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Telessaúde em audiologia: avaliação de um aplicativo para smartphone como tecnologia assistiva para deficientes auditivos (2018)

  • Authors:
  • Autor USP: AZENHA, FABIANA DE SOUZA PINTO - FOB
  • Unidade: FOB
  • Sigla do Departamento: BAF
  • Subjects: TELEMEDICINA; AUDIOLOGIA; SOFTWARES; DEFICIENTE AUDITIVO; DEFICIÊNCIA AUDITIVA; AUDIÇÃO; AUXILIARES DE AUDIÇÃO; TECNOLOGIAS DA SAÚDE
  • Language: Português
  • Abstract: Tendo em vista a alta incidência da perda auditiva de grau leve, dificuldades comunicativas que acarreta, sobretudo em situações acústicas adversas, e inconsistência da literatura quanto ao benefício obtido com o aparelho de amplificação sonora individual (AASI) para esta população, os dispositivos com tecnologia de microfone remoto, como o sistema de frequência modulada (FM), são considerados. Tais dispositivos são de alto custo e sua dispensação pelo Sistema Único de Saúde é voltada para indivíduos entre 5 a 17 anos de idade. O aplicativo gratuito, para smartphone, Mobile Based Assistive Listening System (MoBALS) funciona como microfone remoto, sendo de importância sua avaliação. Esta pesquisa foi organizada em dois estudos. Estudo 1: realizou-se a adaptação do teste do nível de ruído aceitável (ANL) para o português brasileiro. Um discurso contínuo em português (falante masculino) foi apresentado com ruído de 12 falantes (em inglês), em campo livre. A intensidade de ruído que o indivíduo consegue aceitar enquanto escuta o discurso (ANL) foi mensurada em 36 indivíduos com audição normal (GTA) e 20 com perda auditiva sensorioneural de grau leve (GDA). Os valores do ANL para o GTA e GDA foram menores do que os reportados em literatura. Não houve diferença significativa do ANL quando comparado os estímulos de fala (inglês x português), gênero do ouvinte e grupos. Não houve correlação do ANL com a idade ou dados audiométricos dos participantes. Estudo 2: avaliou-se o desempenho na percepção da fala no ruído e impressões quanto à utilização do MoBALS, em comparação ao FM e AASI. Analisou-se a relação entre o ANL e benefício obtido na percepção de fala no ruído, uso e benefício em vida diária com um ou mais destes dispositivos. Participaram 40 adultos e idosos,sendo 20 com audição normal (Controle - GC) e 20 com perda sensorioneural leve bilateral, simétrica (Experimental - GE). Foram aplicados os testes nível de ruído aceitável (ANL), avaliação do esforço auditivo (escala SSQ) e percepção da fala no ruído (HINT-Brasil) nas condições sem dispositivo, MoBALS, FM e AASI (a última apenas para o GE). O inventário internacional de resultados com AASI (IOI-HA) foi aplicado e as horas diárias de uso do AASI foram mensuradas (apenas GE). A média da pontuação do IOI-HA foi alta sugerindo benefício e satisfação com o AASI em vida diária. A média de horas de uso do AASI relatada (6,8) foi significativamente maior do que a observada no datalogging dos dispositivos (4,3). O GE reportou esforço auditivo significativamente maior do que o GC. Na comparação intragrupo para o HINT-Brasil, a relação sinal/ruído (S/R) obtida com o MoBALS foi significamente maior (GC) ou similar (GE) à obtida com o FM. Tanto o FM como o MoBALS proporcionaram menores relações S/R (melhor desempenho) do que as condições sem dispositivo (GC e GE) e AASI (GE). Não houve diferença da relação S/R entre as condições sem dispositivo e AASI (GE). O benefício na percepção da fala obtido com o MoBALS foi igual para o GC e GE. Correlações fracas e não significativas foram observadas entre o ANL e todas as demais variáveis - exceto para o GE, onde houve correlação fraca significativa entre ANL e a relação S/R obtida com o FM. A maioria dos participantes consideraram o MoBALS de fácil manuseio, avaliaram positivamente sua qualidade sonora, assim como utilizariam em vida diária. Conclui-se que: (a) a versão do ANL em português produziu resultados equivalentes ao teste original inglês; (b) indivíduos com perda leve enfrentam maior esforço auditivo no seu dia a dia do que seus pares ouvintes;(c) o AASI fornece benefício em vida diária para indivíduos com perda leve, embora tais benefícios não sejam refletidos na avaliação clínica da percepção da fala no ruído; (d) o ANL não influenciou os resultados de percepção de fala, uso ou benefício em vida diária obtidos com os dispositivos avaliados e (e) o MoBALS pode ser considerado como alternativa na reabilitação de indivíduos com perda auditiva leve.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 18.05.2018
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      AZENHA, Fabiana de Souza Pinto. Telessaúde em audiologia: avaliação de um aplicativo para smartphone como tecnologia assistiva para deficientes auditivos. 2018. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Bauru, 2018. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-01102018-201748/. Acesso em: 04 maio 2024.
    • APA

      Azenha, F. de S. P. (2018). Telessaúde em audiologia: avaliação de um aplicativo para smartphone como tecnologia assistiva para deficientes auditivos (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Bauru. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-01102018-201748/
    • NLM

      Azenha F de SP. Telessaúde em audiologia: avaliação de um aplicativo para smartphone como tecnologia assistiva para deficientes auditivos [Internet]. 2018 ;[citado 2024 maio 04 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-01102018-201748/
    • Vancouver

      Azenha F de SP. Telessaúde em audiologia: avaliação de um aplicativo para smartphone como tecnologia assistiva para deficientes auditivos [Internet]. 2018 ;[citado 2024 maio 04 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-01102018-201748/


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