Desenvolvimento diferencial da espermateca de Apis mellifera (Hymenoptera, Apidae) (2005)
- Authors:
- Autor USP: SILVA, JOSE ESEQUIEL BONIFACIO DA - FFCLRP
- Unidade: FFCLRP
- Sigla do Departamento: 592
- Subjects: HYMENOPTERA; GENÉTICA ANIMAL; ENTOMOLOGIA
- Language: Português
- Abstract: A principal diferença entre rainhas e operárias de Apis mellifera está relacionada ao sistema reprodutor, especialmente ao tamanho, morfologia e fisiologia dos ovários e da espermateca. Nas rainhas a espermateca recebe e armazena os espermatozóides, enquanto que nas operárias a espermateca é vestigial e não funcional. A diferenciação de castas apresenta uma regulação endócrina realizada pelos hormônios morfogenéticos (hormônio juvenil e ecdisteróides). Este trabalho teve como principal objetivo descrever o desenvolvimento da espermateca desde a sua formação até a emergência do adulto e assim determinar o momento da diferenciação deste órgão entre rainhas e operárias. Além disso, foi investigada a expressão diferencial de ultraspiracle (usp), um receptor nuclear órfão, nos estágios larval e pu pal, como ferramenta para o estudo da diferenciação casta-específica da espermateca. Através de técnicas convencionais de microscopia óptica e eletrônica foi demonstrado que a morfologia da espermateca permanece semelhante em rainhas e operárias, isto é, organização do epitélio, tamanho, formato de células e núcleos, até a fase de tecelagem de casulo, que marca o fim do estágio larval e o início da diferenciação da espermateca entre as castas. No final do estágio larval começa a ser detectada a presença de núcleos picnóticos no epitélio do receptáculo da espermateca de operárias. Isto leva a inferir que a partir dessa fase, a espermateca (receptáculo eglândulas acessórias) de operárias inicia um processo de degeneração celular que culmina com a sua completa atrofia no estágio adulto. As características ultra- estruturais sugeriram funções transportadora e secretora ao epitélio da espermateca de rainhas e transportadora ao de operárias. A aplicação de hormônio juvenil (HJ) em larvas de operárias resultou em ativação da espermateca, ficando a morfologia desta bem semelhante à de rainha. Resultado similar foi obtido para operárias mantidas na ausência da rainha, ou seja, livres da ação inibitória dos feromônios da rainha. Análises por RT-PCR semiquantitativa mostraram que na espermateca de pupas de rainhas e de operárias a expressão de usp não segue a mesma modulação observada nos hormônios morfogenéticos (HJ e ecdisteróides). Em operárias há uma ligação entre usp e HJ, pois quanto maior a concentração desse hormônio maior a expressão de usp. O que não ocorre em rainhas e operárias tratadas com 20-hidroxiecdisona quanto à expressão de usp na espermateca. Estes resultados indicam o funcionamento de usp como receptor de HJ e o seu envolvimento na mediação da prevenção de morte celular na espermateca de operárias tratadas com este hormônio. A injeção de dsRNA de usp promoveu a supressão deste receptor em pupas de olho marrom de operárias, embora grandes alterações não tenham sido evidenciadas quanto à morfologia da espermateca
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2005
- Data da defesa: 21.12.2005
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ABNT
SILVA, José Esequiel Bonifácio da. Desenvolvimento diferencial da espermateca de Apis mellifera (Hymenoptera, Apidae). 2005. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005. . Acesso em: 26 abr. 2024. -
APA
Silva, J. E. B. da. (2005). Desenvolvimento diferencial da espermateca de Apis mellifera (Hymenoptera, Apidae) (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Silva JEB da. Desenvolvimento diferencial da espermateca de Apis mellifera (Hymenoptera, Apidae). 2005 ;[citado 2024 abr. 26 ] -
Vancouver
Silva JEB da. Desenvolvimento diferencial da espermateca de Apis mellifera (Hymenoptera, Apidae). 2005 ;[citado 2024 abr. 26 ]
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