Obstinação terapêutica: visão de alunos do curso de graduação em enfermagem de uma instituição pública de ensino (2009)
- Authors:
- Autor USP: MASSAROLLO, MARIA CRISTINA KOMATSU BRAGA - EE
- Unidade: EE
- Subjects: ASSISTÊNCIA TERMINAL (TERAPÊUTICA MÉDICA); ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS; BIOÉTICA
- Language: Português
- Abstract: 1. Objetivos: A obstinação terapêutica, também conhecida como distanásia ou futilidade terapêutica, refere-se a medidas terapêuticas que não aumentam a sobrevida, mas prolongam o processo lento de morrer, trazendo sofrimento ao indivíduo. Essa prática ocorre com grande freqüência em pacientes terminais. Assim, este estudo teve como objetivos: conhecer o significado de paciente terminal e a visão dos estudantes de graduação em Enfermagem frente à obstinação terapêutica em pacientes terminais, identificar crenças, valores e justificativas para seu posicionamento e verificar as oportunidades dos estudantes de graduação em Enfermagem para a discussão sobre obstinação terapêutica em pacientes terminais. 2. Método: Foi realizado um estudo exploratório, descritivo e de abordagem quantitativa, que teve como população os alunos do 1º ao 4º ano do curso de graduação em enfermagem de uma instituição pública de ensino. A amostra foi constituída por 71 alunos. Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa, foi realizada a coleta de dados nos meses de novembro e dezembro de 2008, com a utilização de um questionário contendo perguntas abertas e fechadas. 3. Resultados: Quanto à caracterização dos participantes, verifica-se que 53 alunos (74,65%) eram da cidade de São Paulo, 34 (47,89%) cursavam o quarto ano de enfermagem, 30 (42,25%) tinham entre 19 e 22 anos, 67 (94,33%) eram do sexo feminino e 29 alunos (40,84%) relataram ser católicos. Em relação à visão dos alunossobre paciente terminal, 49 alunos (53,26%) referiram que paciente terminal é aquele que não tem tratamento paliativo ou curativo e 12 (13,05%), aquele que está em iminência de morte. Referente à experiência com pacientes terminais, 48 alunos (67,61%) já tinham tido contato com esses pacientes e 31 (57,41%) relataram ter tido essa experiência durante os estágios curriculares e extracurriculares da graduação. Quanto ao entendimento dos alunos sobre obstinação terapêutica, 18 respostas (20,45%) relacionaram essa prática ao prolongamento da vida a partir de tratamentos e procedimentos, 13 (14,77%) a tratamentos que levam ao sofrimento e à falta de qualidade de vida e 12 (13,64%) relacionaram essa prática à manutenção da vida, sem considerar as conseqüências para o paciente e seus familiares. Ainda, observa-se que 40 participantes (56,34%) mencionaram não concordar com a obstinação terapêutica e 49 (69,01%) referiram nunca ter presenciado essa prática. A maioria das respostas dos participantes citou as disciplinas do curso de graduação como principais oportunidades de reflexão e discussão sobre o processo de morte, obstinação terapêutica e pacientes terminais. 4. Conclusões: Para a maioria dos alunos, paciente terminal é aquele para o qual não existe qualquer tipo de tratamento, curativo ou paliativo, e que está na iminência de morte. O contato dos estudantes com pacientes terminais, assim como as oportunidades de discussão e reflexãosobre morte, obstinação terapêutica e pacientes terminais ocorreram, a maior parte, durante disciplinas e estágios da graduação. A maioria dos alunos nunca presenciou e não concorda com a prática da obstinação terapêutica
- Imprenta:
- Source:
- ISSN: 2176-154X
- Conference titles: Simpósio Internacional de Iniciação Científica (SIICUSP)
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ABNT
RIBEIRO, Thalita de Avelar. Obstinação terapêutica: visão de alunos do curso de graduação em enfermagem de uma instituição pública de ensino. 2009, Anais.. São Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, 2009. Disponível em: https://repositorio.usp.br/directbitstream/baa42eae-6f88-4d38-83e8-8520f8596acf/MASSAROLLO%2C%20M%20C%20K%20B%20doc%2029.pdf. Acesso em: 29 mar. 2024. -
APA
Ribeiro, T. de A. (2009). Obstinação terapêutica: visão de alunos do curso de graduação em enfermagem de uma instituição pública de ensino. In . São Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo. Recuperado de https://repositorio.usp.br/directbitstream/baa42eae-6f88-4d38-83e8-8520f8596acf/MASSAROLLO%2C%20M%20C%20K%20B%20doc%2029.pdf -
NLM
Ribeiro T de A. Obstinação terapêutica: visão de alunos do curso de graduação em enfermagem de uma instituição pública de ensino [Internet]. 2009 ;[citado 2024 mar. 29 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/baa42eae-6f88-4d38-83e8-8520f8596acf/MASSAROLLO%2C%20M%20C%20K%20B%20doc%2029.pdf -
Vancouver
Ribeiro T de A. Obstinação terapêutica: visão de alunos do curso de graduação em enfermagem de uma instituição pública de ensino [Internet]. 2009 ;[citado 2024 mar. 29 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/baa42eae-6f88-4d38-83e8-8520f8596acf/MASSAROLLO%2C%20M%20C%20K%20B%20doc%2029.pdf - O vivencial dos enfermeiros no programa de transplante de figado de um hospital público
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