Sentidos e produção da atividade voluntária em contextos corporativos e não-corporativos: a subjetividade permitida (2005)
- Authors:
- Autor USP: CALDANA, ADRIANA CRISTINA FERREIRA - FFCLRP
- Unidade: FFCLRP
- Sigla do Departamento: 594
- Subjects: TRABALHO VOLUNTÁRIO; PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
- Language: Português
- Abstract: Atualmente, pesquisadores têm observado alterações em relação ao voluntariado, apontando que a vertente assistencialista vem sendo substituída por determinações éticas, desenvolvidas em torno dos conceitos de solidariedade e de responsabilidade de todos os atores da sociedade civil. No Brasil, observou-se, nas últimas três décadas, a proliferação das ONGs (Organizações Não Governamentais) acompanhada de um crescente "encolhimento do Estado". Estas ONGs são levadas a captar recursos junto ao Estado e à iniciativa privada, o que tem gerado um movimento de profissionalização na administração destas instituições e de seus voluntários. Quando se considera o voluntariado, especialmente o voluntariado corporativo, percebe-se um campo marcado pela sutileza das relações. Entretanto, um levantamento dos sentidos atribuídos a este fenômeno, que considere os diferentes atores sociais envolvidos e os diferentes contextos de produção, pode contribuir para elucidar aspectos importantes destas relações. O objetivo do presente estudo é discutir o exercício destas atividades voluntárias e suas lógicas de sustentação, em dois diferentes contextos de realização. O primeiro é caracterizado pela busca espontânea de inserção em projetos sociais, em que a iniciativa de engajamento parte do próprio voluntário (não corporativo), enquanto o segundo é formado por empresas que possuem programas de assistência à comunidade, vinculados às políticas organizacionais (voluntário corporativo). Foramrealizados quatro estudos de caso a partir de análise documental e de entrevistas com representantes das instituições pesquisadas e com voluntários das mesmas. Cabe destacar que o referencial teórico privilegiado neste trabalho foi o materialismo histórico, por permitir uma abordagem dialética dos fenômenos analisados nos seus respectivos contextos de produção, buscando desmistificar possíveis relações de controle e coação. Ao contrário do ... suposto inicial, que colocava voluntariado corporativo em oposição a voluntariado não-corporativo, as análises das entrevistas não mostraram ser este o aspecto de maior relevância, pois independentemente de pertencer ao grupo corporativo ou não-corporativo, nota-se que os sentidos atribuídos à atividade voluntária diferenciam-se pelo caráter assistencialista ou emancipatório da instituição à qual o voluntário se vincula. Neste aspecto, pode-se verificar que quando a ONG pretende-se não-assistencialista, nem mesmo a noção de voluntariado parece cabível. O intuito desta análise não é, simplesmente, negar o.trabalho voluntário, mas considerar que este é um modo permitido de construção da subjetividade, uma ação possível dentro da lógica de acumulação do Capital
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2005
- Data da defesa: 20.06.2005
-
ABNT
CALDANA, Adriana Cristina Ferreira. Sentidos e produção da atividade voluntária em contextos corporativos e não-corporativos: a subjetividade permitida. 2005. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005. . Acesso em: 24 abr. 2024. -
APA
Caldana, A. C. F. (2005). Sentidos e produção da atividade voluntária em contextos corporativos e não-corporativos: a subjetividade permitida (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Caldana ACF. Sentidos e produção da atividade voluntária em contextos corporativos e não-corporativos: a subjetividade permitida. 2005 ;[citado 2024 abr. 24 ] -
Vancouver
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