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Trabalho de evento-resumo

Pesquisa em Ensino-Aprendizagem:: tendências e desafios (2018)

  • Authors:
  • USP affiliated authors: VILLANI, ALBERTO - IF ; MATTOS, CRISTIANO RODRIGUES DE - IF ; HOSOUME, YASSUKO - IF
  • Unidade: IF
  • Subjects: FÍSICA; PESQUISA; ENSINO E APRENDIZAGEM
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Desafios da aprendizagem das ciências: motivos e habilidades Alberto Villani, IF-USP A pesquisa em educação em ciências tem como objetivo imprescindível a compreensão do processo de aprendizagem e o aprimoramento de sua qualidade. Isso implica na proposição de estratégias didáticas que estimulem o querer aprender e que também contribuam para incrementar aptidões para a interpretação fenomenológica. As teorias e modelos de aprendizagem sustentam diferentes formas de promover este aprimoramento em acordo com as finalidades educacionais que por elas são orientadas. No final do século passado houve uma mudança significativa nas metas da aprendizagem escolar, deslocando-as, em grande parte, da transmissão cultural da ciência para a formação de cidadãos conscientes e responsáveis. A busca deste objetivo implicou numa reorganização curricular que prevê a introdução de atividades interdisciplinares que, por sua vez, vão requerer uma estrutura de trabalho progressivamente desenvolvido em grupos. Isso criou um impasse ainda não superado, principalmente porque essa reorganização, apesar de facilitar inicialmente o querer aprender dos alunos, torna mais complexas as aptidões e destrezas necessárias para uma leitura/visão mais sofisticada e articulada do mundo. Dois desafios foram e continuam sendo enfrentados nas pesquisas, com resultados ainda provisórios: como promover atividades grupais e interdisciplinares com os alunos e como formar professores capazes de orientá-las. Nesse sentido, passa a ter um papel fundamental na educação científica a captura do interesse do aluno pelas problemáticas em análise, o que implica em ter atenção não somente a suas competências e habilidades, mas também a suas disposições e hábitos.Do lado da formação inicial de professores, merecem destaque as tentativas de repensar o currículo das licenciaturas com base nas novas orientações; do lado da gestão das escolas, ou mesmo dos espaços não formais, destacam-se as iniciativas que buscam implementar estratégias de natureza colaborativa para a tomada de decisões e soluções de problemas, envolvendo pesquisadores e professores de várias disciplinas. Certamente o sucesso dessas iniciativas está fortemente associado à implementação de políticas públicas que considerem a necessidade do professor ter sua carga de trabalho fixada numa mesma escola. Novos sentidos de ensino-aprendizagem Isabel Martins, UFRJ O tema ensino-aprendizagem sempre foi muito caro para a área de Ensino de Física. Tradicionalmente enquadrado no âmbito da Didática e da Psicologia Cognitiva, percebe-se, contudo, a necessidade de ampliar os sentidos deste binômio sobretudo devido a alguns contextos contemporâneos que têm marcado o debate educacional ao longo dos últimos anos. Nesta intervenção discutirei dois importantes contextos que sugerem a necessidade de tal ampliação. Em primeiro lugar, explorarei como visões que relacionam ensino-aprendizagem a conhecimento-em-ação - presentes, por exemplo, em abordagens CTS, letramento científico, questões sociocientíficas, etc. -, colocam a necessidade de considerarmos as dimensões políticas do que se considera como ação e tomada de decisão em situações de ensino-aprendizagem de Física. O segundo contexto está relacionado às chamadas fake news e a como estas têm permeado espaços educativos e demandado uma maior problematização da pauta das discussões sobre natureza da ciência, reforçando a centralidade deste tópico no ensino-aprendizagem de Física.A discussão será contextualizada por meio da análise discursiva de textos curriculares e de divulgação científica, balizadas por considerações que dialogam com os campos da Sociologia da Educação e da Epistemologia. Discutirei, ainda, impactos desta ampliação de sentidos para a pesquisa em Ensino de Física, para a formação de professores e para o trabalho curricular em sala de aula. A complexificação do processo de ensino-aprendizado: a institucionalização e o mundo selvagem Cristiano Mattos, IF-USP Os processos de ensino e aprendizado nem sempre caminham juntos. Ao longo da história da educação é possível identificar teorias de ensino e teorias de aprendizagem, cada uma delas tomando seu objeto de forma mais ou menos centralizada do que a outra. Apenas recentemente algumas teorias começam a tratar o processo de ensino e aprendizado como uma unidade inseparável. Assim, dependendo dos princípios adotados, os processos de ensino-aprendizado podem ser considerados, nos seus fundamentos psicológicos e filosóficos, como um processo de transformação de sujeitos humanos filogeneticamente determinados ou como o próprio processo de humanização. Curiosamente o ser humano foi a única espécie que institucionalizou os processos de ensino e aprendizagem. Construiu o que chamamos de escola, cujo princípio é o de retirar os sujeitos do mundo selvagem para, dentro da escola, ensiná-los a como viver no mundo selvagem. Essa contradição inicial permitiu a construção do muro da escola, transformando-a em um gueto de soluções para problemas que em sua maioria não tem relação direta com o mundo selvagem. Este envelopamento escolar transformou a relação do homem com o conhecimento em uma atividade fragmentada, determinando, assim, a fragmentação dos objetivos formativos.A fragmentação chegou a tal ponto que se separou conteúdo de habilidades e competências, uma falácia introduzida por objetivos educacionais gerais que tornam a educação um processo de formação do humano genérico, pronto a ocupar quaisquer postos de trabalho no processo produtivo. O humano genérico teria habilidades e competências para lidar com qualquer conteúdo. Nessa perspectiva abstrata e pragmática se perde a ideia de que o conteúdo é a síntese do processo histórico de produção de modos-de-ser-humano, nos quais se construíram modos de superar contradições do e no processo de humanização. Nessa fragmentação, o conhecimento historicamente estabilizado é tratado como definitivo, apesar de estar longe desse estado. A despeito da complexidade do mundo selvagem estar longe de entrar na sala de aula, várias são as tentativas de superação do envelopamento escolar. Algumas pretendem dar sentido aos conhecimentos escolares ligando-os desde questões científicas específicas, questões do cotidiano dos estudantes, questões sócio-políticas mais amplas, até questões existenciais mais abstratas e gerais. Porém, dificilmente, tais tentativas procuram estabelecer uma teoria que fundamente a unidade escola-mundo, e as consequências para o desenvolvimento da unidade ensino-aprendizagem. Aqui, trataremos do problema e do desafio da superação da dicotomia entre escola e mundo selvagem por meio do ensino-aprendizagem da ciência na perspectiva da Teoria da Atividade Sócio Histórica Cultural.
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  • Conference titles: Encontro Nacional de Física de Partículas e Campos
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    • ABNT

