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Cirurgia monocular para esotropias de grande ângulo: um novo paradigma (2008)

  • Authors:
  • Autor USP: GIGANTE, EDMILSON - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: ROO
  • Subjects: ESTRABISMO (CIRURGIA); OFTALMOLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: Historicamente, as primeiras cirurgias utilizadas na correção das esotropias, as miotomias e as tenotomias, eram feitas, simplesmente, seccionando-se o músculo reto medial ou o seu tendão, o que causava, com o tempo, uma exotropia secundária, esteticamente pior do que o desvio anterior. Jameson, em 1922, propôs uma solução para esse problema, fazendo recuos do reto medial com sutura na esclera, de, no máximo, 5 mm, o que se tornou uma regra para os demais cirurgiões. Apesar de alguns autores já terem praticado recuos maiores, os cirurgiões continuam obedecendo ao limite de 5 mm, o que os obriga a praticarem, sempre, a cirurgia binocular para as esotropias de grande ângulo. O objetivo deste trabalho é mostrar a viabilidade da cirurgia monocular para esses casos, praticando-se recuos e ressecções acima dos valores usuais. Foram, então, operados, por meio da cirurgia monocular e com anestesia geral, 46 pacientes com esotropias de grande ângulo (’50 POT. ‘delta’’ ou mais), relativamente, comitantes, de ambos os sexos, de todas as faixas etárias e com acuidade visual variável, em cada um dos olhos. Os métodos utilizados para refratometria, medida da acuidade visual e do ângulo de desvio, foram os, tradicionalmente, utilizados em estrabologia. Além da avaliação pós-cirúrgica em PPO, foi feita uma avaliação da motilidade do olho operado nas lateroversões (ducções e versões). Os resultados foram avaliados com relação ao ângulo de desvio em PPO, às incomitâncias emPPO, às ducções do olho operado e às medidas do ângulo de desvio nas lateroversões, nos períodos de tempo de uma semana, seis meses, dois anos e quatro a sete anos. Com relação ao ângulo de desvio em PPO, os resultados foram semelhantes aos relatados pela literatura e mantiveram-se iguais, estatisticamente, no decorrer do tempo. As incomitâncias em PPO diminuíram da primeira semana para o sexto mês, mantendo-se estáveis nos outros períodos. Com relação às ducções do olho operado e às medidas do ângulo de desvio nas lateroversões, encontrou-se alguma limitação na motilidade do olho operado, em adução, mas nada que pudesse comprometer a função ocular ou a estética desses pacientes, sendo, que, essas pequenas limitações, mantiveram-se estáveis no decorrer do tempo. Ainda foram comparados os resultados de adultos com os de crianças, os de amblíopes com os de não amblíopes e os de ângulos "menores" com os de ângulos "maiores", não sendo encontradas diferenças, estatisticamente, significativas entre eles. Assim sendo, entende-se ser possível afirmar que a cirurgia monocular de recuo-ressecção, pode ser considerada uma opção viável para a correção cirúrgica das esotropias de grande ângulo, tanto para adultos como para crianças, bem como para amblíopes e não amblíopes
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 09.05.2008

  • How to cite
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    • ABNT

      GIGANTE, Edmilson. Cirurgia monocular para esotropias de grande ângulo: um novo paradigma. 2008. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2008. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Gigante, E. (2008). Cirurgia monocular para esotropias de grande ângulo: um novo paradigma (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Gigante E. Cirurgia monocular para esotropias de grande ângulo: um novo paradigma. 2008 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Gigante E. Cirurgia monocular para esotropias de grande ângulo: um novo paradigma. 2008 ;[citado 2024 abr. 24 ]

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