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Nevoeiro e nuvem estratos no Brasil: observação, sensoriamento remoto e simulação numérica (2018)

  • Authors:
  • Autor USP: SILVA, ALITON OLIVEIRA DA - IAG
  • Unidade: IAG
  • Sigla do Departamento: ACA
  • Subjects: HIDROMETEOROLOGIA; PREVISÃO DO TEMPO; SENSORIAMENTO REMOTO
  • Language: Português
  • Abstract: No presente trabalho, três fontes de dados foram usadas para expandir o conhecimento sobre os nevoeiros no Brasil. Os dados dos aeroportos mostraram que os nevoeiros foram comumente observados por todo o Brasil, mas com baixíssima frequência na região Nordeste. A média anual do número de dias e horas de nevoeiro foi obtida para todas as regiões do Brasil. A média anual máxima para a região Norte foi 22 dias e 29 horas de nevoeiro, para o Nordeste foi 4 dias e 6 horas, para o Centro-Oeste foi 16 dias e 37 horas, para o Sudeste foi 15 dias e 36 horas e para Sul foi 49 dias e 165 horas. Os nevoeiros foram mais comumente observados nas estações de primavera-verão na parte central do Brasil (Estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins e parte do setor oriental do Pará e Rondônia) e nas estações de outono-inverno nas demais regiões do Brasil. A análise de persistência do nevoeiro mostrou que a duração do nevoeiro aumenta de latitudes mais baixas para latitudes mais altas. A análise do campo de nuvens da mensagem METAR mostrou que o satélite detectou majoritariamente nuvens baixas no Brasil. Em 71% das observações de nevoeiro foi possível observar o que havia acima do banco de nevoeiro. Somente a existência de nuvens acima do nevoeiro ocorreu em 58% das observações, céu livre de nuvens acima do nevoeiro ocorreu em 13% das observações e a condição de céu obscurecido pelo nevoeiro ocorreu em 29% das observações. Um total de 5515 radiossondagens foram usadas para identificar o perfil médio de temperatura e umidade relativa do ar para dias com nevoeiro. De maneira geral, os perfis médios de temperatura para as estações de outono-inverno apresentaram inversão de superfície com profundidade entre 55 m (região Sudeste) e 198 m (região Sul) a 0000 UTC e elevação da base da inversão entre 51 m (região Sul) e 172 m (região Sudeste) as 1200 UTC. Na região Nordeste foi verificado inversão (Continuação)(Continua) de temperatura em apenas duas radiossondagens de 0000 UTC de outono-inverno. Uma Look-Up Table (LUT) foi construída com modelo LibRadtran para os canais IR_039 and IR_108 do satélite MSG9. Um novo perfil vertical de temperatura e umidade relativa do ar encontrado para dias com nevoeiro e perfis microfísicos verticalmente heterogêneos foram usados nos cálculos de transferência radiativa. A detecção por satélite revelou que nuvens baixas foram mais frequentemente observadas na costa leste do Brasil. A análise das propriedades microfísicas recuperadas das nuvens baixas sobre São Paulo revelou que as propriedades óticas variaram de acordo com a geomorfologia. Nuvens baixas foram oticamente mais finas sobre regiões de topografia elevada (τ < 4,5) e oticamente mais espessas sobre a Serra do Mar (entre 6,3 e 7,7). Nuvens baixas sobre a cidade de São Paulo apresentaram raio efetivo das gotículas entre 8,0 e 8,5 μm e água líquida total da nuvem (LWP) entre 33,6 e 39,9 gm-2. Ao longo do centro do Vale do Rio Paraíba, foram encontradas gotículas de tamanho entre 8,3 e 8,6 μm com LWP entre 29,7 e 34,5 gm-2. O modelo PAFOG foi avaliado e concordou razoavelmente bem com as radiossondagens após 12 horas de simulação. As simulações do PAFOG permitiram identificar os motivos que levaram as oscilações na temperatura de brilho do satélite e os processos envolvidos na formação do nevoeiro por abaixamento da base da nuvem estratos.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 24.05.2018

  • How to cite
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    • ABNT

      SILVA, Aliton Oliveira da. Nevoeiro e nuvem estratos no Brasil: observação, sensoriamento remoto e simulação numérica. 2018. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. . Acesso em: 18 abr. 2024.
    • APA

      Silva, A. O. da. (2018). Nevoeiro e nuvem estratos no Brasil: observação, sensoriamento remoto e simulação numérica (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Silva AO da. Nevoeiro e nuvem estratos no Brasil: observação, sensoriamento remoto e simulação numérica. 2018 ;[citado 2024 abr. 18 ]
    • Vancouver

      Silva AO da. Nevoeiro e nuvem estratos no Brasil: observação, sensoriamento remoto e simulação numérica. 2018 ;[citado 2024 abr. 18 ]

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