Hidrocarbonetos em anfípodes e algas do canal de São Sebastião, São paulo (2008)
- Authors:
- USP affiliated authors: BICEGO, MARCIA CARUSO - IO ; TANIGUCHI, SATIE - IO
- Unidade: IO
- Assunto: AMPHIPODA
- Language: Português
- Abstract: hidrocarbonetos, aromáticos, alifáticos, anfípodes. Os hidrocarbonetos constituem uma das principais classes de compostos orgânicos e podem ser provenientes de várias fontes, tanto naturais quanto antrópicas. O Canal de São Sebastião é uma região bastante vulnerável à poluição por petróleo, devido ao trânsito constante do produto na área e às operações do maior terminal de carga e descarga de petróleo e derivados do país, o Dutos e Terminais Centro Sul (DTCS). O ambiente marinho pode ser monitorado de diversas maneiras, utilizando-se diversas matrizes, que podem incluir a água, sedimento e diversos organismos. Uma das principais vantagens de se medir esses compostos em organismos marinhos é a possibilidade de se monitorar a entrada de substâncias de difícil medição na água devido à baixa concentração. Muitas espécies de anfípodes ocorrem associadas aos bancos de Sargassum do litoral paulista e devido a sua importância ecológica, representatividade numérica, reduzida mobilidade e sensibilidade a uma variedade de poluentes, eles vêm sendo apontados como eficientes bioindicadores do ambiente marinho. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência e distribuição de hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos (PAHs) em anfípodes e algas coletados no canal de São Sebastião. Os anfípodes foram retirados das algas do gênero Sargassum coletadas na Ponta da Sela/Ilha (Ponto 1) e Barequeçaba-costão Sul/Continente (Ponto 2), e identificados em nível de família com auxíliode lupa. Somente as famílias Ampithoidae, Caprellidae e Hyalidae foram coletadas em massa suficiente para análise dos hidrocarbonetos. A extração dos organismos secos em liofilizador foi feita em Soxhlet com diclorometano e n-hexano e a purificação com coluna cromatográfica de sílica e alumina. A identificação e quantificação dos hidrocarbonetos alifáticos foram feitas em cromatógrafo a gás com detector de ionização de chama (GC-FID) e dos hidrocarbonetos aromáticos foram feitas em cromatógrafo a gás acoplado a um espectrômetro de massas (GC-MS). As concentrações de alcanos totais nos anfípodes foram de 14,86 a 7,8 μg.g-1 para Ampithoidae, 7,66 e 16,8 μg.g-1 para Caprellidae e de 32,7 e 7,06 μg.g-1 para Hyalidae coletados na Ponta de Sela e Barequeçaba, respectivamente. A maioria das amostras apresentou n-alcanos mais leves, provavelmente provenientes de fontes naturais. As três famílias apresentaram perfis semelhantes mesmo tendo hábitos alimentares diferentes já que os representantes de Ampithoidae são predominantemente herbívoros enquanto os de Caprellidae e Hyalidae são onívoros. Em relação aos PAHs, cujas concentrações foram de 1139 e 318 ng.g-1 para Ampithoidae, 368 e 532 ng.g-1 para Caprellidae e de 5998 e 476 ng.g-1 para Hyalidae dos pontos 1 e 2, respectivamente, foi possível verificar uma diferença entre as três famílias. As maiores concentrações foram detectadas na amostras de anfípodes do ponto 1 com exceção de Caprellidaeque apresentou concentração de PAH maior no ponto 2. As concentrações de n-alcanos totais nas algas do ponto 1 e 2 foram de 9,9 e 5,3 ug.g-1, respectivamente, que foram próximas às encontradas nos anfípodes, sendo que os compostos predominantes foram principalmente os n-C15 e n-C17 que devem ser sintetizados pelas mesmas. As concentrações de PAHs foram bem menores nas algas do que nos anfípodes e a variação entre os valores totais foi muito pequena (123 e 94 ng.g-1 para ponto 1 e 2, respectivamente). Portanto, foi possível observar que não há uma relação direta entre as concentrações de hidrocarbonetos nos anfípodes e nas algas que servem como substrato para esses organismos e que a acumulação dos PAHs pelos anfípodes parece estar relacionada aos hábitos alimentares de cada família.
- Imprenta:
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ABNT
BATISTA, Marília Gabriela Moriya et al. Hidrocarbonetos em anfípodes e algas do canal de São Sebastião, São paulo. 2008, Anais.. São Paulo: Iousp, 2008. . Acesso em: 23 abr. 2024. -
APA
Batista, M. G. M., Taniguchi, S., Leite, F. P. P., Bícego, M. C., Jacobucci, G. B., & Siqueira, S. G. L. (2008). Hidrocarbonetos em anfípodes e algas do canal de São Sebastião, São paulo. In . São Paulo: Iousp. -
NLM
Batista MGM, Taniguchi S, Leite FPP, Bícego MC, Jacobucci GB, Siqueira SGL. Hidrocarbonetos em anfípodes e algas do canal de São Sebastião, São paulo. 2008 ;[citado 2024 abr. 23 ] -
Vancouver
Batista MGM, Taniguchi S, Leite FPP, Bícego MC, Jacobucci GB, Siqueira SGL. Hidrocarbonetos em anfípodes e algas do canal de São Sebastião, São paulo. 2008 ;[citado 2024 abr. 23 ] - Avaliação da introdução de esgotos na Baía do Almirantado-Antártica através do estudo da concentração de alquilbenzeno lineares (Labs).
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