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Síndrome de Turner: padrão de inativação e origem parental do cromossomo X (2017)

  • Authors:
  • Autor USP: LARA, GRACE VERÓNICA RUÍZ - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RGE
  • Subjects: GENÉTICA; CROMOSSOMOS; GENES
  • Language: Português
  • Abstract: A síndrome de Turner (ST) é uma doença com grande variabilidade de expressão fenotípica, associada à monossomia total ou parcial do cromossomo X. Apesar do cariótipo 45,X ser o mais comum, aceita-se cada vez mais a hipótese de que as pacientes com este cariótipo apresentem, na realidade, mosaicismo cromossômico críptico, por ser a monossomia do X "pura" letal em humanos. A inativação do cromossomo X é um processo epigenético que ocorre normalmente. No ser humano, atinge ao acaso qualquer um dos dois cromossomos X, materno ou paterno, em uma relação de inativação de 1:1. Em mulheres com estigmas de ST e uma linhagem celular com um cromossomo X estruturalmente anormal, este pode ser preferencialmente inativado. Além disso, na literatura considera-se que a perda do segundo X na linhagem 45,X, é preferencialmente de origem paterna. O objetivo deste trabalho foi avaliar o padrão de inativação do cromossomo X em pacientes com ST e determinar a origem parental do cromossomo X remanesceste na linhagem 45,X. Foram testadas amostras de DNA de sangue periférico de 22 pacientes com ST e de 17 mulheres normais (controles). Na primeira etapa do trabalho, 10 amostras de DNA de pacientes foram utilizadas para a análise semi-quantitativa do padrão de inativação dos genes AR e RP2. Os valores considerados para definir a inativação como preferencial foram de >70:30 ou <30:70. Na segunda etapa, foi determinada a origem parental do cromossomo X remanesceste em 13 amostras de pacientes e seus familiares por meio de avaliação da segregação da região polimórfica dos mesmos genes previamente utilizados. Todas as análises foram realizadas por meio de eletroforese capilar e, no caso do cálculo de metilação, foi acrescentado um passo prévio à PCR para a digestão do DNA com a enzima sensível à metilação Hpall. A presença de hemizigose do gene RP2 foi verificada por PCR em temporeal. Os resultados obtidos indicaram que de 80% das pacientes com ST e mosaicismo cromossômico detectável por análise citogenética apresentaram inativação preferencial, diferentemente do grupo controle, onde apenas 23% exibiram esse tipo de inativação, sendo os resultados estatisticamente significantes. Esses resultados foram obtidos principalmente por análise do ensaio de HUMARA, uma vez que para o gene RP2 foi detectada aparente hemizigose em 90% dos casos. Quanto à origem parental do X remanescente nas pacientes com ST e com cariótipo 45,X "puro", foi detectada origem materna em 57%, enquanto que para as pacientes com ST mosaico de 34%; embora não houvesse diferença estatística significativa entre os dois grupos. Os resultados mostram que há inativação preferencial de um dos cromossomos X na maioria das pacientes com ST estudados. Embora na literatura se considera o X materno como o que permaneceria na maior parte das pacientes com ST, os dados do presente estudo parecem apontar para uma distribuição semelhante do X remanescente entre os cromossomos paterno e materno, o que poderia ser mais uma evidência que as pacientes com ST e cariótipo 45,X não seriam 45,X "puras", mas resultados de mosaicismo crípticos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 25.04.2017

  • How to cite
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    • ABNT

      RUIZ-LARA, Grace Verónica. Síndrome de Turner: padrão de inativação e origem parental do cromossomo X. 2017. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2017. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Ruiz-Lara, G. V. (2017). Síndrome de Turner: padrão de inativação e origem parental do cromossomo X (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Ruiz-Lara GV. Síndrome de Turner: padrão de inativação e origem parental do cromossomo X. 2017 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Ruiz-Lara GV. Síndrome de Turner: padrão de inativação e origem parental do cromossomo X. 2017 ;[citado 2024 abr. 19 ]


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