Influência do componente condutivo nos limiares do potencial evocado auditivo de estado estável em crianças com perda auditiva de grau severo e profundo (2016)
- Authors:
- USP affiliated authors: ALVARENGA, KATIA DE FREITAS - FOB ; ARAUJO, ELIENE SILVA - HRAC
- Unidades: FOB; HRAC
- Subjects: POTENCIAIS EVOCADOS; CRIANÇAS; PERDA AUDITIVA PROFUNDA; PERDA AUDITIVA SEVERA
- Keywords: potencial evocado auditivo
- Language: Português
- Abstract: Introdução: Conhecer as condições da orelha média é fundamental no processo de diagnóstico audiológico, uma vez que podem influenciar os resultados dos exames para definição do diagnóstico. O Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável (PEAEE) possui a capacidade de pesquisar limiares eletrofisiológicos por condução aérea e óssea com especificidade de frequência, possibilitando a caracterização da audição residual. Contudo, na pesquisa por condução óssea, apresenta uma limitação quanto ao nível máximo de intensidade para estimulação, já que estímulos de média ou forte intensidade podem gerar artefatos elétricos, refletindo na obtenção de resultados imprecisos. Desta forma, tal procedimento não auxilia o audiologista na definição da presença ou ausência de uma alteração condutiva associada às perdas auditivas sensoriais de grau severo e profundo. Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar a influência da alteração condutiva nos limiares do PEAEE em crianças com perdas auditivas sensoriais de grau severo e profundo. Trata-se de um estudo de observação longitudinal analítico, desenvolvido com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa sob protocolo número 038838/2015. Participaram do estudo 30 crianças (46 orelhas) na faixa etária de quatro a 29 meses de idade (média 17 meses), distribuídos em dois grupos: 15 indivíduos com perda auditiva sensorial de grau severo ou profunda com alteração condutiva associada e 15 indivíduos com perda auditiva sensorial de grau severo ou profundo sem alteração condutiva, pareados com o grupo experimental de acordo com a idade. Os indivíduos foram submetidos à audiometria tonal condicionada ou de reforço visual, timpanometria, PEAEE e otoscopia realizada pelo otorrinolaringologista em dois momentosO grupo com alteração de orelha média foi avaliado com alteração condutiva associado e, num segundo momento após tratamento medicamentoso ou cirúrgico; já o grupo controle foi avaliado nos dois momentos com integridade do sistema tímpano-ossicular, a fim de verificar a variabilidade teste-reteste do procedimento. Importante ressaltar que foi mantido o intervalo médio de três meses entre as avaliações para ambos os grupos. Os resultados demonstraram melhora nos limiares do PEAEE após a regressão da alteração condutiva tanto pela análise da quantidade de respostas presentes ou ausentes, com maior ocorrência de limiares ausentes na intensidade máxima do procedimento ao se analisar a condição com alteração de orelha média, quanto pelas modificações nos limiares. Constatou-se variabilidade de até 40 dBNA em 0,5 kHz, 25 dBNA em 1 kHz, 30 dBNA em 2 kHz e 28 dBNA em 4 kHz. Tal variação foi menor ao analisar o o grupo controle, variando de 0 a 13 em 0,5 kHz, 0 a 16 dBNA em 1 kHz, 0 a 20 dBNA em 2 kHz e 0 a 14 em 4 kHz. Estatisticamente não houveram diferenças significantes ao comparar os dois momentos de avaliação (p>0,05), possivelmente pela elevada quantidade de orelhas com limiares ausentes devido ao grau da deficiência auditiva. Diante do exposto, conclui-se que há influência da alteração condutiva nos limiares do PEAEE em crianças com perdas auditivas sensoriais de grau severo e profundo, havendo impacto em todas as frequências portadoras mas com diferença mais expressiva em 0,5 kHz
- Imprenta:
- Publisher: Academia Brasileira de Audiologia
- Publisher place: São Paulo
- Date published: 2016
- Conference titles: EIA - Encontro Internacional de Audiologia
-
ABNT
ARAÚJO, Eliene Silva e MOÇO, Rachel Mantovani e ALVARENGA, Kátia de Freitas. Influência do componente condutivo nos limiares do potencial evocado auditivo de estado estável em crianças com perda auditiva de grau severo e profundo. 2016, Anais.. São Paulo: Academia Brasileira de Audiologia, 2016. . Acesso em: 26 abr. 2024. -
APA
Araújo, E. S., Moço, R. M., & Alvarenga, K. de F. (2016). Influência do componente condutivo nos limiares do potencial evocado auditivo de estado estável em crianças com perda auditiva de grau severo e profundo. In . São Paulo: Academia Brasileira de Audiologia. -
NLM
Araújo ES, Moço RM, Alvarenga K de F. Influência do componente condutivo nos limiares do potencial evocado auditivo de estado estável em crianças com perda auditiva de grau severo e profundo. 2016 ;[citado 2024 abr. 26 ] -
Vancouver
Araújo ES, Moço RM, Alvarenga K de F. Influência do componente condutivo nos limiares do potencial evocado auditivo de estado estável em crianças com perda auditiva de grau severo e profundo. 2016 ;[citado 2024 abr. 26 ] - Wideband absorbance in children with serous otitis media
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