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Desenvolvimento e ciclo reprodutivo da bolacha-do-mar Clypeaster subdepressus (Echinodermata: Echinoidea) de São Sebastião, SP (2008)

  • Authors:
  • Autor USP: VELLUTINI, BRUNO COSSERMELLI - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIZ
  • Subjects: ECHINODERMATA; EMBRIOLOGIA ANIMAL; REPRODUÇÃO ANIMAL
  • Language: Português
  • Abstract: Desenvolvimento e ciclo reprodutivo da bolacha-do-mar Clypeaster subdepressus (Echinodermata: Echinoidea) de São Sebastião, SP Resumo: Este trabalho descreve o desenvolvimento embrionário, larval e juvenil da bolacha-do-mar Clypeaster subdepressus sob microscopia de luz e eletrônica de varredura. Analisamos também o ciclo reprodutivo da espécie a partir de cortes histológicos das gônadas. A evolução morfológica da ordem Clypeasteroida (bolachas-do-mar), cerca de 55 milhões de anos atrás, esteve relacionada à ocupação de fundos arenosos. Dados morfológicos recentes e fósseis sugerem que durante a evolução das bolachas-do-mar houve retenção de características juvenis na fase adulta. Obtivemos gametas através da injeção de KCl em indivíduos adultos e fizemos a fecundação in vitro. Mantivemos os embriões e larvas em culturas a 26°C, e alimentamos as larvas com microalgas. Os óvulos (diâmetro médio de 160µm) são esféricos translúcidos e brancos. Após a entrada do espermatozóide, o envelope vitelínico endurece entre 2 e 6min; o pró-núcleo masculino inicia a migração da região periférica do óvulo até o centro 5min depois, levando 12min à 0,1µm/s para se fundir ao pró-núcleo feminino. As clivagens são holoblásticas, com a formação de macrômeros, mesômeros e micrômeros. A blástula forma-se entre 3,5 e 6,5h após a fecundação (hpf), desenvolve cílios e eclode da membrana de fertilização 7,5hpf. A gastrulação inicia-se na placa vegetativa com aingressão unipolar das células mesenquimais primárias 10hpf. A extensão do arquêntero, ingressão das células mesenquimais secundárias e formação do esqueleto larval estendem-se até 30hpf. Em menos de 48hpf os espaços celômicos estão formados e no terceiro dia as larvas iniciam sua alimentação. O hidróporo abre-se na superfície abanal da larva e a invaginação do vestíbulo ocorre entre o braço pós-oral e o póstero-dorsal, do lado esquerdo, ) ao redor do quinto dia. O vestíbulo funde-se ao celoma esquerdo formando o rudimento, que desenvolve espinhos e pés ambulacrais ainda dentro da larva. As larvas tornam-se competentes ~20d após a fecundação e somente iniciam a metamorfose pela manhã, após contato com areia do habitat dos adultos ou microalgas. Após a eversão completa do rudimento, o epitélio larval regride por 1h30min. Jovens pós-metamórficos não têm boca ou ânus; possuem 15 espinhos e 15 pés ambulacrais (de 2 tipos); 5 esferídios na superfície oral; a superfície aboral ainda não possui esqueleto, exceto os remanescentes do esqueleto larval. Rudimentos do esqueleto da lanterna de Aristóteles estão organizados em 5 conjuntos com 1 dente, 2 hemipirâmides, 2 epífises cada; rudimento da rótula encontra-se intercalado entre os conjuntos. Hemipirâmides e dentes formam-se 2d após a metamorfose (dpm); dentes tornam-se mais robustos e as hemipirâmides se fundem formando as pirâmides 7dpm. O tubo digestório aparece e o ânus abre-se na superfície aboral 2dpm. A membranaperistomial torna-se funcional formando a boca 7dpm. Pedicelárias oficéfalas e tridentadas surgem na região posterior 14dpm e 30dpm, respectivamente. O crescimento dos jovens criados em laboratório foi lento: jovens pós-metamórficos tinham ~250µm de diâmetro e atingiram ~500µm de diâmetro 8 meses depois. Descrevemos 6 estágios de maturação gonadal para machos e fêmeas de C. subdepressus. Encontramos estágios de proliferação e gametas maduros com maior freqüência entre dezembro e março (verão), enquanto estágios de recuperação predominaram de maio a setembro (inverno). Fêmeas apresentaram um período de recuperação mais longo do que machos. A área ocupada pelo epitélio germinativo em um túbulo gonadal em corte transversal foi menor em indivíduos maduros. No estágio prematuro, as gônadas estiveram mais pesadas. Dados sugerem que exista um ciclo ) reprodutivo anual nas populações de C. subdepressus em São Sebastião, onde a recuperação das gônadas ocorre no inverno, o acúmulo de nutrientes a partir de outubro e a liberação de gametas entre fevereiro e março
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 11.12.2008
  • Acesso à fonte
    How to cite
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    • ABNT

      VELLUTINI, Bruno Cossermelli. Desenvolvimento e ciclo reprodutivo da bolacha-do-mar Clypeaster subdepressus (Echinodermata: Echinoidea) de São Sebastião, SP. 2008. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-17022009-105310/. Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Vellutini, B. C. (2008). Desenvolvimento e ciclo reprodutivo da bolacha-do-mar Clypeaster subdepressus (Echinodermata: Echinoidea) de São Sebastião, SP (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-17022009-105310/
    • NLM

      Vellutini BC. Desenvolvimento e ciclo reprodutivo da bolacha-do-mar Clypeaster subdepressus (Echinodermata: Echinoidea) de São Sebastião, SP [Internet]. 2008 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-17022009-105310/
    • Vancouver

      Vellutini BC. Desenvolvimento e ciclo reprodutivo da bolacha-do-mar Clypeaster subdepressus (Echinodermata: Echinoidea) de São Sebastião, SP [Internet]. 2008 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-17022009-105310/

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