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Arquitetura deposicional e proveniência da formação marizal nas sub-bacias Tucano Sul e Central, BA (2015)

  • Authors:
  • Autor USP: CARRERA, SIMONE CAMPOS - IGC
  • Unidade: IGC
  • Sigla do Departamento: GSA
  • Assunto: SISTEMAS DEPOSICIONAIS
  • Language: Português
  • Abstract: A reconstrução das características dos sistemas deposicionais a partir da análise de fácies e análise de elementos arquiteturais é hoje um método consagrado no estudo de sucessões sedimentares antigas. Estes métodos, em conjunto com dados de proveniência e de paleocorrentes, permite o reconhecimento dos padrões de transporte sedimentar e da variação espacial de áreas fonte para depósitos aluviais. A caracterização das fácies foi realizada com o objetivo de interpretar os sistemas deposicionais da Formação Marizal. Deste modo foi possível o reconhecimento de 15 fácies . A caracterização dos sistemas deposicionais se baseou no agrupamento destas fácies sedimentares e seus processos de formação a partir da comparação com depósitos recentes, bem como nas superfícies limitantes, geometria, espessura e arquitetura dos depósitos da unidade. Neste trabalho foram reconhecidos sete elementos arquiteturais com base nas associações de fácies. Conforme a distribuição espacial das associações de fácies foi possível identificar a existência de sistemas deposicionais diferentes ao logo da bacia. Os depósitos da Formação Marizal na porção leste da Sub-Bacia Tucano Central são compostos predominantemente por elementos de barras arenosas e cascalhosas subaquáticas na porção estratigráfica inferior (Membro Banzâe) que foram interpretados como sistemas aluviais entrelaçados arenosos e cascalhosos de baixa sinuosidade dominado por fluxos trativos. A porção estratigráfica superior (Membro Cícero Dantas) é composta pelos elementos de preenchimento de canal cascalhoso, de planície de inundação e barras arenosas subaquáticas, que foram interpretados como de rios em regime de fluxo inferior, com carga mista, e subordinadamente pelo elemento de campo de dunas que foram interpretados como sistemas eólicos restritos. Na Sub-Bacia Tucano Sul a porção leste expõem depósitos da unidade que foram atribuídos ao Membro Banzaê, sendo compostos por arenitos muito finos a finos que compõem principalmente elementos arquiteturais arenosos sigmoidais, planície de inundação e barras arenosas subaquáticas que foram interpretados como sistema predominantemente aluvial dominado por fluxo canalizado em regime próximo à velocidade crítica de regime de fluxo. Depósitos de elemento de campo de dunas e de lençol de areia também ocorrem nesta porção de forma pouco desenvolvida. Os sistemas interpretados a leste constituem tributários com grande dispersão de fluxo. Na porção oeste de ambas as sub-bacias predominam elementos de depósitos de grandes barras arenosas subaquáticas do Membro Banzaê, geralmente com arenitos grossos e cascalhosos na Sub-Bacia do Tucano central, enquanto que na Sub-Bacia do Tucano Sul os depósitos destes elementos são compostos de areia média a fina com alguns grânulos esparsos. Estes depósitos foram interpretados como o sistema fluvial dominado por carga de fundo, com domínio de estruturas de regime de fluxo inferior, sugerindocanais de escala maior aos dos depósitos encontrado na borda leste, configurando o sistema principal da bacia. A análise de proveniência U/Pb em zircões detríticos realizada indicou uma grande variedade de áreas-fonte ao longo das sub-bacias, com principal contribuição de terrenos neoproterozoicos e paleoproterozoicos. Esta análise permitiu reconhecer um aumento da variedade de fontes de norte a sul, com intervalos etários mais largos , sugerindo a interpretação de uma contribuição diferenciada dos domínios tectono-estratigráficos da Faixa Sergipana para cada amostra. Na Sub-Bacia do Tucano Central os dados de proveniência mostraram que os depósitos localizados mais próximo a borda leste apresentam uma menor variação de áreas fontes. Com base nos dados disponíveis na literatura foi possível sugerir os domínios Vaza Barris e Marancó como principais fontes para esta região. Na Sub-Bacia do Tucano Sul os dados apontam para uma contribuição mais variada de áreas-fonte, sugerindo a contribuição também de outros domínios além dos citados acima, com principal contribuição do Domino Estância. A porção oeste de ambas sub-bacias revela ainda outra variação na composição, com um acréscimo de fontes mais antigas de idades meso a paleoarqueanas. Estas interpretações associadas aos dados de paleocorrentes e de arquitetura deposicinal permitiram a identificação de diferentes sistemas de transporte sedimentar preservados na bacia, com sistemas tributários na borda leste e um sistema principal axial a bacia na borda oeste
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 08.05.2015
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    • ABNT

      CARRERA, Simone Campos. Arquitetura deposicional e proveniência da formação marizal nas sub-bacias Tucano Sul e Central, BA. 2015. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-20072015-145617/. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Carrera, S. C. (2015). Arquitetura deposicional e proveniência da formação marizal nas sub-bacias Tucano Sul e Central, BA (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-20072015-145617/
    • NLM

      Carrera SC. Arquitetura deposicional e proveniência da formação marizal nas sub-bacias Tucano Sul e Central, BA [Internet]. 2015 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-20072015-145617/
    • Vancouver

      Carrera SC. Arquitetura deposicional e proveniência da formação marizal nas sub-bacias Tucano Sul e Central, BA [Internet]. 2015 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-20072015-145617/


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