Autotextualidade como estratégia narrativa moderna: aspectos da criação em Virginia Woolf e Clarice Lispector (2015)
- Authors:
- Autor USP: PACHECO, ANA PAULA SÁ E SOUZA - FFLCH
- Unidade: FFLCH
- Subjects: LITERATURA COMPARADA; INTERTEXTUALIDADE
- Language: Português
- Abstract: As obras de Virginia Woolf e Clarice Lispector suscitam reflexões sobre a autotextualidade (JENNY, 1979) e a intertexualidade enquanto estratégias narrativas da modernidade, especialmente no tocante ao fragmento – uma poética que recorre à reescrita e recombinação de textos, ou à escritura como repetição. O reemprego e/ou citação dos próprios textos na criação de “novos” escritos caracteriza o recurso autotextual, que integra o complexo processo literário de diversos autores da modernidade, como Joyce e Proust. Aqui examinaremos os casos da inglesa Virginia Woolf e da brasileira Clarice Lispector, duas das autoras mais importantes do século XX, pois, em que pesem suas diferenças, ambas se valem do jogo autorreferencial. Nelas, o autotextual problematiza tanto o fato de que nos processos de linguagem inexiste qualquer “discurso original” (ao menos não além do ponto de vista metafísico) quanto o de a própria subjetividade encontrar-se limitada por um mundo dialógico de discursos e contextos que se repetem e se modificam por iterabilidade (DERRIDA, 1982). A narrativa torna-se, assim, espaço do sujeito que busca a si mesmo, mas que, ao fazê-lo, confronta-se com o drama da linguagem: a única coisa que ele alcança é o próprio ato de (se) escrever. Para ilustrar esta análise, mostraremos aspectos da criação de Mrs. Dalloway à luz especialmente dos diários de Woolf, que serviam de matriz para outros textos, e, de modo semelhante, da relação genética entre A paixão segundo G.H. e textos claricianos anteriores.
- Imprenta:
- Source:
- Título do periódico: Anais Eletrônicos
- ISSN: 2317-157X
- Conference titles: Congresso Internacional da ABRALIC
-
ABNT
MESQUITA, Ana Carolina. Autotextualidade como estratégia narrativa moderna: aspectos da criação em Virginia Woolf e Clarice Lispector. Anais Eletrônicos. Belém: ABRALIC. Disponível em: http://www.abralic.org.br/anais/arquivos/2015_1455907799.pdf. Acesso em: 19 abr. 2024. , 2015 -
APA
Mesquita, A. C. (2015). Autotextualidade como estratégia narrativa moderna: aspectos da criação em Virginia Woolf e Clarice Lispector. Anais Eletrônicos. Belém: ABRALIC. Recuperado de http://www.abralic.org.br/anais/arquivos/2015_1455907799.pdf -
NLM
Mesquita AC. Autotextualidade como estratégia narrativa moderna: aspectos da criação em Virginia Woolf e Clarice Lispector [Internet]. Anais Eletrônicos. 2015 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.abralic.org.br/anais/arquivos/2015_1455907799.pdf -
Vancouver
Mesquita AC. Autotextualidade como estratégia narrativa moderna: aspectos da criação em Virginia Woolf e Clarice Lispector [Internet]. Anais Eletrônicos. 2015 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.abralic.org.br/anais/arquivos/2015_1455907799.pdf - O mito em Canto Geral, de Pablo Neruda
- Cidade-cárcere: violência e representação das classes baixas na literatura brasileira contemporânea
- Resumo da aula: "A causa secreta", de Machado de Assis
- O baile, o porão, a nave, o não: sobre o filme Branco sai, preto fica (Brasil, 2014)
- O radicalismo do radical de classe média: "De cortiço a cortiço"
- Grande sertão a partir de "A terceira margem do rio": uma hipótese de trabalho
- Cães e gatos para Nuno Ramos
- Centenário Guimarães Rosa - depoimentos
- Jagunços e homens livres pobres: o lugar do mito no Grande sertão
- Fascismo e natureza: imagens desconcertantes da pedagogia do sr. Keuner
How to cite
A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas
