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Mediadores inflamatórios na saliva e no sangue periférico de recém-nascidos com fatores de risco para sepse neonatal precoce (2017)

  • Authors:
  • Autor USP: BARROS, FERNANDO DE SÁ CAMARGO - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MPE
  • Subjects: RECÉM-NASCIDO; FATORES DE RISCO; SEPSE; SALIVA; INTERLEUCINA 1; INTERLEUCINA 6; INTERLEUCINA 8; INTERLEUCINAS; FATORES BIOLÓGICOS; CITOMETRIA DE FLUXO
  • Keywords: Interleucina 10; Interleukin-10; Tumor necrosis factor-alpha
  • Language: Português
  • Abstract: INTRODUÇÃO: A sepse neonatal é uma importante causa de mortalidade de recém- nascidos, sendo responsável pelo óbito de 2,4/10.000 NV no Brasil. A sepse neonatal precoce é definida como uma infecção cujos sinais e sintomas clínicos se manifestam nas primeiras 72 horas de vida. Como os sinais clínicos são inespecíficos e frequentemente tardios no curso da sepse neonatal, o diagnóstico é habitualmente feito por meio de exames laboratoriais, como o hemograma, a proteína C reativa e a hemocultura, que possuem um baixo valor preditivo positivo. Nas pesquisas clínicas, a dosagem de citocinas é mais sensível e específica para o diagnóstico de sepse neonatal precoce do que os exames utilizados habitualmente. Recém-nascidos pré-termo frequentemente desenvolvem anemia em consequência de repetidas coletas de sangue para exames de rotina. A anemia da prematuridade está associada a maior tempo de internação, maior incidência de apneia da prematuridade, maior tempo de ventilação mecânica, maior dificuldade de progressão da dieta enteral, necessidade de transfusões sanguíneas e suas complicações como maior risco de desenvolvimento de enterocolite necrosante e hemorragias intracranianas. Existe ainda a preocupação de como a exposição a estímulos dolorosos repetidos pode afetar negativamente o desenvolvimento neurológico e comportamental dos RN. Por esses motivos resolvemos estudar um método diagnóstico não invasivo, indolor e que não implica em risco aumentado para anemia da prematuridade. Os objetivos desse estudo foram cornpgrar as concentrações séricas e salivares de interleucina 1 beta (lL-l~), interleucina 6 (IL-6), interleucina 8 (IL- 8), interleucina 10 (lL-l0) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e correlaciona-Ias com a evolução clínica dos pacientes. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo prospectivo com 47 recém-nascidos com fatores de risco para sepse neonatal precoce, sem malformações congênitas, asfixiaperinatal ou infecções congênitas por HIV, sífilis, herpes, rubéola, toxoplasmose ou citomegalovírus; nascidos entre julho de 2014 e fevereiro de 2017 no Hospital Universitário da USP, no Hospital UNIMED Santa Helena e no Hospital Maternidade Interlagos. Após consentimento livre e esclarecido dos pais ou responsáveis, foram coletadas informações relevantes do prontuário e colhidas amostras de sangue e saliva com 6 e 30 horas de vida. As amostras foram congeladas e posteriormente analisadas por citometria de fluxo. RESULTADOS: As concentrações salivares de IL-l~, IL-6, IL-8 e TNF-a foram mais elevadas do que seus correspondentes séricos (p<O,OOOl), o inverso ocorreu com as concentrações de IL-l0 (p=O,0123). A correlação entre as concentrações séricas e salivares das citocinas estudadas foi baixa porém estatisticamente significativa. Essa diferença persistiu nas análises das amostras por dia de coleta, por gênero, por idade gestacional e por tipo de parto. Como nenhum dos RN desenvolveu sepse não foi possível correlacionar as concentrações sé ricas e salivares das citocinas com a evolução clínica. Por conta disso, classificamos os RN em dois grupos: com PCR normal ou elevada (>10mg/dl). No grupo com PCR normal encontramos uma baixa correlação apenas entre as concentrações séricas e salivares de IL-10 (r=0,3099 e p= 0,107) e TNF-a (r=0,2834 e p=0,0201). Já o grupo com PCR elevada houve correlação apenas entre as concentrações séricas e salivares de IL-lp (r=0,5094 e p=0,0368) e IL-10 (r=0,4853 e p=0,0483). CONCLUSÃO: Nesse estudo houve uma correlação baixa entre as concentrações séricas e salivares de IL-lp, IL-6, IL-8, IL-10 e TNF-a em recém-nascidos com fatores de risco para sepse neonatal precoce. Constatamos que as concentrações salivares das citocinas pró-inflamatórias foram mais elevadas que seus correspondentes séricos em todas as análises sem que houvesse qualquerevidência de processo inflamatório local na mucosa oral ou sepse neonatal precoce
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 07.07.2017

  • How to cite
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    • ABNT

      BARROS, Fernando de Sá Camargo. Mediadores inflamatórios na saliva e no sangue periférico de recém-nascidos com fatores de risco para sepse neonatal precoce. 2017. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Barros, F. de S. C. (2017). Mediadores inflamatórios na saliva e no sangue periférico de recém-nascidos com fatores de risco para sepse neonatal precoce (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Barros F de SC. Mediadores inflamatórios na saliva e no sangue periférico de recém-nascidos com fatores de risco para sepse neonatal precoce. 2017 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Barros F de SC. Mediadores inflamatórios na saliva e no sangue periférico de recém-nascidos com fatores de risco para sepse neonatal precoce. 2017 ;[citado 2024 abr. 19 ]

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