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Pode a audição periférica justificar as alterações de fala presentes em sujeitos com fissura labiopalatina operados? (2013)

  • Authors:
  • Autor USP: CEROM, JAQUELINE LOURENÇO - FOB
  • Unidade: FOB
  • Sigla do Departamento: BAF
  • Subjects: FISSURA PALATINA; AUDIÇÃO; PERDA AUDITIVA; ARTICULAÇÃO COMPENSATÓRIA
  • Language: Português
  • Abstract: Partindo de estudos científicos que relatam que a fissura labiopalatina é uma das malformações congênitas mais comuns na raça humana e que esta população quando comparada a sujeitos sem fissura labiopalatina apresenta maior ocorrência de perdas auditivas, complicações otológicas, disfunção velofaríngea e distúrbios articulatórios compensatórios na fala, os quais são indicadores de risco para o desenvolvimento do processo auditivo, da linguagem, da fala e de aprendizagem, este trabalho tem como objetivo verificar a associação entre a disfunção velofaríngea, o articulação compensatória compensatório e a perda auditiva periférica em sujeitos com fissura labiopalatina operados, visando averiguar se as alterações de fala ainda presentes em pacientes com fissura labiopalatina já operados podem ser justificadas pela perda da acuidade auditiva. Nesta pesquisa foi realizado um estudo retrospectivo de dados da avaliação da audição e de fala constante em prontuários de 60 pacientes, matriculados no HRAC-USP, com fissura transforame incisivo unilateral esquerda operada, com idade nas avaliações entre 4 e 5 anos. A escolha dos prontuários foi aleatória. Foram compostos 4 grupos, cada um com 15 pacientes, sendo G1 apresentando disfunção velofaríngea (DVF) e articulações compensatórias (AC´s), G2 sem DVF e com AC´s, G3 com DVF e sem AC´s e G4 sem DVF e sem AC´s. As otoscopias alteradas (positivas) estiveram prevalentes no grupo G1, com maior ocorrência da presença de retração e de opacificação de membrana timpânica. Nos quatro grupos investigados houve sujeitos que realizaram algum tipo de microtológica. Mais de 70% da amostra não apresentaram queixas auditivas. No histórico da audição obteve-se maior ocorrência de histórico negativo para perda auditiva. Um maior comprometimento da audição, evidenciado pela presença de perda auditiva, foi sinalizado para os gruposde pacientes com fissura labiopalatina com DVF ou com ACs presentes, porém sem significância estatística. O G4 apresentou maior ocorrência de sujeitos com audição normal (80%), enquanto que o G1 apresentou a maior ocorrência de perda auditiva (60%). A perda auditiva condutiva leve foi a mais ocorrente para os quatro grupos. O golpe de glote (mais ocorrente), a fricativa faríngea, a fricativa velar (menos ocorrente), a fricativa nasal posterior e a plosiva dorso-médio-palatal foram os distúrbios articulatórios compensatórios presentes. O estudo estatístico demonstra ausência de significância ao associar a presença de perda auditiva com a presença de articulação compensatória (p=0,05), assim como a presença de perda auditiva com a presença de disfunção velofarígea (p=0,12). Contudo, quando associado a presença de perda auditiva com a presença de DVF e AC concomitantemente houve significância estatística (p=0,025).Não foi encontrada associação entre a disfunção velofaríngea, articulações compensatórias e a perda auditiva periférica na população com fissura labiopalatina quando analisadas de forma isolada, porém as alterações de DVF e AC´s quando apresentadas pelo mesmo sujeito apontou significância estatística ao ser associado com a perda auditiva periférica. Sugere-se continuidade do estudo com aumento da amostra e verificando a associação da disfunção velofaríngea e articulações compensatórias com as habilidades auditivas centrais, visando esclarecer os pontos ainda obscuros no processo diagnóstico, fornecendo dados que favoreçam o processo de intervenção desta população.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 27.03.2013

  • How to cite
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    • ABNT

      CEROM, Jaqueline Lourenço. Pode a audição periférica justificar as alterações de fala presentes em sujeitos com fissura labiopalatina operados?. 2013. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Bauru, 2013. . Acesso em: 17 abr. 2024.
    • APA

      Cerom, J. L. (2013). Pode a audição periférica justificar as alterações de fala presentes em sujeitos com fissura labiopalatina operados? (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Bauru.
    • NLM

      Cerom JL. Pode a audição periférica justificar as alterações de fala presentes em sujeitos com fissura labiopalatina operados? 2013 ;[citado 2024 abr. 17 ]
    • Vancouver

      Cerom JL. Pode a audição periférica justificar as alterações de fala presentes em sujeitos com fissura labiopalatina operados? 2013 ;[citado 2024 abr. 17 ]


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