Reflections on authority: a dialogue between Hannah Arendt and Jacques Lacan (2018)
- Authors:
- Autor USP: ENDO, PAULO CÉSAR - IP
- Unidade: IP
- DOI: 10.5020/23590777.rs.v18iEsp.6465
- Subjects: AUTORIDADE; VERDADE; POLÍTICA; PSICANÁLISE
- Language: Inglês
- Abstract: Este artigo visa formular uma noção de autoridade relativa ao tratamento psicanalítico de orientação lacaniana. Para tal, dialogamos com a teoria de Hannah Arendt. Primeiramente, abordamos a distinção entre a autoridade nas esferas privada e pública. Considerando que a autoridade é efeito da hierarquia, a qual se estabelece a partir da diferença entre seus níveis, ela se apresenta de forma natural no âmbito privado, o qual acolhe as diferenças. Já no âmbito público, a igualdade é o fator determinante, fazendo-se necessária a instauração da diferença. Em seguida, abordamos a estratégia romana para o estabelecimento da autoridade na política, a saber, sua fonte é um elemento externo à relação entre governantes e governados, no caso, a fundação da cidade de Roma. Por fim, destacamos a concepção de autoridade política estabelecida pelos atores da Revolução Americana, os quais deslocaram a fonte da autoridade do ato fundador dos antepassados para seu próprio ato fundador, o que está representado pela Constituição dos Estados Unidos enquanto resultado de compromissos mútuos estabelecidos entre os atores daquele corpo político. Assim, Arendt postula que a autoridade resulta de uma hierarquia e que sua fonte é externa à relação entre líderes e liderados, ainda que essa fonte não se coloque como um parâmetro superior ou absoluto, mas derive do compromisso mútuo entre os indivíduos que agem em concerto. A partir daí, analisamos a relação entre autoridade e verdade na obra lacaniana, considerando que a última deriva da divisão entre os sujeitos gramatical e o da enunciação, o que significa manter essa noção no campo da linguagem e recusar a necessidade de uma metalinguagem. Além disso, levamos em conta as proposições do autor sobre a autorização do analista. Por fim, concluímos que a legítima autoridade no tratamento psicanalítico (Continua)(Continuação) advém da manifestação da verdade do sujeito do inconsciente enquanto lugar terceiro em relação ao analisante e ao analista, bem como da relação da verdade com o saber transmissível que tem lugar no fim da análise. Nossa metodologia é a pesquisa bibliográfica, guiada pela busca de inspiração da psicanálise de orientação lacaniana pela teoria política arendtiana
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- Título do periódico: Revista Subjetividades
- ISSN: 2359-0777
- Volume/Número/Paginação/Ano: ed. esp., p. 33-43, 2018
- Este periódico é de acesso aberto
- Este artigo é de acesso aberto
- URL de acesso aberto
- Cor do Acesso Aberto: gold
- Licença: cc-by
-
ABNT
COSTARDI, Gabriela Gomes e ENDO, Paulo Cesar. Reflections on authority: a dialogue between Hannah Arendt and Jacques Lacan. Revista Subjetividades, p. 33-43, 2018Tradução . . Disponível em: https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v18iEsp.6465. Acesso em: 24 abr. 2024. -
APA
Costardi, G. G., & Endo, P. C. (2018). Reflections on authority: a dialogue between Hannah Arendt and Jacques Lacan. Revista Subjetividades, 33-43. doi:10.5020/23590777.rs.v18iEsp.6465 -
NLM
Costardi GG, Endo PC. Reflections on authority: a dialogue between Hannah Arendt and Jacques Lacan [Internet]. Revista Subjetividades. 2018 ; 33-43.[citado 2024 abr. 24 ] Available from: https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v18iEsp.6465 -
Vancouver
Costardi GG, Endo PC. Reflections on authority: a dialogue between Hannah Arendt and Jacques Lacan [Internet]. Revista Subjetividades. 2018 ; 33-43.[citado 2024 abr. 24 ] Available from: https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v18iEsp.6465 - Freud, o inconsciente, a des-memória, a in-memória e os paradoxos do esquecimento, do sonho e do real de Auschwitz
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Informações sobre o DOI: 10.5020/23590777.rs.v18iEsp.6465 (Fonte: oaDOI API)
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