A medicalização de conflitos: consumo de ansiolíticos e antidepressivos em grupos populares (2009)
- Authors:
- Autor USP: MENDONÇA, REGINALDO TEIXEIRA - FSP
- Unidade: FSP
- Sigla do Departamento: HSM
- DOI: 10.11606/T.6.2009.tde-28092009-164952
- Subjects: ANTIDEPRESSIVOS; ANSIOLÍTICOS; SERVIÇOS DE SAÚDE; FÁRMACOS (DISTRIBUIÇÃO;ECONOMIA); USO DE MEDICAMENTOS
- Language: Português
- Abstract: Esta pesquisa retrata uma experiência etnográfica sobre o consumo de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos fornecidos por uma farmácia pública aos moradores de uma área formada por três bairros da cidade de Ribeirão Preto SP. Esta área era formada por casas populares, casas luxuosas e por uma favela, sendo coberta pela Estratégia de Saúde da Família, com a exceção de uma parte das casas populares, a qual era formada pelas casas COHAB (Companhia Habitacional). O bairro com as casas luxuosas foi incluído somente na observação participante e na fotografia. Os motivos do consumo destes medicamentos, investigados com entrevistas abertas, observação participante, diário de campo e fotografia, são justificados através de uma remodelação e reorganização de espaços entre os moradores destes bairros, marcados por desigualdades sociais, de gênero e pela busca de diferenciação, numa hierarquia classificada entre o ideal e o indesejado através do curso de vida dos moradores. A seleção dos entrevistados foi realizada a partir dos dados da dispensação dos medicamentos psicoativos pela farmácia pública fornecedora, a qual também estava incluída na experiência etnográfica, tendo sido a dispensação dos medicamentos incluída na observação participante.O consumo de medicamentos psicoativos foi analisado a partir da ótica de seus consumidores, revelando que estariam contribuindo para perpetuar os papéis sociais frente à dinâmica social, como os relacionados ao gênero e à classe social. A pesquisa revela uma associação entre vida cotidiana e consumo de medicamentos psicoativos, destoante de um produzir saúde, esperado da relação entre serviços de saúde e população, e de uma associação entre doença e uso de medicamentos. Aprofundar questões sociais sobre o consumo de medicamentos em grupos populares poderá evitar seu uso abusivo com a função de produzir um corpo explorado quimicamente por se estender seus limites de produção, aprofundando e silenciando desigualdades sociais. O consumo de medicamentos psicoativos deve ser analisado com cautela, devendo seu consumo ser problematizado.
- Imprenta:
- Data da defesa: 29.04.2009
- Este periódico é de acesso aberto
- Este artigo é de acesso aberto
- URL de acesso aberto
- Cor do Acesso Aberto: gold
- Licença: cc-by-nc-sa
-
ABNT
MENDONÇA, Reginaldo Teixeira. A medicalização de conflitos: consumo de ansiolíticos e antidepressivos em grupos populares. 2009. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.6.2009.tde-28092009-164952. Acesso em: 28 mar. 2024. -
APA
Mendonça, R. T. (2009). A medicalização de conflitos: consumo de ansiolíticos e antidepressivos em grupos populares (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.6.2009.tde-28092009-164952 -
NLM
Mendonça RT. A medicalização de conflitos: consumo de ansiolíticos e antidepressivos em grupos populares [Internet]. 2009 ;[citado 2024 mar. 28 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2009.tde-28092009-164952 -
Vancouver
Mendonça RT. A medicalização de conflitos: consumo de ansiolíticos e antidepressivos em grupos populares [Internet]. 2009 ;[citado 2024 mar. 28 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2009.tde-28092009-164952
Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2009.tde-28092009-164952 (Fonte: oaDOI API)
How to cite
A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas