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Trabalhadores de enfermagem: compreendendo condições de vida e trabalho e ritmos biológicos (2007)

  • Authors:
  • Autor USP: BORGES, FLAVIO NOTARNICOLA DA SILVA - FSP
  • Unidade: FSP
  • Sigla do Departamento: HSA
  • DOI: 10.11606/T.6.2007.tde-07032007-150549
  • Subjects: TRABALHO EM TURNOS; TRABALHO NOTURNO; AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE TRABALHO; SONO (FISIOLOGIA); RITMO CIRCADIANO; FADIGA (FISIOLOGIA)
  • Language: Português
  • Abstract: Objetivos. Este estudo teve como objetivos avaliar a capacidade para o trabalho, a estrutura temporal do sono, da 6-sulfatoximelatonina e do cortisol em trabalhadores em turnos da área de enfermagem. Métodos. Foram realizados dois estudos. Um estudo transversal para analisar a capacidade para o trabalho e o envelhecimento funcional precoce, através de questionários de condições de vida e trabalho e sintomas de saúde, da qual participaram 696 profissionais da área de enfermagem. E um cronobiológico com 19 trabalhadores do sexo feminino. Neste foram avaliados: o ciclo vigília-sono, através de actígrafos e protocolos diários de atividades; as concentrações da 6-sulfatoximelatonina e do cortisol; e a ritmicidade circadiana (avaliada utilizando a metodologia do ajuste dos parâmetros ritmométricos pela curva cosseno, método cosinor). Foi realizada coleta de urina em dois períodos de 4 dias consecutivos (com dias de trabalho e de folga,) para os trabalhadores noturnos, submetidos a turnos de 12 horas seguidas de 36 horas de descanso; e em um período de 8 dias consecutivos para os trabalhadores diurnos (6 dias de trabalho e 2 de folga). O grupo de 19 pessoas também foi analisado segundo a maior e menor tolerância ao trabalho em turnos.A tolerância ao trabalho em turnos foi avaliada utilizando 9 indicadores de saúde (escore de sonolência e fadiga, escore de concentração e atenção, escore da fadiga projetada sobre o corpo, escore geral da fadiga, SRQ20, escore de insônia, sonolência no trabalho, escore de problemas de sono) e disponibilidade do tempo livre. Resultados. A idade média da população era de 34,9 anos (dp + 9,5 anos), e esta era predominantemente feminina (87,8%), sendo que 40,6% começou a trabalhar antes dos 18 anos. As variáveis ligadas à capacidade para o trabalho inadequada foram: 1) sócio-demográficas: ter a responsabilidade pela renda familiar sozinho ) (OR=1,922), ter filhos ou menores sob a guarda (OR=1,558) e ter menos de 40 anos (OR=1,400). 2) ligadas ao trabalho: referir desconforto térmico (OR=1,548), referir ter sofrido abuso verbal pelo menos duas vezes no último ano (OR=1,670). 3) variáveis ligadas à saúde foram referir obesidade (OR=2,714), doenças de sono (OR=1,681), e fadiga (OR>3,771). No segundo estudo, as trabalhadoras noturnas apresentaram maior duração, e também melhor qualidade de sono noturno. Estas também referiram níveis de alerta significantemente mais elevados quando puderam cochilar durante o turno de trabalho. Foi encontrada uma grande variabilidade nos parâmetros rítmicos ao longo dos dias de trabalho e de folga. As concentrações médias de 6-sulfatoximelatonina e cortisol das trabalhadoras noturnas foram estatisticamente menores do que as encontradas em trabalhadores diurnos (p<0,001).Quando as trabalhadoras foram classificadas como mais e menos tolerantes ao trabalho em turnos, as trabalhadoras noturnas menos tolerantes referiram menor qualidade de sono e menores níveis de alerta. As concentrações médias de 6-sulfatoximelatonina e cortisol ao longo dos dias de trabalho e de folga variaram de modo distinto nos grupos de trabalhadoras mais e menos tolerantes ao trabalho em turnos. Conclusões. A capacidade de trabalho inadequada é resultado da associação de variáveis de múltiplas naturezas, tais como condições de vida e trabalho, hábitos e estilos de vida e à organização do trabalho. O cochilo durante o turno noturno de trabalho mostrou ser efetivo na manutenção dos níveis de alerta durante o trabalho noturno. As trabalhadoras noturnas apresentaram menores concentrações médias de 6-sulfatoximelatonina quando comparadas as trabalhadoras diurnas, o que pode estar relacionado à exposição à luz durante o turno noturno de trabalho. As trabalhadoras noturnas apresentaram menores concentrações de ) cortisol quando comparadas as trabalhadoras diurnas, o que pode estar relacionado à maior fadiga referida por estas trabalhadoras. Os ritmos de 6-sulfatoximelatonina e cortisol têm comportamentos diferentes nos grupos de trabalhadoras mais e menos tolerantes ao trabalho em turnos, mas nenhum padrão pode ser definido, uma vez que existe uma grande variabilidade individual.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 13.02.2007
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2007.tde-07032007-150549 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
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    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

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    • ABNT

      BORGES, Flavio Notarnicola da Silva. Trabalhadores de enfermagem: compreendendo condições de vida e trabalho e ritmos biológicos. 2007. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.6.2007.tde-07032007-150549. Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Borges, F. N. da S. (2007). Trabalhadores de enfermagem: compreendendo condições de vida e trabalho e ritmos biológicos (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.6.2007.tde-07032007-150549
    • NLM

      Borges FN da S. Trabalhadores de enfermagem: compreendendo condições de vida e trabalho e ritmos biológicos [Internet]. 2007 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2007.tde-07032007-150549
    • Vancouver

      Borges FN da S. Trabalhadores de enfermagem: compreendendo condições de vida e trabalho e ritmos biológicos [Internet]. 2007 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2007.tde-07032007-150549


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