Diabetes, reatividade vascular e endotélio em fêmeas (2008)
- Autor:
- Autor USP: FORTES, ZULEICA BRUNO - ICB
- Unidade: ICB
- Assunto: FARMACOLOGIA
- Language: Português
- Abstract: A menor incidência de doenças cardiovasculares em mulheres na idade fértil em relação aos homens desaparece na menopausa. No diabetes melito, essa "aparente vantagem" das mulheres em relação aos homens se perde. Mulheres diabéticas apresentam risco 4 a 6 vezes maior de desenvolver doenças cardiovasculares, pior prognóstico após infarto de miocárdio, maior risco de morte por doenças cardiovasculares, maior quantidade de sintomas de hiperglicemia, mais obesidade e dislipidemia mais severa. Os efeitos benéficos dos hormônios sexuais, particularmente o estrógeno sobre o endotélio, podem ser relevantes para a proteção contra desarranjos vasculares relacionados ao diabetes melito. Apesar de os mecanismos envolvidos nas alterações vasculares no diabetes estarem bem demonstrados em indivíduos e animais do sexo masculino, existem poucos estudos que investigam esses aspectos em indivíduos do sexo feminino. Melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na disfunção endotelial em fêmeas diabéticas pode permitir o desenvolvimento de terapias farmacológicas mais específicas para cada sexo. Demonstramos que o relaxamento dependente do endotélio está reduzido em microvasos mesentéricos em ratas diabéticas (aloxana - 30 d), porém o relaxamento independente do endotélio está preservado. Isso indica que há disfunção endotelial que compromete a reatividade vascular (Toledo D et al. Inflam Res 2003;52:191). O tratamento com insulina é capaz de restaurar essa resposta alterada.Reduzida produção de óxido nítrico (NO) , aumento da geração de ânion superóxido ('O IND. 2'), relacionado a desacoplamento da NO-sintase (NOS), e aumento de prostanoides vasoconstritores, em virtude da ativação da ciclooxigenase (COX), podem ser responsabilizados pela redução da resposta relaxante dependente do endotélio. ) A tetra-hidrobiopterina, um dos co-fatores da NOS, restaura a resposta diminuída, corrigindo a redução do NO e o aumento de 'O IND. 2', o que indica participação da NOS na alteração. Diferentemente do observado em ratos, o efeito restaurador da insulina não envolve restauração da produção de NO nem correção da ativação da COX (Akamine EH et al. J Vasc Res 2006;43[4]:309-20; 43[5]:401-10). O padrão de liberação de hormônios sexuais no ciclo estral de ratas diabéticas está alterado, podendo-se então sugerir que o estrógeno e a progesterona, cujos níveis se encontram diminuídos nas ratas diabéticas, estejam envolvidos na disfunção endotelial.
- Imprenta:
- Source:
- Título do periódico: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia
- Volume/Número/Paginação/Ano: v. 52, suppl. 2, p. S127, res. SP6.1, 2008
- Conference titles: Congresso Paulista de Diabetes e Metabolismo
-
ABNT
FORTES, Zuleica Bruno. Diabetes, reatividade vascular e endotélio em fêmeas. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. São Paulo: Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo. . Acesso em: 13 maio 2024. , 2008 -
APA
Fortes, Z. B. (2008). Diabetes, reatividade vascular e endotélio em fêmeas. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. São Paulo: Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo. -
NLM
Fortes ZB. Diabetes, reatividade vascular e endotélio em fêmeas. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. 2008 ; 52 S127.[citado 2024 maio 13 ] -
Vancouver
Fortes ZB. Diabetes, reatividade vascular e endotélio em fêmeas. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. 2008 ; 52 S127.[citado 2024 maio 13 ] - Efeito da inibicao da aldose redutase na microcirculacao de ratos diabeticos
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