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Extensão do palato mole e profundidade da nasofaringe na fissura transforame unilateral operada (2013)

  • Authors:
  • Autor USP: SOUZA, OLÍVIA MESQUITA VIEIRA DE - HRAC
  • Unidade: HRAC
  • Subjects: INSUFICIÊNCIA VELOFARÍNGEA; FISSURA LÁBIOPALATINA; NASOFARINGE
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: Ao consideramos que o crescimento craniofacial no indivíduo com fissura labiopalatina (FLP) é influenciado pela própria fissura e pelas cirurgias para sua correção, surgem questionamentos importantes quanto ao uso de medidas normativas obtidas com indivíduos que não apresentaram FLP para interpretar achados na fissura. Em 1957, Subtelny publicou medidas da extensão (ETV) e espessura (EPV) do palato mole e da profundidade da velofaringe (PN) e seus achados são usados como normas de referência para interpretar medidas na FLP. As normas foram calculadas a partir de telerradiografias obtidas ao longo de 18 anos em 30 norte-americanos sem fissura. No gerenciamento da FLP medidas das estruturas e espaços velofaríngeos podem contribuir para o diagnóstico da disfunção velofaríngea e documentação sistemática de resultados do tratamento. Objetivo: O objetivo principal deste estudo foi estabelecer ETV, EPV, e PNF na FLP operada e fala normal. Metodologia: As medidas foram determinadas a partir de telerradiografia em norma lateral para sujeitos com fissura transforame incisivo unilateral operada (FTIUO) que obtiveram fala normal após palatoplastia. A razão entre a medida de profundidade da nasofaringe e extensão velar (RPE) também foi estabelecida e os achados foram comparados com os dados de Subtelny. Os prontuários dos pacientes estudados foram consultados para confirmar fala normal no dia da radiográfica. As medidas foram realizadas com o programa Dolphin Imaging, versão 11.0, com análise de Arnett-Gunson FAB. Medidas da média e desvio padrão foram usadas para descrição dos achados com apresentação em tabelas e gráficos. O teste t não pareado foi usado para testar a hipótese de existência de diferença estatisticamente significante entre as medidas deste estudo e as normas de Subtelny, considerando-se estatisticamente significantes os resultados onde p < 0,05. (Continua)(Continuação) Resultados: Foi analisado um total de 260 telerradiografias, sendo que 120 do gênero feminino e 140 masculino, com idades entre 5 e 14 anos. Comparando-se as medidas com os dados de Subtelny, observou-se: a) diferenças significantes para a medida ETV dos 05 aos 11 anos e 13 anos, sugerindo que o palato de pacientes com FTIUO com fala normal é mais curto do que de Subtelny na maioria das idades estudadas; b) diferenças significantes para a medida EPV nas idades de 5, 11, 12 e 14 anos, sugerindo que o palato de pacientes com FTIUO com fala normal é mais espesso do que de Subtelny, em algumas das idades estudadas; c) diferenças significantes para a medida PNF dos 05 aos 13 anos, sugerindo que espaço nasofaríngeo em pacientes com FTIUO com fala normal é mais estreito do que de Subtelny na maioria das idades estudadas; e d) diferença estatisticamente significante na RPE para as idades de 05 a 09 anos e 12 e 13 anos, sugerindo potencial para fechamento velofaríngeo e, portanto, corroborando o critério de fala normal. Discussão: Este estudo revelou medidas de EPV, ETV, e PNF para indivíduos com FTIUO significantemente diferentes daquelas propostas por Subtelny. Mesmo na presença de palato mais curto os pacientes estudados apresentavam fala normal sugerindo fechamento velofaríngeo adequado. Este achado pode ser decorrente de aumento de tecido linfático na população com FTIUO, o que foi confirmado com a medida de PNF que indica nasofaringe significantemente mais estreita na população estudada. O palato mole neste estudo foi muito mais espesso nos pacientes com fissura o que pode ser resultado da cicatrização velar ou uso de procedimento cirúrgico envolvendo a sobreposição de músculos o que explica aumento de tecido mole na área estudada. Conclusão: Como muitos dos achados deste estudo foram significantemente diferente das normas estabelecidas por Subtelny, sugere-se (Continua)(Continuação) que as medidas propostas em 1957 não são representativas da população com FTIUO e fala normal. Propõe-se a importância de estabelecerem-se medidas normativas das estruturas e espaços velofaríngeos para populações específicas, de forma a contribuir para documentação de resultados do tratamento e complementar o processo diagnóstico e a definição da conduta para tratar a DVF. Telerradiografias são obtidas sistematicamente para os pacientes com FLP ao redor dos 8 anos na maioria dos centros craniofaciais ao redor do mundo, as medidas estudadas podem (e deveriam) ser obtidas para todos os pacientes (com e sem fala normal) nesta idade.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 18.10.2013
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    • ABNT

      SOUZA, Olívia Mesquita Vieira de. Extensão do palato mole e profundidade da nasofaringe na fissura transforame unilateral operada. 2013. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Bauru, 2013. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-07012014-150038/. Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Souza, O. M. V. de. (2013). Extensão do palato mole e profundidade da nasofaringe na fissura transforame unilateral operada (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Bauru. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-07012014-150038/
    • NLM

      Souza OMV de. Extensão do palato mole e profundidade da nasofaringe na fissura transforame unilateral operada [Internet]. 2013 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-07012014-150038/
    • Vancouver

      Souza OMV de. Extensão do palato mole e profundidade da nasofaringe na fissura transforame unilateral operada [Internet]. 2013 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-07012014-150038/


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