Caracterização diagnóstica de cefaleia secundária à disfunção temporomandibular em músculos mastigatórios: um estudo controlado (2013)
- Authors:
- Autor USP: COSTA, YURI MARTINS - FOB
- Unidade: FOB
- Sigla do Departamento: BAP
- Subjects: TRANSTORNOS DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR; CEFALEIA; DIAGNÓSTICO; PLACAS OCLUSAIS
- Language: Português
- Abstract: Dores miofasciais mastigatórias (DMF) frequentemente encontram-se associadas com cefaleia. Porém, é incerto se esta relação acontece com cefaleias primárias ou secundárias. O objetivo do presente estudo foi descrever as características da cefaleia secundária à DMF considerada como tal aquela que melhorou após o tratamento da DMF. O efeito de diferentes tipos de tratamento na melhora da cefaleia associado à DMF, e o impacto da presença da cefaleia na melhora da intensidade de dor facial e limiar de dor à pressão (LDP) também foram avaliados. A amostra foi composta por adultos com DMF segundo o RDC/TMD, com (n=60) e sem (n=20) queixa de cefaleia. Os 60 participantes com cefaleia foram divididos em 2 grupos (1a e 1b). O grupo 1a recebeu tratamento que envolvia orientações para mudanças de hábitos. Os grupos 1b e 2 (sem cefaleia), além das orientações, receberam placa oclusal. O período de acompanhamento foi de 5 meses, com avaliações no início, após 2 meses e ao final do 5o mês. As intensidades das dores faciais e da cefaleia (EAV), além do limiar de dor a pressão (LDP) dos músculos temporal anterior, masseter e antebraço, foram analisados. ANOVA de medidas repetidas, teste de Friedman e de Wilcoxon foram usados para as comparações intra e intergrupos considerando um nível de significância de 5%. Ocorreu uma redução significativa da intensidade e frequência da cefaleia em ambos os grupos. A média inicial foi de 7,55 ± 2,24 para o grupo 1a e de 6,52 ± 1,63 para o grupo 1b. Ao final essa média foi, respectivamente, 3,13 ± 2,19 e 2,5 ± 2,33. Não houve diferença entre os grupos. Houve também uma redução na frequência da cefaleia entre o início e o final do tratamento nos grupos 1a e 1b, porém sem diferença entre os grupos. Ocorreu uma redução na intensidade da dor facial em todos os grupos. A média inicial foi de 6,34 ± 2 no grupo 1a, 6,14 ± 1,94 para o grupo 1b e4,77 ± 1,57 para o grupo 2. Ao final os valores foram, respectivamente 1,66 ± 1,29, 2,3 ± 2,53 e 2,17 ± 1,17 e sem diferença entre os grupos. Houve um aumento no LDP para o temporal anterior no grupo 1b (p=0,01) e para o masseter no grupo 2 (p=0,01). Na comparação intergrupos, houve diferença entre o grupo 1a e 2 no acompanhamento de 2 meses para o temporal anterior (p=0,02). Conclui-se que o tratamento da DMF é eficaz na melhora da cefaleia secundária a DTM, independente do uso da placa oclusal, e que esta cefaleia tem como principais características a duração maior que 4 horas, localização bilateral e qualidade de pressão/peso.
- Imprenta:
- Data da defesa: 27.05.2013
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ABNT
COSTA, Yuri Martins. Caracterização diagnóstica de cefaleia secundária à disfunção temporomandibular em músculos mastigatórios: um estudo controlado. 2013. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Bauru, 2013. . Acesso em: 18 abr. 2024. -
APA
Costa, Y. M. (2013). Caracterização diagnóstica de cefaleia secundária à disfunção temporomandibular em músculos mastigatórios: um estudo controlado (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Bauru. -
NLM
Costa YM. Caracterização diagnóstica de cefaleia secundária à disfunção temporomandibular em músculos mastigatórios: um estudo controlado. 2013 ;[citado 2024 abr. 18 ] -
Vancouver
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