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Ajustes fisiológicos ao ambiente costeiro marinho em Thoropa taophora (Anura, Cycloramphidae) (2015)

  • Authors:
  • Autor USP: FARAVELLI, INÉS DA ROSA - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIF
  • Subjects: ANFÍBIOS; DESIDRATAÇÃO (TAXAS); SALINIDADE DA ÁGUA; HIDRATAÇÃO (TAXAS); ECOSSISTEMAS COSTEIROS; EXPERIMENTOS ANIMAIS
  • Keywords: Amphibians; Dehydration rates; Hydration rates; Osmotic tolerance; Tolerância osmótica
  • Language: Português
  • Abstract: Os anfíbios são organismos típicos dos ambientes de água doce e com vários representantes de hábitos terrestres e estão caracterizados por uma elevada permeabilidade da pele. Este atributo faz com que tanto no sistema aquático quanto no terrestre o fluxo de água através da pele seja considerado uma característica relevante. Nos ambientes aquáticos os animais ganham água como resultado do gradiente osmótico entre o animal e o meio, e o excesso de água é eliminado pelo sistema excretor através da produção de urina. Em meios com elevada salinidade os animais perdem água, portanto são susceptíveis de desidratação. Um dos efeitos negativos da desidratação é o aumento da concentração dos fluidos corporais dado o efeito desnaturante dos íons sobre as proteínas. O aumento da concentração também pode responder a entrada dos íons devido ao gradiente de concentração desses osmólitos entre o meio e o animal. Estes efeitos sobre os anfíbios fazem parte das explicações do por que estes organismos estão menos representados nos ambientes costeiros marinhos do que em outros ambientes. Porém, há um número elevado de espécies que usam este ambiente e pouco se sabe como se ajustam aos efeitos da elevada salinidade ambiental. Ao mesmo tempo, dado que o ambiente costeiro está caracterizado pela maresia assim como pelos ventos que vem do mar, os indivíduos que ocupam esta região também estariam expostos a perdas de água por evaporação que poderiam implicar riscos de desidratação. Relacionado com aperda de água por evaporação, a resistência cutânea é uns dos atributos que mostra variação entre as espécies, sendo mais elevada naquelas que por seus hábitos e as características dos ambientes que ocupam são propensas a perder água por evaporação e correr com o risco de desidratação. As taxas de desidratação também mostram variação entre espécies e populações com taxas mais baixas naqueles organismos que ocupam ambientes que promovem a perda de água por evaporação. Também existem evidências que indicam que as taxas de hidratação são mais elevadas nos indivíduos que ocupam ambientes ou que apresentam hábitos que facilitam a perda de água por evaporação do que os que ocupam ambientes úmidos ou têm hábitos aquáticos. Thoropa taophora é um bom modelo para avaliar se a tolerância à salinidade, resistência cutânea e as taxas de desidratação e hidratação fazem parte das vias de ajuste ao ambiente costeiro porque ocupa os costões rochosos da costa marinha do Litoral do Estado de São Paulo e regiões rochosas associadas a cachoeiras afastadas da costa em ambiente de Mata Atlântica. Através da comparação de uma população costeira localizada na região de Ubatuba e uma não costeira localizada na região de Picinguaba abordamos esses fatores. Como resultados gerias do presente trabalho podemos dizer que a população costeira não apresenta tolerância à salinidade comparável ao do grupo de espécies mais tolerantes à salinidade representadas por Fejervarya cancrivora, Xenopus laevis eBufote viridis. Pelo contrário parece se tolerar níveis de salinidade similar à mais frequentemente reportadas para os anfíbios. Também não apresentou resistência cutânea por encima dos valores mais frequentes registrados na literatura. Por outro lado, detectamos que a tolerância à salinidade, a taxa de desidratação e taxa de hidratação fariam parte do ajuste a este tipo de ambiente. Neste sentido encontramos maior tolerância à salinidade, menor taxa de desidratação e maior taxa de hidratação nos indivíduos da população de Ubatuba do que nos de Picinguaba. Os resultados sugerem que a tolerância à salinidade e a taxa de desidratação estariam relacionados, o que permitiria elaborar hipóteses sobre outros ambientes que possam exibir variação na salinidade, como acontece com a salinização de corpos de água como consequências de práticas agrícolas, e variação na umidade do ambiente como consequência das variações do clima
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 10.08.2015
  • Acesso à fonte
    How to cite
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    • ABNT

      FARAVELLI, Inés da Rosa. Ajustes fisiológicos ao ambiente costeiro marinho em Thoropa taophora (Anura, Cycloramphidae). 2015. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-04112015-153621/. Acesso em: 16 abr. 2024.
    • APA

      Faravelli, I. da R. (2015). Ajustes fisiológicos ao ambiente costeiro marinho em Thoropa taophora (Anura, Cycloramphidae) (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-04112015-153621/
    • NLM

      Faravelli I da R. Ajustes fisiológicos ao ambiente costeiro marinho em Thoropa taophora (Anura, Cycloramphidae) [Internet]. 2015 ;[citado 2024 abr. 16 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-04112015-153621/
    • Vancouver

      Faravelli I da R. Ajustes fisiológicos ao ambiente costeiro marinho em Thoropa taophora (Anura, Cycloramphidae) [Internet]. 2015 ;[citado 2024 abr. 16 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-04112015-153621/

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