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Modificação de uma refeição brasileira com componentes mediterrâneos induz benefícios cardiometabólicos (2015)

  • Authors:
  • Autor USP: PIRES, MILENA MONFORT - FSP
  • Unidade: FSP
  • Sigla do Departamento: HNT
  • DOI: 10.11606/T.6.2016.tde-22122015-121128
  • Subjects: REFEIÇÕES (ALTERAÇÃO;INVESTIGAÇÃO); DIETA; CARDIOPATIAS (PREVENÇÃO E CONTROLE); DOENÇAS METABÓLICAS (PREVENÇÃO E CONTROLE); BIOMARCADORES; INFLAMAÇÃO (GENÉTICA); ESTUDOS DE INTERVENÇÃO
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: Mudanças na alimentação e atividade física das populações elevaram a incidência de doenças crônicas não-transmissíveis associadas à adiposidade corporal. Este quadro contribui para mortalidade cardiovascular, motivando iniciativas em saúde pública visando à prevenção. Há evidências de que populações que consomem a dieta mediterrânea apresentam menor mortalidade por todas as causas, inclusive cardiovasculares. Os benefícios desta dieta, rica em fibras, gorduras insaturadas e polifenóis, parecem decorrer da atenuação da inflamação, envolvida na gênese de doenças cardiometabólicas. Objetivo: Este estudo investigou os efeitos da modificação de uma refeição diária, o desjejum, de forma a incluir alimentos mediterrâneos, sobre o metabolismo lipídico, glicídico, inflamação subclínica e expressão de genes inflamatórios. Métodos: Foi um ensaio clínico cruzado com duração total de 10 semanas, incluindo 80 adultos com excesso de peso, não-diabéticos. Os participantes passaram por 2 intervenções de 4 semanas no desjejum, com wash-out de 2 semanas entre elas. Os desjejuns, brasileiro e modificado, foram isocalóricos, diferindo quanto ao conteúdo de fibras e tipos de ácidos graxos. Antes e após cada intervenção foi realizado teste de sobrecarga de gorduras (FTT) com refeição rica em gorduras (saturadas e insaturadas MUFA e PUFA, dependendo da intervenção) e coletas sanguíneas seriadas até 240 minutos para determinação de glicose, insulina, lípides e marcadores inflamatórios. Foram também analisadas as expressões de genes inflamatórios, antes e após cada intervenção. Para comparar as respostas às intervenções foram usados teste t de Student ou os correspondentes não-paramétricos e ANOVA para medidas repetidas.Para as expressões dos genes foi utilizado o método delta ct e a expressão relativa calculada tendo como base valores de jejum e pré-intervenção. Valor de p <0,05 foi considerado significante. Resultados: No Artigo 1 (Modification in a single meal is sufficient to provoke benefits in inflammatory responses of individuals at low-tomoderate cardiometabolic risk), o FTT com desjejum brasileiro comparada ao modificado provocou maiores concentrações de IL-6 e IL-8, e esta resposta se acentuou após intervenção. As concentrações de selectina E, TNF-, IFN-, IL-10 e IL-17 se elevaram apenas após intervenção brasileira. No Artigo 2 (Inflammatory and metabolic response to dietary intervention differs among individuals at distinct cardiometabolic risk levels), a intervenção com desjejum modificado reduziu (p<0.05) a circunferência da cintura e pressão arterial e aumentou as concentrações de HDL. Indivíduos com síndrome metabólica melhoraram fatores clássicos (pressão arterial e glicemia, além de apolipoproteína B) após desjejum modificado, enquanto aqueles sem a síndrome melhoraram marcadores inflamatórios. O Artigo 3 (Comparison of inflammatory genes expression and their circulating products after short-term fatty acids interventions in humans) mostrou que o FTT com desjejum rico em gordura saturada induziu maior expressão pós-prandial de IL-1 quando comparado ao rico em insaturadas, antes e após as intervenções. Houve tendência à maior expressão de IFN- e IL-6 após intervenção com desjejum brasileiro. Na metanálise do Artigo 4 (Impact of the content of fatty acids of oral fat tolerance tests on postprandial triglyceridemia: systematic review and meta-analysis) foram incluídos 18 estudos buscando comparar as respostas dos triglicérides a ácidos graxos saturados e insaturados.Verificou-se que após 8 horas de refeição rica em MUFA há menor trigliceridemia. As menores concentrações observadas após ingestão de PUFA em relação à de saturados não atingiu significância. Conclusões: Pequenas modificações na dieta podem, em período relativamente curto, promover benefícios ao perfil de risco cardiometabólico. Tais benefícios foram evidentes em parâmetros clínicos habituais e reforçados pelos efeitos na expressão de genes inflamatórios e em marcadores circulantes. Vislumbra-se potencial de aceitação da introdução de componentes da dieta mediterrânea em população não-mediterrânea como a brasileira, o que poderia melhorar o perfil de risco cardiometabólico no longo prazo.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 15.12.2015
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2016.tde-22122015-121128 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

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    • ABNT

      PIRES, Milena Monfort. Modificação de uma refeição brasileira com componentes mediterrâneos induz benefícios cardiometabólicos. 2015. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.6.2016.tde-22122015-121128. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Pires, M. M. (2015). Modificação de uma refeição brasileira com componentes mediterrâneos induz benefícios cardiometabólicos (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.6.2016.tde-22122015-121128
    • NLM

      Pires MM. Modificação de uma refeição brasileira com componentes mediterrâneos induz benefícios cardiometabólicos [Internet]. 2015 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2016.tde-22122015-121128
    • Vancouver

      Pires MM. Modificação de uma refeição brasileira com componentes mediterrâneos induz benefícios cardiometabólicos [Internet]. 2015 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2016.tde-22122015-121128


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