Avaliação das seqüelas auditivas em crianças com câncer [resumo] (2006)
- Authors:
- USP affiliated authors: ODONE FILHO, VICENTE - FM ; LATORRE, MARIA R. D. O. - FSP
- Unidades: FM; FSP
- Subjects: PERDA AUDITIVA; CRIANÇAS; NEOPLASIAS; PREVALÊNCIA
- Language: Português
- Abstract: Introdução. A incidência do câncer infantil é considerada moderadamente elevada no Brasil e, como resultado de tratamentos mais efetivos, as taxas de sobrevida têm aumentado muito nos últimos anos. Crianças que recebem tratamento contra o câncer estão expostas a diversos efeitos colaterais, entre eles, a ototoxicidade, que é a capacidade de provocar lesão em estruturas da orelha interna e que pode levar à perda auditiva. Objetivo. Estimar a prevalência de ototoxicidade nas crianças com câncer, segundo características demográficas, clínicas e de tratamento e verificar os fatores associados à ocorrência de ototoxicidade. Método. A pesquisa foi desenvolvida no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil – ITACI – o qual é um centro de referência nacional no tratamento do câncer pediátrico. Foram analisadas todas as crianças diagnosticadas nos anos de 2003 e 2004, num total de 143 pacientes, excluindo óbitos e transferências. Os indivíduos foram submetidos à anamnese e à audiometria tonal liminar nas freqüências de 250 a 8000 kHz e à timpanometria e pesquisa dos reflexos acústicos. Na análise estatística foi feita caracterização da amostra por meio de estatística descritiva (média, desvio-padrão, mediana e proporções). Resultados. A idade dos 143 pacientes variou de 0 a 18 anos. O sexo masculino foi representado por 54,5% dos sujeitos e a cor da pele branca foi a que apresentou maior freqüência (86,0%).O diagnóstico mais freqüente foi de leucemia linfóide (28,0%), seguido pelo grupo de tumores ósseos (9,1%) e tumor de Willms (9,1%). Entre os 143 pacientes, 84 (58,7%) estavam sem tratamento quimio ou radioterápico na data da última consulta e 47 (32,9%) estavam em tratamento. A radioterapia foi realizada em 36 pacientes (25,2%), sendo 19 na região do abdômen, 11 na região de cabeça e pescoço e 6 em membros. A maioria dos pacientes realizou quimioterapia (130 pacientes – 90,9%), sendo que 84 (58,7%) já terminaram o tratamento. A alteração auditiva foi verificada em 35,1% dos pacientes, sendo que 16,9% apresentaram perda auditiva neurossensorial entre os graus leve a severo, 13,0% apresentaram timpanometria com curva tipo B e 5,2% com curva tipo C, associadas à perda auditiva condutiva de grau leve. Conclusão. As perda auditivas são uma seqüela importante nas crianças com câncer e recomenda-se avaliações audiológicas periódicas, mesmo após o término do tratamento
- Imprenta:
- Publisher place: Rio de Janeiro
- Date published: 2006
- Source:
- Título do periódico: Ciência & Saúde Coletiva
- ISSN: 1413-8123
- Volume/Número/Paginação/Ano: n. esp., 2006
- Conference titles: Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva
-
ABNT
SILVA, Aline Medeiros da et al. Avaliação das seqüelas auditivas em crianças com câncer [resumo]. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo. . Acesso em: 06 maio 2024. , 2006 -
APA
Silva, A. M. da, Latorre, M. do R. D. de O., Cristofani, M., & Odone Filho, V. (2006). Avaliação das seqüelas auditivas em crianças com câncer [resumo]. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo. -
NLM
Silva AM da, Latorre M do RD de O, Cristofani M, Odone Filho V. Avaliação das seqüelas auditivas em crianças com câncer [resumo]. Ciência & Saúde Coletiva. 2006 ;( esp.):[citado 2024 maio 06 ] -
Vancouver
Silva AM da, Latorre M do RD de O, Cristofani M, Odone Filho V. Avaliação das seqüelas auditivas em crianças com câncer [resumo]. Ciência & Saúde Coletiva. 2006 ;( esp.):[citado 2024 maio 06 ] - Prevalência de perdas auditivas em crianças e adolescentes com câncer
- A prevalência de perdas auditivas em crianças e adolescentes com câncer
- Avaliação das perdas auditivas em crianças e adolescentes com câncer
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