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Análise dos fatores preditivos de insucesso para os retalhos microcirúrgicos em cirurgia reconstrutiva no aparelho musculoesquelético (2018)

  • Authors:
  • Autor USP: COSTA, RAQUEL BERNARDELLI IAMAGUCHI DA - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MOT
  • Subjects: RETALHOS CIRÚRGICOS; FERIMENTOS E LESÕES; MICROCIRURGIA; ORTOPEDIA; TRANSPLANTE DE TECIDOS
  • Keywords: Free tissue flap; Microsurgery; Orthopedics; Retalhos de tecido biológico; Surgical flaps; Tissue transplantation; Wounds and injuries
  • Language: Português
  • Abstract: INTRODUÇÃO: O avanço da microcirurgia reconstrutiva tornou viável o tratamento de lesões complexas de membros superiores e inferiores, com melhores resultados funcionais, estéticos e salvamento de inúmeros casos que teriam indicação de amputação. Embora as indicações dos retalhos microcirúrgicos aumentaram, complicações como perda parcial ou total do retalho ainda ocorrem e fatores que podem influenciar nos resultados devem ser estudados. O objetivo deste estudo é avaliar os fatores preditivos de insucesso dos retalhos microcirúrgicos no aparelho musculoesquelético. MÉTODOS: Entre julho de 2014 e julho de 2018, foram incluídos neste estudo transversal, de forma consecutiva, todos pacientes adultos, com idade maior ou igual a 18 anos, submetidos a retalhos microcirúrgicos no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Dados referentes aos antecedentes pessoais, ao procedimento microcirúrgico e aos exames laboratoriais foram coletados. Os pacientes foram acompanhados até a cicatrização final e observadas as complicações. RESULTADOS: Foram avaliados 128 retalhos em 125 pacientes. Em 103 retalhos, os pacientes eram do sexo masculino. A média de idade dos pacientes foi 34,8 anos. Quarenta e dois pacientes apresentavam comorbidades isoladas ou associadas. A indicação para realização de um retalho microcirúrgico mais frequente foi a traumática em 79 pacientes (61,7%), seguida de lesão do plexo braquial em 34 pacientes. Foram observadas complicações em 42retalhos microcirúrgicos. Sete casos (5,5%) apresentaram perda parcial do retalho. Doze casos evoluíram para perda total do retalho (9,4%). A taxa geral de sucesso dos retalhos microcirúrgicos foi de 90,6%. Na análise multivariada, foram identificados como fatores de risco independentes para o aumento das complicações do tipo III de Clavien-Dindo: o tempo de isquemia maior do que duas horas (p=0,037), a obesidade (p=0,012) e a realização de anastomose arterial tipo término-lateral (p=0,021). A indicação de reintervenção cirúrgica do retalho foi associada à maior incidência de perda total (p < 0,001). Na análise multivariada, foram identificados como fatores de risco para aumento da perda parcial do retalho: a presença de trombocitose no pré-operatório (p=0,004). No subgrupo de trauma, foram avaliados 76 retalhos microcirúrgicos em 73 pacientes, entre julho de 2014 e Julho de 2018, submetidos a retalhos microcirúrgicos para tratamento de lesões traumáticas, identificados na análise univariada, os seguintes fatores de risco: obesidade, tempo de isquemia maior do que duas horas, utilização de somente veia do sistema superficial para drenagem do retalho e a realização do retalho após sete dias do trauma. Na análise multivariada mantiveram-se como fatores de risco independentes para complicações: a obesidade (p=0,007) e a utilização de somente veia superficial para drenagem do retalho (p=0,034). Nos casos traumáticos, o tempo deisquemia maior do que 2 horas foi identificado como fator de risco isolado para indicação de reintervenção cirúrgica do retalho por alteração no monitoramento clínico (p=0,049) e a presença de trombocitose com a perda parcial dos retalhos (p=0,009). CONCLUSÃO: Observamos que houve um aumento das complicações nos pacientes com tempo de isquemia maior do que duas horas, pacientes com obesidade e a realização de anastomose arterial tipo término-lateral. Nos pacientes com retalhos indicados após traumas de membros superiores e inferiores, os fatores de risco identificados para complicações foram a obesidade a utilização de veia do sistema superficial para drenagem do retalho, o tempo de isquemia acima de 2 horas e o atraso no tratamento microcirúrgico definitivo após 7 dias
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 06.12.2018
  • Acesso à fonte
    How to cite
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    • ABNT

      COSTA, Raquel Bernardelli Iamaguchi da. Análise dos fatores preditivos de insucesso para os retalhos microcirúrgicos em cirurgia reconstrutiva no aparelho musculoesquelético. 2018. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-28022019-101343/. Acesso em: 06 maio 2024.
    • APA

      Costa, R. B. I. da. (2018). Análise dos fatores preditivos de insucesso para os retalhos microcirúrgicos em cirurgia reconstrutiva no aparelho musculoesquelético (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-28022019-101343/
    • NLM

      Costa RBI da. Análise dos fatores preditivos de insucesso para os retalhos microcirúrgicos em cirurgia reconstrutiva no aparelho musculoesquelético [Internet]. 2018 ;[citado 2024 maio 06 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-28022019-101343/
    • Vancouver

      Costa RBI da. Análise dos fatores preditivos de insucesso para os retalhos microcirúrgicos em cirurgia reconstrutiva no aparelho musculoesquelético [Internet]. 2018 ;[citado 2024 maio 06 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-28022019-101343/

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