracia meridionalis Smith, 1885 (Anomalodesmata: Thraciidae) (2003)
- Authors:
- Autor USP: SARTORI, ANDRE FERNANDO - IB
- Unidade: IB
- Sigla do Departamento: BIZ
- Assunto: BIVALVIA (ANATOMIA)
- Language: Português
- Abstract: Thraciidae é uma das famílias de Anomalodesmata menos estudadas, dentre as quatorze que compõem a subclasse. das cerca de trinta espécies atribuídas à família, apenas Trigonothracia jinxingae teve sua biologia e anatomia examinadas em detalhes; para outros Thraciidae, há pouca ou nenhuma informação morfológica, o que dificulta o entendimento das relações filogenéticas dentre os Anomalodesmata. Thracia meridionalis, única representante da famílai em águas antárticas, é aqui analisada sob o ponto de vista da anatomia, buscando iniciar o entendimento da biologia da espécie, bem como aprofundar os conhecimentos acerca do gênero Thracia e família Thraciidae, indispensáveis para a elucidação das realções evolutivas dentre os Anomalodesmata. A investigação detalhada da conchia, sifões, e das estruturas e órgãos que compõem a cavidade palial e massa visceral foi realizada utilizando-se técnicas de dissecção, histologia e microscopia eletrônica de varredura. A concha é fina, inequivalve, ornamentada por grândulos periostracais calcificados, e dotada de charneira edêntula, ligamento secundário e primário, este último com litodesma presente apenas em indivíduos jovens. O manto tem margens extensivamente fundidas, com curta abertura pediosa, quarta abertura palial reduzida e sifões longos, separados, originando-se exclusivamente das pregas internas; as glândulas hipobranquias são assimétricas, porém restritas à câmara infra-branquial, o que distingue T. medidionalis dentre osAnomalodesmata. Os ctenídios são extensos, heterorrábdicos e do tipo E de Atkins; uma ampla abertura entre os eixos dos ctenídios e o septo que separa as aberturas proximas dos sifões permite a comunicação entre as câmaras infra e supra-branquiais. A associação entre os palpos labiais e ctenídios pertence à categoria III de Stasek, e os estatocistos são do tipo 'B IND. 3' de Morton, este tipo constituindo novo registro para os Thracioidea. O estômago do tipo IV na classificação de Purchon é extensivamente provido de áreas de triagem, sugerindo que o animal ingere grande quantidade de partículas, o que é corroborado pelo intestino freqüêntemente dilatado e repleto de fezes. T. meridionalis é hermafrodita simultâneo, com gônadas, gonodutos e gonóporos distintos. Grande ovócitos ('DA ORDEM DE' 200 um) protegidos por espessa membrana vitelínica, e razão próxima de 0,75 entre os comprimentos das prodissoconchas I e II são indicativos de desenvolvimento larval lecitotrófico
- Imprenta:
- Data da defesa: 28.11.2003
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ABNT
SARTORI, André Fernando. Anatomia do bivalve antártico Thracia meridionalis Smith, 1885 (Anomalodesmata: Thraciidae). 2003. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-19092004-192817/. Acesso em: 23 abr. 2024. -
APA
Sartori, A. F. (2003). Anatomia do bivalve antártico Thracia meridionalis Smith, 1885 (Anomalodesmata: Thraciidae) (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-19092004-192817/ -
NLM
Sartori AF. Anatomia do bivalve antártico Thracia meridionalis Smith, 1885 (Anomalodesmata: Thraciidae) [Internet]. 2003 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-19092004-192817/ -
Vancouver
Sartori AF. Anatomia do bivalve antártico Thracia meridionalis Smith, 1885 (Anomalodesmata: Thraciidae) [Internet]. 2003 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-19092004-192817/
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