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Avaliação dos valores preditivos negativos, valores de subestimação e resultados falso negativos da biópsia percutânia por fragmentos em distorções arquiteturais identificadas na mamografia (2012)

  • Autor:
  • Autor USP: BARROS, NESTOR DE - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MDR
  • Subjects: MAMOGRAFIA; ULTRASSONOGRAFIA MAMÁRIA; BIÓPSIA; NEOPLASIAS MAMÁRIAS (DIAGNÓSTICO)
  • Language: Português
  • Abstract: Objetivo Em pacientes com distorção arquitetural (DA) detectada mamograficamente, comparamos resultados de biópsias percutâneas com resultados de cirurgia buscando identificar pacientes que se beneficiariam com a não realização de cirurgia após diagnóstico benigno na biópsia. Materiais e métodos o trabalho foi aprovado pela nossa comissão de ética que julgou desnecessária a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Em revisão de 5.480 biópsias percutâneas realizadas de 1999 a 2010, selecionamos as indicadas por distorção arquitetural (DA) de causa não cirúrgica identificada mamograficamente. As biópsias foram realizadas com pistola automática (78,6%) ou assistida a vácuo (21,4%) e orientadas pela estereotaxia (45,7%) ou pela uItrassonografia (54,3%). O critério de inclusão e o padrão de referência foi o diagnóstico histológico da cirurgia após a biópsia ou diagnóstico de câncer na biópsia em pacientes não operadas. Avaliamos as taxas de valores preditivos positivos, de subestimação e de falso negativos e, ainda de acordo com os seguintes parâmetros: visualização no ultrassom (US), dispositivo e método de orientação da biópsia, e se houve ou não concordância anatomoradiológica. As ultrassonografias (USG) foram avaliadas como positivas ou negativas. A biópsia guiada por USG foi realizada quando julgamos possível colheita de fragmentos adequados. Na avaliação das taxas de subestimação das biópsias consideramos lesões de nsco os diagnósticos de cicatriz radial/lesão esclerosante complexa (CRlLEC), de atipias e de lesões papilíferas. Consideramos na biópsia como diagnósticos concordantes com o aspecto radiológico os de CRlLEC, adenose esclerosante e fibrose/fibroesclerose, sem atipias e quando citados no laudo anatomopatológico ou revisão deste como justificando a DA. Achados benignos outros foram considerados discordantes.Análise Estatística Para as variáveis qualitativas nominais foi calculada a frequência relativa. Para as variáveis quantitativas contínuas foi calculada a média e o desvio padrão. Foi utilizado o teste t de Student para verificar se havia diferença da média de idade entre os grupos de estudo. O teste de qui-quadrado foi utilizado para verificar se havia desproporção de frequência entre os grupos quanto às variáveis, presença de calcificações, tipo de biópsia, orientação da biópsia e resultados da USG com a histopatologia da peça cirúrgica. O nível de significância adotado foi de 5% (alfa = 0,05). Para realizar os cálculos e testes estatísticos utilizou-se o software Minitab, versão 15.0 (Minitab Inc., Chicago, IL, EUA). Resultados Seguiram os critérios de inclusão 70 pacientes. Nas biópsias identificamos 29 carcinomas e 41 casos benignos e, nas peças cirúrgicas, 31 carcinomas e 39 casos benignos. Nas peças cirúrgicas, os carcinomas foram a causa de 44,3% (31/70) dos casos de DA. Dos 39 casos benignos no exame histológico das peças 22 casos (56,4% dos casos benignos e 31,4% dos 70 casos) foram classificados como CRI LEC, três casos (7,7% dos casos benignos e 4,3% dos 70 casos), como adenose esclerosante e cmco casos (12,8% dos casos benignos e 5,7% dos 70 casos) como fibrose/fibroesclerose. Em nove casos identificamos outros diagnósticos benignos (23,% dos casos benignos e 12,9% dos 70 casos). O valor falso negativo das biópsias foi de 4,9% (2/41) dos casos. Um dos casos teve resultado histológico da biópsia concordante com DA (2,4%) e o outro foi discordante. Utilizamos a USG em 55 casos dos quais 80% (44/55) apresentaram resultado anormal; a biópsia orientada por USG foi realizada em 38 desses casos. Os carcinomas foram mais frequentes quando utilizamos a USG para guiar a biópsia, com diagnóstico de carcinoma em 60,5% dos 38 casos em contrapartida aos 28,1% dos 32 casos quando utilizamos a estereotaxia.Identificamos três carcinomas nas 11 ultrassonografias normais, com falso negativo de 27,3% (3/11) em relação às ultrassonografias normais e de 5,5% (3/55) em relação às ultrassonografias realizadas. Cerca de 70,0% das biópsias diagnosticadas como adenose esclerosante ou fibroesclerose/fibrose e todos os com CRlLEC foram concordantes e 15 dos 16 casos (93,8%) com outros diagnósticos benignos foram discordantes. Foram identificados quatro casos classificados na biópsia como de potencial maligno incerto (três atipias e uma lesão papilífera), nos quais não foram reconhecidos carcinomas nas peças cirúrgicas, com taxa zero de subestimação. Conclusões Os resultados mostraram que após biópsia percutânea com resultado benigno, na ausência de atipias e com o resultado da biópsia concordante com o aspecto histológica, o controle acompanhamento radiológico das DA pode ser alternativa segura para as pacientes, devido à baixa frequência de resultados falsos negativos (2,4%) concordantes que obtivemos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 04.12.2012

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    • ABNT

      BARROS, Nestor de. Avaliação dos valores preditivos negativos, valores de subestimação e resultados falso negativos da biópsia percutânia por fragmentos em distorções arquiteturais identificadas na mamografia. 2012. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. . Acesso em: 16 abr. 2024.
    • APA

      Barros, N. de. (2012). Avaliação dos valores preditivos negativos, valores de subestimação e resultados falso negativos da biópsia percutânia por fragmentos em distorções arquiteturais identificadas na mamografia (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Barros N de. Avaliação dos valores preditivos negativos, valores de subestimação e resultados falso negativos da biópsia percutânia por fragmentos em distorções arquiteturais identificadas na mamografia. 2012 ;[citado 2024 abr. 16 ]
    • Vancouver

      Barros N de. Avaliação dos valores preditivos negativos, valores de subestimação e resultados falso negativos da biópsia percutânia por fragmentos em distorções arquiteturais identificadas na mamografia. 2012 ;[citado 2024 abr. 16 ]


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