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Interações fluido-rocha em metadolomitos da porção meridional do Grupo Itaiacoca, Paraná (2008)

  • Autor:
  • Autor USP: ANDRADE, FABIO RAMOS DIAS DE - IGC
  • Unidade: IGC
  • Sigla do Departamento: GMG
  • Subjects: TALCO; HIDROTERMALISMO; METAMORFISMO
  • Language: Português
  • Abstract: O Grupo Itaiacoca é composto predominantemente por rochas metadolomíticas de baixo grau metamórfico que contêm expressivas reservas de talco. O Grupo Itaiacoca foi submetido a quatro episódios metamórficos: (i) metamorfismo regional fácies xisto verde, zona da clorita; (ii) metamorfismo dinâmico e hidrotermal em zonas de cisalhamento transcorrentes; (iii) metamorfismo termal no contato com o Complexo Granítico Cunhaporanga; e, finalmente, (iv) metamorfismo termal no contato com diques de diabásio mesozóicos que cortam o Grupo Itaiacoca ao longo do Arco de Ponta Grossa. A talcificação está relacionada à atividade hidrotermal nas zonas de cisalhamento, que gerou talco xistos com foliação anastomosada envolvendo lentes residuais de metadolomito e lentes sintectônicas de calcita. Jazidas de talco maciço fino, com o talco concentrado em descontinuidades estruturais sem alteração significativa de volume, estão associadas a zonas de fraturas periféricas aos sistemas de cisalhamento, sem a influência direta da deformação milonítica. Quantidades subordinadas de talco retrometamórfico formaram-se a partir de tremolita na auréola de metamorfismo de contato com o Complexo Granítico Cunhaporanga. Não se observou talco associado aos metadolomitos afetados por metamorfismo regional ou pela auréola de metamorfismo de contato dos diques. A principal reação de talcificação da dolomita por reação com soluções aquosas com sílica foi 3dolomita + '4sílica IND. aq' = talco + '3Ca POT. 2+ IND. aq' + 6CO2. A mineralogia dos minérios de talco é simples, com talco xisto compostos por talco, calcita, qurtzo, dolomita, e quantidades menores de clorita, serpentina e tremolita. A mineralogia dos minérios, além de isótopos estáveis de carbono e oxigênio, e inclusões fluidas indicam que os fluidos mineralizantes tinham muito baixa 'X IND.CO2', devido à percolação de grandes volumes de água nos planos de cisalhamento, com relaçãofluido:rocha superior a 500:1 em volume, o que diluiu quase totalmente o CO2 liberado na descarbonatação e talcificação. Dados de geotermometria de carbonatos apontam para temperaturas próximas a 400° C para o pico da talcificação. No metamorfismo de contato próximo ao granito, as temperaturas foram mais elevadas (~500° C) e a disponibilidade de CO2 no fluido foi maior, pela menor disponibilidade de fluidos externos. Com isto, as parâgeneses evoluíram no sentido da formação de tremolita ao invés de talco, este se formando apenas em quantidades subordinadas por retrometamorfismo. As soluções hidrotermais que promoveram a talcificação, percolaram o metadolomito através das zonas de cisalhamento, planos de fraturas e descontinuidades estruturais, devido ao gradiente geotérmico elevado, provocado pela presença dos dois batólitos graníticos que delimitam o Grupo Itaiacoca, ambos colocados no Ciclo Brasiliano, ao final do qual se instalaram as zonas de cisalhamento transcorrentes às quais se associam as principais jazidas de talco da região. O gradiente geotérmico foi o fator chave para a geração de talco do Grupo Itaiacoca. Uma evidência disto é a inexistência de talco na Formação Capiru, situada próxima ao Grupo Itaiacoca, de idade semelhante, com composição dolomítica, e igualmente afetada por zonas de cisalhamento e por diques de diabásio. Entretanto, enquanto o Grupo Itaiacoca se situava numa crosta aquecida pelos batólitos graníticos, a Formação Capiru foi empurrada por falhas de cavalgamento por sobre uma crosta fria, composta por migmatitos arqueanos do Complexo Atuba. O calor liberado pelas rochas graníticas assegurou a circulação suficiente de fluidos para a transformação dos metadolomitos de Itaiacoca em talco
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 12.09.2008
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    • ABNT

      ANDRADE, Fábio Ramos Dias de. Interações fluido-rocha em metadolomitos da porção meridional do Grupo Itaiacoca, Paraná. 2008. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-31102013-181837/. Acesso em: 07 maio 2024.
    • APA

      Andrade, F. R. D. de. (2008). Interações fluido-rocha em metadolomitos da porção meridional do Grupo Itaiacoca, Paraná (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-31102013-181837/
    • NLM

      Andrade FRD de. Interações fluido-rocha em metadolomitos da porção meridional do Grupo Itaiacoca, Paraná [Internet]. 2008 ;[citado 2024 maio 07 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-31102013-181837/
    • Vancouver

      Andrade FRD de. Interações fluido-rocha em metadolomitos da porção meridional do Grupo Itaiacoca, Paraná [Internet]. 2008 ;[citado 2024 maio 07 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-31102013-181837/


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