Fatores de risco para acidentes percutaneos na equipe de enfermagem de um hospital-escola de Ribeirão Preto (2005)
- Authors:
- Autor USP: CANINI, SILVIA RITA MARIN DA SILVA - EERP
- Unidade: EERP
- Sigla do Departamento: ERG
- Subjects: TRABALHO EM GRUPO (ENFERMAGEM); FATORES DE RISCO; ESTUDOS DE CASOS E CONTROLES
- Language: Português
- Abstract: Introdução: a transmissão ocupacional de patógenos veiculados pelo sangue é hoje considerada um problema de saúde pública. Os trabalhadores de enfermagem têm sido os mais acometidos por acidentes ocupacionais percutâneos e são também os que têm apresentado maior número de soroconversão para o HIV. Apesar de as precauções-padrão terem sido instituídas desde 1996 pelos Centers for Disease Control, e serem reconhecidas como a melhor estratégia para prevenção desses acidentes, suas recomendações não têm sido totalmente incorporadas à pratica diária desses profissionais. Objetivo: identificar os fatores de risco para ocorrência de acidentes percutâneos entre a equipe de enfermagem. Metodologia: optou-se pelo delineamento do tipo caso-controle, sendo considerados casos (n=200) os trabalhadores de enfermagem que registraram acidentes percutâneos no HCFMRP-USP, no período de 01/01/2003 a 30/07/2004, os quais foram emparelhados com os controles (n=200) por sexo, função e setor de trabalho. Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais e analisados por meio de estatística descritiva e pela técnica de regressão logística multivariada, utilizando-se o programa SPSS, versão 10.0, versão para Windows. Resultados: os fatores de risco identificados no modelo final do presente estudo foram: escores de adesão às precauções-padrão ('< OU =' 30) abaixo da mediana (OR=6,71; IC95%=3,44-13,07), '< OU =' 09 anos de experiência profissional na enfermagem (OR=2,94;IC95%=1,44-6,03), aumento de hora na jornada de trabalho semanal (OR=1,03; IC95%=1,01-1,05), trabalhar no turno diurno fixo (OR=2,71; IC95%=1,36-5,41), avaliar o risco de se acidentar como baixo (OR=9,09; IC95%=3,68-22,42) e médio (OR=4,65; IC95%=2,67-8,10) e ter sofrido acidentes percutâneos prévios (OR=4,01; IC95%=2,38-6,75). Ao se analisarem os fatores de risco para as Unidades Campus e Unidade de Emergência, separadamente, os fatores de risco se ... mantiveram, exceto na Unidade Campus, onde a variável "tempo de experiência profissional na enfermagem" não foi estatisticamente significante e a idade se constituiu num fator de proteção, ou seja, para o aumento de cada ano de idade do trabalhador, a chance de ocorrência de acidentes percutâneos decresceu 0,93 vez (OR=0,93; IC95%=O,89-0,97). Conclusões: o presente estudo confirmou a associação entre a baixa adesão às precauções-padrão por parte dos trabalhadores da equipe de enfermagem e a ocorrência de acidentes percutâneos, além de permitir a identificação de outros importantes fatores de risco. Acredita-se que os resultados obtidos nessa investigação possam subsidiar a elaboração e a implementação de estratégias preventivas mais eficazes e, conseqüentemente, conferir maior segurança à saúde desses trabalhadores.
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2005
- Data da defesa: 10.05.2005
-
ABNT
CANINI, Silvia Rita Marin da Silva. Fatores de risco para acidentes percutaneos na equipe de enfermagem de um hospital-escola de Ribeirão Preto. 2005. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005. . Acesso em: 23 abr. 2024. -
APA
Canini, S. R. M. da S. (2005). Fatores de risco para acidentes percutaneos na equipe de enfermagem de um hospital-escola de Ribeirão Preto (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Canini SRM da S. Fatores de risco para acidentes percutaneos na equipe de enfermagem de um hospital-escola de Ribeirão Preto. 2005 ;[citado 2024 abr. 23 ] -
Vancouver
Canini SRM da S. Fatores de risco para acidentes percutaneos na equipe de enfermagem de um hospital-escola de Ribeirão Preto. 2005 ;[citado 2024 abr. 23 ] - Condutas dos profissionais de enfermagem vítimas de acidente ocupacional com material biológico em um hospital-escola do interior paulista
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