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Avaliação dos marcadores do estresse oxidativo nos períodos pré e pós-operatório tardio de pacientes submetidos à transplante hepático no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (2013)

  • Authors:
  • Autor USP: AUGUSTO, VIVIANE DOS SANTOS - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCA
  • Subjects: ESTRESSE OXIDATIVO; CIRROSE HEPÁTICA; TRANSPLANTE DE FÍGADO
  • Language: Português
  • Abstract: É estabelecido que o aumento do estresse oxidativo acelera a progressão da fibrose hepática durante a lesão hepática crónica de várias etiologias. O estresse oxidativo também contribui para a disfunção endotelial pela modulação da biodisponibilidade de óxido nítrico (NO) na microcirculação hepática. Teoricamente, o aumento do estresse oxidativo é importante para o desenvolvimento da hipertensão portal e circulação hiperdinamica em cirróticos. O objetivo deste estudo foi avaliar o estresse oxidativo através da dosagem dos níveis de nitrilo (‘N‘O IND. 2’ POT. –’), malondialdeído (MDA), citocinas (fator de necrose turnoral e interleucina 1-‘beta’, 6), vitamina E, vitamina A, glutationa reduzida (GSH), hidroperóxido lipídico (FOX) em amostras do plasma sanguíneo e do condensado do exalado pulmonar (CEP) (GSH e ‘N‘O IND. 2’ POT. –’) de pacientes portadores de cirrose hepática independente da causa, portadores ou não de síndrome hepatopulmonar (SHP) em lista de transplante hepático e de pacientes que já realizaram o transplante ortotópico de fígado. Verificar se existem correlações entre os níveis de ‘N‘O IND. 2’ POT. –’, MDA, citocinas, vitamina E, vitamina A, GSH, FOX. Comparar a força muscular respiratório entre os grupos envolvidos no estudo e verificar se há correlação deste parâmetro com os diferentes marcadores de estresse oxidativo. Foram selecionadas 60 pacientes adultos do sexo masculino, com idade mínima de 18 anos, subdivididos em três grupos: 1) controle (15 voluntários), 2) cirróticos (15 voluntários) e 3) transplantados (30 voluntários). O CEP e amostras sanguíneas de cada um dos pacientes, foram armazenados e congelados a - 70° C. As dosagens de ‘N‘O IND. 2’ POT. –’ plasmático e do CEP foram realizadas pelo método de quimioluminescência (Nitric Oxide Analyzer, 280i, da marca SIEVERS- NOA-Sievers). A GSH foi dosadautilizando-se 5',5'-ditiobis-(2-ácido nitrobenzóico) (DTNB, C14H8N208S2, MM 396,3 g/mol) e glutationa redutase; vitamina E e vitamina A pela técnica HPLC ("High performance liquid Chromatography"); MDA pelo método proposto por Gerard-Monnier et al. (1998) com algumas adaptações; o hidroperóxido lipídico pelo método FOX (xilenol-orange) e as citocinas através do ensaio imunoenzimático pelo método ELISA. A força muscular inspiratória (Pimáx) e expiratória (Pemáx) foram avaliadas pelo manovacuômetro analógico a partir do volume residual (VR) e capacidade pulmonar total (CPT), respectivamente. Na análise do CEP para amostras ‘N‘O IND. 2’ POT. –’ não houve significância estatística na comparação entre os grupos, porém valores médios maiores foram encontrados no grupo controle. Ao se comparar as amostras de GSH do CEP entre controle e transplantado obteve-se p< 0,01. A análise do plasma sanguíneo para ‘N‘O IND. 2’ POT. –’, IL1-‘beta’, IL6, TNF-‘alfa’ e hidroperóxido lipídico (FOX) entre os 3 grupos não evidenciou relevância estatística, apenas valores médios maiores no grupo cirrótico. A comparação de GSH plasmática entre os 3 grupos teve importante diferença (p<0,01), os menores valores foram observados no grupo transplantado em relação aos grupos controle e cirrótico (p<0,01). Em relação as vitaminas E e A, as menores concentrações foram observadas em indivíduos cirróticos quando comparados aos controles, e a comparação entre os 3 grupos foi significativamente alta (p<0,05 e p<0,01, respectivamente), não só para as vitaminas como para o MDA (p<0,01), onde as menores concentrações foram encontradas no grupo transplantado. A avaliação da Pimáx e Pemáx mostrou interessante diferença entre os grupos (p<0,01), mostrando que há importante perda de força muscular respiratório ao se comparar indivíduos cirróticos à controles saudáveis.Não foram encontradas correlações entre o ‘N‘O IND. 2’ POT. –’ plasmático e do CEP, nem entre GSH plasmática e do CEP. Correlações positivas significativas moderadas, foram encontradas entre IL6 e o NO plasmático no grupo controle, entre vitamina A e E plasmática no grupo cirrótico e Pimáx e a GSH no CEP no grupo cirrótico. Observaram-se, também, fortes correlações entre a GSH e o MDA plasmáticos nos 3 grupos e entre as vitaminas A e E plasmáticas no grupo controle. A interpretação conjunta dos dados discutidos permite afirmar que: 1) Processo inflamatório e o estresse oxidativo estão presentes na cirrose hepática e encontram-se, comparativamente, atenuados pelo transplante. 2) O melhor marcador do estresse oxidativo foi a GSH uma vez que seus resultados foram, uniformemente, significantes no CEP e no plasma. 3) A concentração de vitamina E ainda é baixa após o transplante, diferente do que ocorre com a vitamina A que se assemelha ao grupo controle. 4) Em relação à quantificação da peroxidação lipídica, aparentemente, não se observaram vantagens entre as dosagens do MDA e do hidroperóxido lipídico pelo método FOX, uma vez que as análises de seus resultados levaram a interpretações semelhantes. 5) Foi muito marcante a dispersão em torno da média para os valores obtidos para as citocinas estudadas (IL1-‘beta’, IL6 e TNF-‘alfa’)
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 20.05.2013

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    • ABNT

      AUGUSTO, Viviane dos Santos. Avaliação dos marcadores do estresse oxidativo nos períodos pré e pós-operatório tardio de pacientes submetidos à transplante hepático no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. 2013. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Augusto, V. dos S. (2013). Avaliação dos marcadores do estresse oxidativo nos períodos pré e pós-operatório tardio de pacientes submetidos à transplante hepático no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Augusto V dos S. Avaliação dos marcadores do estresse oxidativo nos períodos pré e pós-operatório tardio de pacientes submetidos à transplante hepático no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. 2013 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Augusto V dos S. Avaliação dos marcadores do estresse oxidativo nos períodos pré e pós-operatório tardio de pacientes submetidos à transplante hepático no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. 2013 ;[citado 2024 abr. 24 ]


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