      VILLANI, Alberto et al. Pesquisa em Ensino-Aprendizagem:: tendências e desafios. 2018, Anais.. São Paulo: SBF, 2018. Disponível em: https://sec.sbfisica.org.br/eventos/epef/xvii/programa/resumo.asp?insId=313&traId=3. Acesso em: 23 abr. 2024.

    • APA

      Villani, A., Martins, I. G. R., Mattos, C. R. de, & Hosoume, Y. (2018). Pesquisa em Ensino-Aprendizagem:: tendências e desafios. In Resumos. São Paulo: SBF. Recuperado de https://sec.sbfisica.org.br/eventos/epef/xvii/programa/resumo.asp?insId=313&traId=3

    • NLM

      Villani A, Martins IGR, Mattos CR de, Hosoume Y. Pesquisa em Ensino-Aprendizagem:: tendências e desafios [Internet]. Resumos. 2018 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: https://sec.sbfisica.org.br/eventos/epef/xvii/programa/resumo.asp?insId=313&traId=3

    • Vancouver

      Villani A, Martins IGR, Mattos CR de, Hosoume Y. Pesquisa em Ensino-Aprendizagem:: tendências e desafios [Internet]. Resumos. 2018 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: https://sec.sbfisica.org.br/eventos/epef/xvii/programa/resumo.asp?insId=313&traId=3

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