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Mecanismos efetores do sistema imune que participam do controle da infecção murina por Legionella pneumophila (2011)

  • Authors:
  • Autor USP: PEREIRA, MARCELO DE SOUZA FERNANDES - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RNP
  • Subjects: LEGIONELLA PNEUMOPHILA; ENZIMAS; SISTEMA IMUNE
  • Language: Português
  • Abstract: A bactéria Gram-negativa Legionella pneumophila, utiliza um sistema de transporte de proteínas do tipo IV (denominado Dot/Icm) para injetar proteínas bacterianas diretamente no citoplasma celular. Tais componentes podem ser detectados por células do sistema imune inato, que possuem receptores especializados no reconhecimento de padrões moleculares associados à patógenos. Em camundongos, a resistência à infecção é dependente da ativação de caspase-1 por receptores Nod-like como NAIP5 e NLRC4. A ativação desses receptores culmina na restrição da infecção de macrófagos por L. pneumophila. Devido a esse reconhecimento, camundongos em background C57BL/6 são extremamente resistentes à infecção por L. pneumophila, o que inviabiliza a utilização de diversos animais nocautes quando L. pneumophila é utilizada como modelo. Recentemente, foi demonstrado que mutantes de Legionella que não expressam flagelina escapam do reconhecimento por NAIP5/NLRC4 e tornam-se capazes de se multiplicar em macrófagos restritivos. Dessa forma, o uso de bactérias deficientes em flaA pode viabilizar a utilização de nocautes em background C57BL/6 representando uma ferramenta valiosa para o estudo da patogênese e imunidade contra L. pneumophila. Nesse estudo, utilizamos bactérias deficientes em flaA para infectar camundongos deficientes em componentes da imunidade inata e adaptativa (background C57BU6) para avaliar os mecanismos pelos quais o sistema imune contribui para o controle da infecção por L. pneumophila. Inicialmente validamos a utilização de bactérias deficientes em flagelina demonstrando que mutantes de flaA se multiplicam melhor em animais C57BUó. Esse fenótipo não está relacionado com a mobilidade e flagelo, mas sim com a presença de flagelina solúvel, uma vez que ao realizarmos experimentas com bactérias flil, (mutantes imóveis que expressam flagelina solúvel pois, Til codifica a ATPase que energiza a secreçãode flagelina para montar o flagelo) verificamos que essas bactérias são controladas de forma semelhante às bactérias selvagens em animais C57BL/6. Paralelamente, realizamos ensaios em animais NLRC4-deficientes, e os dados obtidas demonstram que tanto bactérias selvagens quanto flaA e Til apresentam multiplicação semelhante, o que suporta a importância de NLRC4 no reconhecimento de flagelina. Além disso, a utilização de bactérias flaA em animais caspase-1-/- resulta em maior multiplicação de flaA em relação as bactéria controles. O que indica que o reconhecimento de flagelina por NLRC4 sinaliza também por vias independentes de caspase-1 em processos que culminam com a limitação do crescimento bacteriano nos modelos in vitro e in vivo. Uma vez validada a utilização de bactérias deficientes em flagelina para a avaliação do controle da infecção por L. pneumophila em camundongos background C57BL/6, avaliamos a importância de outros componentes do sistema imune no controle da infecção in vivo. Investigamos o envolvimento de outros NLRs incluindo Nod1 e Nod2, além da molécula adaptadora de ambos Rip2. Adicionalmente avaliamos os receptores da família dos TLRs como TLR2, TLR4 e TLR9; e da molécula adaptadora MyD88. Camundongos deficientes em TLR2, TLR4 bem como da molécula adaptadora Myd88 se mostraram estatisticamente mais susceptíveis á infecção com L. pneumophila flaA quando comparados aos camundongos selvagens. Além disso, buscamos avaliar o papel de células da resposta adaptativa, bem como de moléculas efetoras. Nossos dados demonstraram que linfócitos T CD4+ ou T CD8+ não participam do controle da infecção. No entanto camundongos deficientes em linfócitos B são mais restritivos à multiplicação de Legionella pneumophila. Finalmente, a avaliação da importância de citocinas indica que IFN-γ, IL-12 e TNF-α são importantes para o controle da infecção por L. pneumophila in vivo
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 11.10.2011

  • How to cite
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    • ABNT

      PEREIRA, Marcelo de Souza Fernandes. Mecanismos efetores do sistema imune que participam do controle da infecção murina por Legionella pneumophila. 2011. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Pereira, M. de S. F. (2011). Mecanismos efetores do sistema imune que participam do controle da infecção murina por Legionella pneumophila (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Pereira M de SF. Mecanismos efetores do sistema imune que participam do controle da infecção murina por Legionella pneumophila. 2011 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Pereira M de SF. Mecanismos efetores do sistema imune que participam do controle da infecção murina por Legionella pneumophila. 2011 ;[citado 2024 abr. 19 ]


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