Características demográficas e audiológicas nas crianças com perda auditiva unilateral e bilateral assimétrica (2017)
- Authors:
- USP affiliated authors: AGOSTINHO, RAQUEL SAMPAIO - FOB ; ARAUJO, ELIENE SILVA - HRAC ; ALVARENGA, KATIA DE FREITAS - FOB
- Unidades: FOB; HRAC
- Subjects: DEMOGRAFIA; AUDIOLOGIA; PERDA AUDITIVA ASSIMÉTRICA; CRIANÇAS
- Language: Português
- Abstract: Introdução: A literatura nacional é escassa quanto à caracterização das perdas auditivas unilaterais e bilaterais assimétricas, sobretudo em crianças, o que reforça a importância de pesquisas na área. Objetivo: Descrever a perda auditiva sensorioneural unilateral e bilateral assimétrica em crianças quanto às características demográficas e os achados da avaliação audiológica. Método: Estudo longitudinal retrospectivo, aprovado pelo CEP da Instituição (1.653.049). Foram analisados 1152 prontuários de pacientes regularmente matriculados em um serviço de saúde auditiva do Sistema Único de Saúde, no período de 01 de outubro de 2012 a 30 de outubro de 2016. Foram incluídas crianças com idade entre zero a 12 anos incompletos e diagnóstico audiológico prévio de perda auditiva sensorioneural unilateral e bilateral assimétrica. Adotou-se como exclusão alterações neurológicas associadas e/ou dados insuficientes registrados. A casuística foi formada por 37 crianças, 20 (54%) do sexo feminino e 17 (46%) do sexo masculino, com média de idade de 36±21,28 meses. Foram coletados os dados referentes à classificação socioeconômica à idade da criança e sexo, aos indicadores de risco para perda auditiva e os resultados relacionados à Triagem Auditiva Neonatal (TAN) e à avaliação audiológica. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva. Resultados: Verificou-se que das 37 crianças, 10 (27%) apresentavam perda auditiva unilateral, seis (60%) do sexo feminino e quatro (40%) do sexo masculino, média de idade ao diagnóstico de 33,58±21,69 meses. As outras 27(73%) crianças apresentavam perda auditiva bilateral assimétrica, 14(52%) do sexo feminino e 13(48%) do sexo masculino, média de idade ao diagnóstico de 33,12±21,69 meses.O indicador de risco para perda auditiva de maior ocorrência foi o de antecedente familiar de surdez permanente, com início desde a infância tanto nas crianças com perda auditiva unilateral (60%) quanto nas com perda bilateral assimétrica (52%). Constatou-se a realização da TAN em 31(83,8%) crianças, sendo que, oito (80%) crianças com perda auditiva unilateral e 18(67%) com perda bilateral assimétrica falharam. Verificou-se maior prevalência do grau profundo nas crianças com perda auditiva unilateral, com maior ocorrência na orelha direita (60%). A prevalência do grau da perda auditiva unilateral, leve, moderado, severo e profundo foi de 10%, 20%, 20% e 50%, respectivamente. Do mesmo modo, houve maior prevalência do grau profundo nas crianças com perda bilateral assimétrica, com ocorrência na orelha esquerda de 45% e na direita de 40%. A distribuição das crianças quanto à assimetria do grau da perda adutiva foi de profundo/severa em 51% dos casos, profundo/moderada em 30%, severo/moderada em 11%, profunda/leve em 4% e moderada/leve em 4%. Observou-se que mais de 60% dos familiares das crianças enquadraram-se na classificação socioeconômica baixa. Conclusões: Conclui-se que as crianças apresentaram uma maior ocorrência de perda auditiva bilateral assimétrica 27/1152(2,3%) em relação à unilateral 10/1152(0,86%), com maior prevalência do grau profundo na pior orelha nos dois grupos. Houve uma preponderância do sexo feminino. Não foram observadas diferenças entre as médias de idade ao diagnóstico nas crianças com perda auditiva unilateral e bilateral assimétrica. Observa-se que a maioria dos familiares das crianças dispõe de um nível de rendimento baixo.
- Imprenta:
- Publisher: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
- Publisher place: São Paulo
- Date published: 2017
- Source:
- Título do periódico: Anais
- Conference titles: Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia
-
ABNT
GOUVEIA, Fernanda Navarro et al. Características demográficas e audiológicas nas crianças com perda auditiva unilateral e bilateral assimétrica. 2017, Anais.. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2017. . Acesso em: 24 abr. 2024. -
APA
Gouveia, F. N., Silva, B. C. S., Agostinho, R. S., Araújo, E. S., & Alvarenga, K. de F. (2017). Características demográficas e audiológicas nas crianças com perda auditiva unilateral e bilateral assimétrica. In Anais. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. -
NLM
Gouveia FN, Silva BCS, Agostinho RS, Araújo ES, Alvarenga K de F. Características demográficas e audiológicas nas crianças com perda auditiva unilateral e bilateral assimétrica. Anais. 2017 ;[citado 2024 abr. 24 ] -
Vancouver
Gouveia FN, Silva BCS, Agostinho RS, Araújo ES, Alvarenga K de F. Características demográficas e audiológicas nas crianças com perda auditiva unilateral e bilateral assimétrica. Anais. 2017 ;[citado 2024 abr. 24 ] - Perda auditiva unilateral e bilateral assimétrica na infância: características audiológicas e demográficas
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