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A experiência materna no cuidado do filho dependente de tecnologia (2013)

  • Authors:
  • Autor USP: OKIDO, ALINE CRISTIANE CAVICCHIOLI - EERP
  • Unidade: EERP
  • Sigla do Departamento: ERM
  • Subjects: CRIANÇAS; FAMÍLIA; ENFERMAGEM PEDIÁTRICA; ANTROPOLOGIA MÉDICA; CUIDADOS DOMICILIARES DE SAÚDE
  • Keywords: Anthropology Medical; Assistência Domiciliar; Child; Family; Home Nursing; Pediatric Nursing
  • Language: Português
  • Abstract: Criança dependente de tecnologia corresponde àquela que necessita de algum dispositivo para compensar a perda de uma função vital. Os avanços da prática médica têm imprimido transformações no cuidado dessas crianças, antes cuidadas e mantidas no ambiente hospitalar, as quais, na atualidade, permanecem em suas casas sob os cuidados de seus pais, os quais assumem um duplo papel: de genitores e profissionais de saúde. Este estudo tem como objetivos: 1- caracterizar as crianças dependentes de tecnologia residentes no município de Ribeirão Preto segundo as variáveis: sexo, idade, condições do nascimento, origem da necessidade especial de saúde e demandas de cuidados; 2- identificar, a partir da construção do genograma e ecomapa, a rede de cuidados às crianças dependentes de tecnologia e 3- compreender a experiência do cuidado às crianças dependentes de tecnologia a partir da vivência das mães. Considerando os objetivos propostos foi necessária sua operacionalização em duas etapas. A primeira, que contemplou o primeiro objetivo, constou de um estudo descritivo exploratório, de abordagem quantitativa, com a participação de 102 mães ou responsáveis, sendo que a coleta de dados foi realizada mediante aplicação de formulário durante visita domiciliar. Como resultados, a faixa etária predominante foi de 1 a 4 anos; 57% do sexo masculino; 7,8% das mães não fizeram pré- natal; 96% nasceram em instituições hospitalares e 63,7% de parto cesárea, sendo que a prematuridade ocorreu em 29,3%. Quanto à origem das necessidades especiais de saúde, 65,7% possuíam problema congênito; 30,4% tiveram intercorrências durante o parto e ou no período neonatal e 30,4% as apresentaram ao longo da vida, definidas como causas adquiridas. Quanto à demanda de cuidados, todas exigiam cuidado tecnológico e habitual modificado, 92 necessitavam de cuidadomedicamentoso e 74 de cuidado de desenvolvimento. A segunda etapa contemplou o segundo e terceiro objetivos, utilizando, como base teórica, a antropologia médica e, metodológica, a análise da narrativa. Participaram dessa etapa doze mães de crianças dependentes de tecnologia. Como técnica para obtenção das narrativas, utilizamos a entrevista aberta, também realizada no domicílio. As narrativas foram organizadas em três categorias temáticas: a (re)construção da experiência do adoecimento, na qual identificamos os acontecimentos passados relacionados ao diagnóstico, ao desconforto, à frustração e ao medo do preconceito e a busca por outras explicações, além da biológica, especialmente no que se refere às religiosas; a reorganização da vida e as redes sociais diante dos rearranjos na dinâmica intrafamiliar e extrafamiliar, do itinerário terapêutico, da sobrecarga materna, do impacto da condição nas relações familiares e das redes sociais disponíveis para o cuidado de um filho dependente de tecnologia e a prática de cuidado do filho dependente de tecnologia e suas relações com os subsistemas de cuidados à saúde, discutindo o processo de alta hospitalar, as dificuldades do subsistema familiar no manejo dos dispositivos tecnológicos, a insatisfação em relação ao subsistema profissional, o papel da enfermagem como membro atuante do subsistema profissional e a busca pelo subsistema popular. Este estudo permitiu identificar os limites do modelo biomédico e forneceu subsídios para um projeto de cuidado em saúde que considere os valores morais e as crenças das famílias diante do adoecimento de uma criança dependente de tecnologia. Os resultados encontrados poderão colaborar para mudanças no processo de trabalho em saúde, de forma que sua fundamentação não seja norteada apenas pelo modelo biomédico, possibilitando que as dimensões socioculturaissejam integradas ao movimento de cuidado em saúde
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 05.04.2013
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    • ABNT

      OKIDO, Aline Cristiane Cavicchioli. A experiência materna no cuidado do filho dependente de tecnologia. 2013. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-12062013-205510/. Acesso em: 20 abr. 2024.
    • APA

      Okido, A. C. C. (2013). A experiência materna no cuidado do filho dependente de tecnologia (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-12062013-205510/
    • NLM

      Okido ACC. A experiência materna no cuidado do filho dependente de tecnologia [Internet]. 2013 ;[citado 2024 abr. 20 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-12062013-205510/
    • Vancouver

      Okido ACC. A experiência materna no cuidado do filho dependente de tecnologia [Internet]. 2013 ;[citado 2024 abr. 20 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-12062013-205510/


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