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Determinantes da escolha de arranjos institucionais: evidências na comercialização de fertilizantes para soja nos estados de Goiás e Mato Grosso (2004)

  • Authors:
  • Autor USP: LEME, MARISTELA FRANCO PAES - FEA
  • Unidade: FEA
  • Sigla do Departamento: EAD
  • Subjects: ADMINISTRAÇÃO; FERTILIZANTES; CONTRATOS
  • Language: Português
  • Abstract: As transações, entre os agentes do agronegócio, têm deixado de ocorrer via mercado, passando a serem regidas por diferentes tipos de arranjos institucionais, parte deles formatados por contratos. No setor de fertilizantes em particular, após o processo de reestruturação da década de 90, as empresas intensificaram a oferta de pacotes de insumos aos produtos agrícolas, mais especificamente aos produtores de soja, que são os focalizados nesta tese. Para adquirir fertilizantes, esses produtores podem optar pelo uso de recursos próprios, obtidos em financiamento com terceiros, ou podem ainda recorrer aos referidos pacotes que incluem além de fertilizantes, soja e recursos financeiros, e que os produtores de soja chamam de troca, por adquirirem fertilizante pagando em soja para entrega futura. Assim, as seguintes questões motivam este trabalho: Quais são os fatores determinantes da escolha do produtor de soja entre arranjos alternativos para a aquisição de fertilizantes? O que faz o produtor comprar fertilizantes e vender soja para uma mesma empresa em vez de fazê-lo com empresas diferentes? Na literatura analisada, identificam-se quatro elementos que podem explicar a escolha entre arranjos alternativos: custo de transação, incerteza, confiança e sofisticação do produtor. Assim, levantam-se as hipóteses: h1) a percepção de economia na negociação motiva o produtor a optar pela utilização do pacote fertilizante/soja, ou seja, a comprar fertilizantes e vendersoja para uma mesma empresa em vez de fazê-lo com empresas diferentes; h2) a exposição percebida ao risco e a aversão a este motivam o produtor a optar pela utilização do pacote fertilizante/soja; h3) a confiança depositada pelo produtor de soja na empresa de fertilizante motiva-o a optar pela utilização do pacote fertilizante/soja; h4) quanto maior a escala do produtor de soja, menor é a utilização do pacote fertilizante/soja. Para testar estas hipóteses foram realizadas 200 entrevistas com produtores de soja dos estados de Goiás e Mato Grosso. Os resultados da pesquisa oferecem suporte para as hipóteses 1 e 3, enquanto a última foi rejeitada. A hipótese 2 não foi rejeitada no que se refere à aversão ao risco, mas foi não-significativa com relação a exposição percebida ao risco. Em tal sentido, a formatação de pacotes ou de arranjos do tipo bundling pode ser motivada por razões de eficiência, sendo a economia em custos de transação uma dessas possíveis razões. Ao aceitar a hipótese de que a aversão ao risco leva à utilização do arranjo troca e, portanto, de uma forma híbrida, a proposição de que a elevada incerteza aumenta a probabilidade das estruturas de governança polares é fragilizada. Porém, reforça-se o fato de que a dificuldade para prescrever a resposta em termos de governança com relação à incerteza advém de esta ser um correio multidimensional, daí ser necessário compreender a dimensão pela qual esta afeta atransação. A confiança depositada nas empresas de fertilizantes baseada na interação histórica das partes determina a aceitação pelo produtor dos termos de troca envolvidos no pacote. Por fim, com relação à escala, os maiores produtores de soja, diferentemente do esperado, utilizaram mais o arranjo troca
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 01.12.2004

  • How to cite
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    • ABNT

      LEME, Maristela Franco Paes. Determinantes da escolha de arranjos institucionais: evidências na comercialização de fertilizantes para soja nos estados de Goiás e Mato Grosso. 2004. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Leme, M. F. P. (2004). Determinantes da escolha de arranjos institucionais: evidências na comercialização de fertilizantes para soja nos estados de Goiás e Mato Grosso (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Leme MFP. Determinantes da escolha de arranjos institucionais: evidências na comercialização de fertilizantes para soja nos estados de Goiás e Mato Grosso. 2004 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Leme MFP. Determinantes da escolha de arranjos institucionais: evidências na comercialização de fertilizantes para soja nos estados de Goiás e Mato Grosso. 2004 ;[citado 2024 abr. 19 ]

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